14 de outubro de 2024

Morre o publicitário Washington Olivetto

Fundador da WMcCann foi um dos mais célebres profissionais da publicidade brasileira, criador de personagens icônicos
Paulo Henrique Soares, Washington Olivetto, Paulo Nassar, Olinta Cardoso e Luiz Fernando Brandão, durante 1º Congresso de Comunicação Empresarial Aberje Rio, 27 de setembro de 2007 (Foto: Arquivo do Centro de Memória e Referência)

Na tarde de domingo, 13 de outubro, faleceu o publicitário Washington Olivetto, aos 73 anos, depois de ficar quase cinco meses internado no hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, após complicações de um quadro pulmonar.

Criador de personagens e campanhas icônicas do imaginário brasileiro, como o “Garoto Bombril”, o “casal do Unibanco”, “o primeiro sutiã da Valisère”, “o BRA de Bradesco” e a “Democracia corintiana”, foi o nome mais ilustre da publicidade no País, influenciando gerações de profissionais.

Nascido em São Paulo em 1951, iniciou sua carreira na publicidade aos 18 anos como redator em uma agência, na qual conquistou o Leão de Bronze no Festival de Cannes pouco tempo depois. Após trabalhar na DPZ e formar uma parceria criativa de sucesso com Francesc Petit, fundou sua própria agência, a WGGK, que mais tarde se tornou a W/Brasil e, posteriormente, a WMcCann. Ao longo de sua carreira, Olivetto recebeu inúmeros reconhecimentos internacionais, incluindo o Clio Lifetime Achievement Award e sua inclusão no Creative Hall of Fame, do The One Club.

Olivetto foi jurado do Prêmio Aberje 1989 na categoria Campanha de Comunicação e foi entrevistado pela Revista Comunicação Empresarial, edição 44 em 2002, falando sobre sua agência e a responsabilidade socioambiental. Também participou como palestrante do 1º Congresso de Comunicação Empresarial Aberje Rio, realizado em 2007.

Washington Olivetto (Foto: Divulgação)

“Washington Olivetto deixa um legado que ultrapassa as fronteiras da publicidade. Suas criações impactaram o cotidiano da cultura e da comunicação brasileiras de uma forma revolucionária. Neste momento de sua despedida, lembro de sua palestra instigante no Congresso Aberje Rio de Janeiro, em 2007, na Firjan. Sua genialidade é imortal”, afirma Paulo Nassar, diretor-presidente da Aberje e Professor Titular da USP.

Olivetto deixa a esposa Patrícia Viotti e três filhos, Homero, Antônia e Theo.

 

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