Parque das Neblinas é campo de estudo sobre restauração da Mata Atlântica
O Parque das Neblinas, reserva ambiental da Suzano em Mogi das Cruzes e Bertioga, e gerida pelo Instituto Ecofuturo, recebeu, este mês, pesquisadores da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ/USP, que estão desenvolvendo estudo sobre uma nova tecnologia que monitora áreas em restauração florestal na Mata Atlântica. A Suzano é associada da Aberje.
A equipe é formada por engenheiros e estagiários da graduação vinculados ao Laboratório de Silvicultura Tropical (Lastrop) e visa avaliar os diversos estágios de regeneração da reserva – que teve a maior parte de sua vegetação nativa transformada em carvão pela indústria siderúrgica, nas décadas de 1940 e 1950.
O modelo consolidado deverá resultar em inovações tecnológicas, conhecimento científico e mapas temáticos para uso em políticas públicas, que podem impactar positivamente a forma como a restauração de paisagens florestais é planejada, implementada e monitorada. “O Parque das Neblinas é um verdadeiro laboratório a céu aberto, que tem nos ensinado muito sobre a recuperação das florestas. Tenho confiança de que as inovações científicas e tecnológicas desenvolvidas a partir das nossas pesquisas na área têm enorme potencial de revolucionar a restauração florestal no Brasil e no mundo”, explica Pedro Brancalion, professor doutor da ESALQ/USP, responsável pelo estudo.
A pesquisa de campo é realizada como forma de avaliar as diversas funções ambientais de variados tipos de florestas em restauração e deve cobrir considerável área florestal no estado de São Paulo, com cerca de 50 locais de estudo. O trabalho da equipe no Parque das Neblinas teve início na última semana e deve se estender até novembro. “Apoiar pesquisas que contribuam para o conhecimento e a conservação da Mata Atlântica e de sua biodiversidade é uma de nossas premissas. Sabemos que existe um grande desafio em restaurar áreas florestais degradadas, e o uso de novas tecnologias certamente permitirá otimizar os processos de restauração e do seu monitoramento”, reforça Paulo Groke, Diretor Superintendente do Instituto Ecofuturo.
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