Warm Up do Aberje Trends aborda a importância dos hubs de inovação
Verdadeiros ecossistemas de inovação, os hubs são catalisadores de transformação que reúnem startups, empresas, investidores, terceiro setor, governos e universidades e se tornaram o epicentro de colaboração e de criatividade que impulsiona a Comunicação e a troca de ideias entre esses diversos atores. Mas como os hubs de inovação podem ajudar as empresas na comunicação com novos públicos?
O assunto foi debatido por comunicadores durante uma conversa em formato videocast, sobre comunicação e tendências. O Warm Up foi promovido pela Aberje em parceria com a FGV ECMI – Escola de Comunicação Digital da Fundação Getúlio Vargas e foi um aquecimento para a 7ª edição do Aberje Trends que acontece no dia 19 de junho. O debate foi conduzido pela coordenadora do Mídia Lab na FGV, Amanda Palma, e contou com a participação da gerente de Comunicação Interna da Enel, Liliane Selouam; do gerente de Comunicação e Marketing da Unimed-Rio, Rafael Oliveira; e do diretor de Inovação da Cortex, Claudio Bruno.
Subsidiária brasileira do Grupo Enel, a Enel Brasil promove inovação na sua Comunicação Interna por meio de um programa incremental que já tem dez anos de existência. Liliane Selouam explica que um dos programas de inovação da companhia premia os colaboradores pelos projetos que eles desenvolvem no dia a dia. “O intuito é mostrar que para inovar não há necessidade de um super mega projeto com anos de pesquisa e resultados incríveis, pode ser algo simples que cause impacto importante dentro do negócio. Hoje temos mais de 1.500 projetos premiados com mais de dez mil participantes”, conta.
Por outro lado, o setor de saúde suplementar é um dos setores que menos caminhou na direção da inovação nas últimas décadas, na visão de Rafael Oliveira. “Só agora as coisas estão começando a acontecer e vem um grande boom nessa área em termos de inovação”, prevê. “A área de Comunicação da Unimed-Rio tem o papel de engajar e de mostrar para as pessoas o potencial transformador que elas podem ter. Um exemplo de como a Comunicação pode mexer com as engrenagens da empresa, foi a atualização do projeto de cultura da empresa, onde conduzimos uma pesquisa em todos os níveis hierárquicos e a inovação foi apontada como uma característica necessária para implementação dessa nova cultura”, relata.
Diferentemente dos processos de comunicação corporativa, Claudio Bruno explica que o desafio da Diretoria de Inovação para a Comunicação da agência Cortex é acompanhar e entender o que acontece na sociedade assim como no debate acadêmico para a construção de produtos que ajudem o profissional de comunicação a lidar com esse complexo universo. “Passamos por mudanças que trouxeram uma complexidade na atuação desse profissional de comunicação institucional, antes era mais simples”, analisa.
“Anos atrás não havia o digital, vimos todo esse universo surgir assim como suas evoluções e revoluções, e agora a inteligência artificial”, complementa Rafael. “Não tenho a menor ideia de onde isso vai parar, mas eu sempre estarei interessado no ser humano e quanto mais o digital avançar haverá o outro lado que eu, enquanto profissional de comunicação, preciso estar antenado com as reações e relacionamentos nesse mundo novo”.
Na opinião de Liliane, o papel do comunicador nesse sentido é promover um ambiente favorável para que a cultura de inovação seja realmente ativa. “Um ambiente em que as pessoas sintam orgulho do que fazem para que possam, de fato, implementar coisas novas. Além disso, temos a possibilidade de produzir conteúdo e manter as informações da empresa bem atualizadas promovendo uma construção de conteúdo para ajudar as pessoas a elaborarem seus novos projetos”, destaca.
E como a comunicação corporativa, os hubs e as iniciativas de inovação podem evoluir de várias maneiras para atingir novos públicos? Para Claudio, a pergunta central é ‘como as novas gerações consomem informação?’. “A partir daí vamos conseguir entender o que temos que fazer. Eu enxergo que hubs são fundamentais porque o desafio não é mais uma disciplina, ele é multidisciplinar”, avalia. “Não se faz inovação se não houver cruzamento de empresas; as pessoas do dia a dia de negócios devem estar envolvidas, ou seja, o hub não deve ser uma célula isolada da empresa; outro ponto importante é o pilar acadêmico, deve haver um diálogo entre mercado e academia. Para mim, o futuro é esse”, completa.
Assista à live na íntegra:
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