Web Summit 2022: Tendências que impactam a comunicação corporativa são apresentadas em report da Aberje e Brivia
Pelo segundo ano consecutivo, a Aberje participou da Web Summit, maior evento de tecnologia e inovação do mundo, realizado em Lisboa, Portugal e que registrou a participação de mais de 70 mil visitantes em seus cinco pavilhões, além da arena principal. Em parceria com a associada Brivia, a Aberje preparou um report especial com os principais insights que impactam o dia a dia da comunicação corporativa. O relatório foi compartilhado com a rede de associados durante encontro online, no dia 8 de dezembro.
Na ocasião, foi possível saber como foi a experiência de alguns associados que estiveram na Web Summit 2022 como Paola Muller, head of Strategy da Brivia; Leandro Conti, diretor Sênior de Comunicação e Marketing & Relações Externas na Hotmart; Bruna de Frias Rodriguez, gerente da área de Experiência de Marca e Performance do Grupo Energisa; e Rodolfo Araújo, vice-presidente da United Minds da América latina e vice-presidente de Insights na Weber Shandwick Brasil, que mediou o encontro.
Web3, criptomoedas e futuro do trabalho
Ao abrir o evento, Paola Muller fez questão de frisar que o documento é bastante robusto e que procura condensar tudo o que foi visto na Web Summit. “Fizemos uma versão um pouco mais sintética para mostrar os conteúdos do report. Procuramos mostrar a magnitude do evento; este ano foi uma edição superlativa com uma grande presença de diversos setores e segmentos. Também tivemos um olhar específico para o marketing e para a comunicação corporativa”, conta.
“O report traz discussões mais maduras sobre a Web3, a redemocratização da internet, uma pauta muito conversada de forma transversal, no que tange à marketing, conteúdo, futuro de mídias sociais, financeiro. Enfim, esse tema perpetuou diversas trilhas e diferentes competências”, destaca Paola. “Não se pode mais ignorar a Web 3 e tudo o que está relacionado a ela”.
Outro tema bastante discutido em Portugal, foram as criptomoedas e o quanto ainda existe uma certa desconfiança em relação a sua veracidade e potencial econômico e financeiro. O futuro do trabalho também foi debatido e questionado, diante de novos modelos trazidos a partir da pandemia. “De forma geral, essas foram as pautas que trazemos em relação ao evento”.
Humanização
Rodolfo Araújo esteve na Web Summit e contou que o encontro realmente colocou em pauta muitos conteúdos. O que mais lhe chamou a atenção em meio a tantas ofertas de conteúdo foi a centralidade das pessoas sob várias perspectivas: o futuro do trabalho, o consumo de conteúdo, as questões geopolíticas, a diversidade de pessoas e manifestações que aconteciam por ali. “Essa questão do ‘humano’ foi se desdobrando nas discussões sobre Web3, sobretudo por conta do nosso desconhecimento em relação a isso. Foi mais uma especulação, pessoas com visões diferentes, porém notamos uma capacidade de as pessoas não terem vergonha de perguntar…Isso é extremamente importante para nós como comunicadores que trabalham num cenário de absoluta mudança”, analisa.
Para Bruna de Frias Rodriguez, o Web Summit realmente estimula as dúvidas. “Essa foi a minha primeira experiência no evento que é uma oportunidade de troca e sinergia com outros profissionais e de fazer vínculos”, ressalta. “Vejo que a tecnologia, o marketing e a comunicação podem proporcionar experiências que sejam cada vez mais imersivas, seja numa perspectiva de transparência, seja gerando emoções porque dessa forma a gente consegue se aproximar”, completa.
O Web Summit foi uma jornada muito interessante para Leandro Conti porque, pela primeira vez, o evento trouxe um palco exclusivo para os criadores de conteúdo. “Penso que temos que ter em mente a centralidade na pessoa. Hoje, o consumidor quer ouvir de pessoas e não de marcas ou instituições; ele quer conhecer quem está por trás e quer uma relação próxima com essas pessoas. É preciso personalizar cada vez mais a relação com o consumidor”, acentuou. “Nesse mercado digital, a disputa pela atenção é gigantesca; como chamar a atenção para a história que você quer contar?”, provoca o executivo, ressaltando a importância de uma organização ter um porta-voz ou alguém que simbolize a marca para levar a verdade da companhia ao seu público, engajando a sua audiência.
Personalização
Um dos temas abordados durante o Web Summit 2022, de acordo com Rodolfo Araújo foi a personalização em escala, a necessidade de as marcas serem mais pessoais, mais humanas e individuais ao mesmo tempo em que buscam uma imersividade ao navegar em dados.
Paola, da Brívia, conta que dentro desse contexto, a empresa está no processo de disseminar recursos, ferramentas e práticas de mensuração e de integração de fontes de dados para que essa escala seja possível. “Para chegar nesse nível de personalização, a gente precisa de um trabalho back-end enorme. Tem uma inteligência necessária no tratamento de dados e nessa engenharia que é premissa para construir qualquer camada de personalização”, explica. “Junto a isso, há a necessidade de plataformas inteligentes que automatizem esse processo”.
Modelo de trabalho
Um dos temas debatidos no Web Summit foi o modelo de trabalho ideal. Há flexibilidade para se definir o local de trabalho? Quais são os impactos nas organizações?
A partir de suas interações ao longo do evento, Bruna, da Energisa, contou que muitas pessoas jovens relataram estar trabalhando há mais tempo no home office do que no presencial. “Eu ainda não tinha parado pra pensar, enquanto que uma pessoa que viveu a pandemia dentro do mercado de trabalho o quanto já estamos começando a formar gerações mais adeptas ao trabalho remoto e isso linka com o que o evento trouxe de inúmeras possibilidades como startups com questões e serviços para atender a essa nova realidade”, disse.
Transformação digital
Os processos de evolução organizacional tem a transformação digital como um dos eixos mais determinantes para a perenidade dos negócios.
Leandro Conti considera que as empresas que não forem digitais não serão mais empresas num curto espaço de tempo. “Eu acredito que essa mudança parte, de novo, das pessoas, porque a tecnologia, o digital, é um meio muito poderoso para alcançarmos os nossos objetivos de entender o que as pessoas querem, de entregar o que as pessoas querem no momento que elas querem. É um meio, não é o fim. Se pensamos o negócio usando esse meio para engajar as pessoas e gerar mais negócios em escalas ainda maiores que a tecnologia proporciona, estamos indo no caminho certo”, analisa o executivo “Isso tudo passa pela transformação das pessoas, pela forma de pensar negócios, por isso que os soft skills são tão importantes, como foi falado lá na Web Summit”, completa.
Assista à live na íntegra:
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