Reunião do Comitê Aberje de Comunicação e Gestão de Riscos e Crises aborda o tema “Sociedade algorítmica”
Com o tema “Sociedade algorítmica”, os comunicadores do Comitê Aberje de Comunicação e Gestão de Riscos e Crises estiveram reunidos para mais uma sessão no dia 7 de julho. Participaram Claudio Luiz Bruno, head of Media Analysis and Evangelist da Cortex, e Diego Senise, head of Data Tech da Ilumeo, e o coordenador do comitê, Maurício Pontes.
Na oportunidade, Claudio Luiz Bruno ressaltou que se trata de um tema super relevante para levar ao mercado e clientes soluções que atendam esse desafio. “A ideia é o uso de Ciência de Dados e Big Data para atuar de forma mais assertiva nesse ambiente”, iniciou.
Claudio destacou a questão da alta vigilância e instantaneidade para compreender os efeitos dos algoritmos das plataformas digitais no consumo de informação e na construção da opinião pública e a questão dos efeitos das bolhas de informação, que são as esferas públicas de rede, ou seja, como mapear o posicionamento ideológico desses líderes de opiniões.
“Existe uma indústria de algoritmo que está em qualquer negócio; isso modela a cultura contemporânea. Somos altamente impactados por algoritmos e precisamos compreender como mapear isso e agir nessa estrutura”, acentuou o executivo. “Esses impactos são impactos cognitivos na nossa espécie, de alguma forma”, complementou.
Se antes o consumo era passivo – sites, rádio e TV –, as novas tecnologias vão impactar no consumo de informação, prossegue Bruno. “O panorama de mídia muda completamente a maneira como a gente consome, como os streamings por exemplo”, destacou. “Os produtores de conteúdo acabam determinando os temas que serão debatidos na sociedade considerados relevantes”.
Outro ponto destacado por Bruno, diz respeito à questão comportamental. “Somos super influenciados pelos algoritmos na questão comportamental, e o influenciador ganha um espaço relevante hoje em dia”, disse. “Ou seja, a opinião passa a ser cada vez mais moldada por esse líder de opinião”.
Diego Senise introduziu o assunto sob um ângulo de antecipação para gestão de riscos. Ele começou explicando a diferença entre Business Intelligence (BI) e Data Science. “No universo do BI você planeja uma ação, seja qual for, implementa a tática, cria seus KPIs, mensura, agrega tudo em reports, analisa e faz simulações, e volta a planejar. Isso pode ser feito em uma semana, um mês, anualmente, mas é um ciclo às vezes lento. Quando a gente parte para um mundo de data science, começamos a ouvir outras palavras como inteligência artificial, machine learning, algoritmos e automação, por exemplo”, explicou. “É usar dados de uma forma automática para resolver um problema e, principalmente, se antecipar a ele”, complementou.
“Quando a gente olha para um mundo de comunicação e olhando mais pelo viés de social listening e o que estão falando nas redes sociais, é bem nítido que o mercado como um todo, está mais parado numa era de BI, ou seja, é uma lógica de estratificação versus valência versus histórico”, analisou Senise. “A reflexão aqui é o que fazemos para caminhar para um mundo de antecipação que já está acontecendo em outras áreas de negócio, mas menos nesse mundo de comunicação”, disse.
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