“O Brasil é o país que mais reduziu emissões de carbono em 2023”, afirma o presidente do Ibama, que participa da COP 28 em Dubai
O Conexão COP28, uma série de transmissões online organizadas pela FIA Business School, com apoio da Aberje, diretamente de Dubai – onde acontece a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – teve estreia nesta terça (4) com a participação de Rodrigo Agostinho, presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente – IBAMA, para compartilhar suas percepções sobre a conferência e falar da contribuição do órgão federal nesse diálogo internacional. A live contou ainda com a presença do diretor-presidente da Aberje e professor titular da ECA/USP, Paulo Nassar; do professor Carlos Netto, doutor em Psicologia Social – USP; e da professora da FIA Business School, Monica Kruglianskas.
De Dubai, Rodrigo Agostinho comentou que a COP28 está numa fase de implementação, onde se discute mecanismos para avaliar se os países estão, de fato, cumprindo as suas metas. “Também está sendo debatido a criação de um fundo de danos, uma série de outras iniciativas e a implementação dos mercados de carbono no mundo. O do Brasil está em discussão na Câmara dos Deputados e esperamos que seja aprovado o mais breve possível”, informou.
Em sua visão, a transição energética é um dos maiores desafios da humanidade. “A temperatura do planeta não para de crescer e isso desregula tudo. As cidades do mundo vão ter que se adaptar, buscando outras fontes de recursos hídricos, outros sistemas de drenagem, de processos de cultivos, populações terão que sair das áreas de risco… Temos que abandonar os combustíveis fósseis e mergulhar na energia limpa. Vamos precisar de muito investimento em tecnologia porque não temos solução para tudo ainda. Esta é uma grande e relevante transformação social necessária”, comentou.
Segundo Agostinho, o Ibama reduziu o desmatamento da Amazônia em mais de 50% e evitou a destruição de 500 mil hectares de floresta. “Meio milhão de hectares equivale a cerca de 200 milhões de metros cúbicos de carbono. O Brasil chega de cabeça erguida na COP28, pois é o país que mais reduziu emissões de carbono em 2023, e podemos reduzir ainda mais”, destacou.
“Este ano, nós retomamos a fiscalização, ela é imprescindível para criar um espaço seguro para que os negócios possam florescer. Precisamos implementar o mercado regulado de carbono, precisamos das concessões florestais, precisamos incentivar o turismo e investir na bioeconomia e na silvicultura com espécies nativas,em soluções baseadas na natureza para que, de fato a floresta em pé tenha um valor econômico”, salientou. “Eu não tenho dúvida, que o mundo do carbono vai gerar muitas oportunidades se o Brasil souber aproveitar esse momento e sair dessa crise”, completou.
A Aberje na COP28
A Aberje também se faz presente na conferência, que segue até o dia 12 de dezembro. Quem representa a associação no evento é o professor da Escola Aberje de Comunicação, Carlos Parente, sócio-diretor da Midfield Consulting. Desde o início da COP28, o executivo vem compartilhando os principais insights com a rede da associação por meio de artigos.
A comitiva brasileira é a maior do evento, contando com diversas associadas da Aberje, como Gerdau, Braskem, Ibram, Sabesp, iFood, Cargill, Intel, Eletrobras, JBS, Anglo American, Amaggi, ONS, Acelen.
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