26 de julho de 2021

Programa Crescer, da Anglo American, recebe investimentos de mais R$ 9,5 milhões para impulsionar desenvolvimento socioeconômico local

Nova fase da iniciativa conta com rodada de assistência técnica para produtores, servidores municipais, jovens e empresariado das comunidades que acolhem o Minas-Rio.

 

O Programa Crescer, da Anglo American, voltado para o desenvolvimento socioeconômico dos municípios que acolhem o Minas-Rio, na região Central do estado, receberá mais R$ 9,5 milhões em investimentos. Com isso, os recursos totais aplicados nessa frente de atuação desde 2017 já passam dos R$ 20 milhões. A terceira fase do programa, iniciada agora, prossegue até 2023. O valor destinado vai favorecer produtores locais de leite e queijo, jovens, professores da rede estadual e empresários do turismo nos municípios de Alvorada de Minas, Conceição do Mato Dentro, Congonhas do Norte, Dom Joaquim e Serro, além de apoiar as prefeituras municipais no que diz respeito às compras públicas.

O acordo para a destinação dos recursos foi assinado entre a Anglo American Brasil, a Fundação Anglo American e a Organização Não-Governamental TechnoServe. O novo investimento vai dar continuidade às ações do programa que já vêm sendo desenvolvidas na região. De 2017 a 2020, a iniciativa já realizou trabalhos de assessoria com 121 produtores rurais – das cadeias de apicultura, leite/queijo e horticultura. Eles ampliaram o seu faturamento médio em 31% no período.

Entre as atividades estimuladas pelo programa, estão a capacitação técnica e gerencial, de acesso ao mercado e associativismo, além da facilitação para aquisição de crédito. O Crescer também promove capacitação para empresários do turismo, condutores ambientais e histórico-culturais, cursos de empreendedorismo e empregabilidade para jovens da região. Além disso, capacita agentes do poder público dos municípios abrangidos com foco na Lei Geral, também conhecida como Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, que contribui para que as compras públicas municipais priorizem pequenos e médios empreendedores locais.

Um dos destaques dos trabalhos já realizados pelo programa é a capacitação de produtores do queijo da região do Serro, que contou com assessoria para a formalização da atividade, melhoria dos processos produtivos e da estrutura de produção e maturação, com foco na obtenção do “Selo Arte”. Trata-se de uma certificação concedida pelo Instituto Mineiro Agropecuário (IMA) que permite que os produtos artesanais de origem animal sejam comercializados em todo o país, desde que submetidos à inspeção sanitária. Isso contribui para a abertura de mercados e a melhoria da precificação. Estima-se que produtores certificados podem ganhar até 50% mais que os informais.

Além disso, o programa apoiou os queijeiros que pretendiam iniciar processos de maturação do queijo, agregando valor ao produto. A região vem ganhando destaque pelos queijos maturados. Em 2019, dois produtores apoiados pelo Crescer tiveram seus queijos reconhecidos no Mondial du Fromage et des Produits Laitiers, na França. Foram premiados os queijos Dona Iaiá, com a medalha de prata na categoria de queijos com 30 dias de maturação, e o Paixão, que recebeu a de bronze entre os queijos de mofo branco.

“Nosso trabalho com as cadeias produtivas locais é voltado para uma visão total do negócio, desde as técnicas de produção até as estratégias de venda”, explica Daniel Tito Guimarães, gerente de performance institucional da Anglo American. O objetivo é aumentar o conhecimento e a capacidade dos produtores de gerir seu próprio negócio para que sigam de forma independente, diversificando a economia local. “O trabalho tem dado frutos. A meta de aumento de faturamento médio dos participantes do Crescer, que inicialmente era de 20%, ao final de três anos já alcançou 31%”, comemora.

O Crescer também atuou na cadeia de turismo da região, muito conhecida por suas cachoeiras e belezas naturais. Foram capacitados 135 agentes na área, desde 2017. Além disso, 320 jovens receberam um curso de empreendedorismo e empregabilidade, que resultou em novos negócios e, em vários casos, na conquista do primeiro emprego. Os bons resultados da iniciativa abriram caminho para a expansão do Crescer para as operações de níquel, em Goiás, a partir deste ano.

 

Trabalho na pandemia

Em função dos desafios impostos aos participantes do Crescer pela pandemia, em novembro de 2020, a Anglo American lançou um fundo de apoio aos produtores de queijo da tradicional região do Serro no valor de R$ 1,5 milhão. Os valores de até 20 mil para cada um dos 54 queijeiros selecionados começaram a ser depositados em abril. O objetivo é manter o apoio a uma atividade tradicional da região em um momento de queda de demanda.

Um dos trabalhos do programa ao longo dos últimos anos foi cruzar informações sobre os alimentos demandados pelas escolas públicas locais com aqueles que poderiam ser fornecidos pelos horticultores da região. Com isso, os agricultores adaptaram sua produção para atender a esse mercado. Com as escolas fechadas devido à pandemia, os pequenos agricultores tiveram que se reorganizar para conseguir dar vazão às hortaliças. Mas alguns municípios, como Conceição do Mato Dentro, retomaram as compras de merenda escolar do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), tanto pelas escolas municipais quanto estaduais, e distribuíram os alimentos para os alunos com vulnerabilidade alimentar.

Por meio de grupos de WhatsApp – e com o apoio do Crescer -, esses produtores iniciaram vendas coletivas, com foco no atendimento à população local e aos supermercados e sacolões. Isso permitiu, por exemplo, a criação de sistemas de entrega de cestas de hortaliças nas casas dos clientes, direto das fazendas.

Naquele momento, o programa Crescer se adaptou para conseguir prestar assistência técnica à distância para a produção, além de dar apoio à comercialização e ao processo de obtenção de registro das queijarias. O trabalho leva em consideração a situação individual de cada produtor e vem apoiando, inclusive, aqueles que perderam mercado e se enquadram nos critérios de assistência emergencial do governo, que muitas vezes, sem telefone e internet, não têm estrutura para fazer o pedido.

“Reforçamos nosso compromisso com esses produtores durante a pandemia, momento em que mais precisam de apoio. Incentivar o desenvolvimento regional com assessoria de capacitação que se converta em ganhos perenes para esses produtores reflete nossa ambição de reimaginar a mineração para melhorar a vida das pessoas”, afirma Ivan Simões, diretor de Assuntos Corporativos e Impacto Sustentável da Anglo American.

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