Master Series Communication: Case Droga Raia, do tradicional ao digital em três meses (Parte 2)
Por Aurora Ayres
Para debater o tema “Liderança, cultura e gestão de mudança nas redes sociais corporativas”, a Escola Aberje de Comunicação em parceria com o Workplace from Facebook realizou, no dia 17 de junho, o primeiro módulo online do programa Master Series Communication, que segue com mais três módulos ao longo do ano.
Após o keynoteda Master Class Communication com as especialistas Abby Guthkelch e Paloma Redondo da área de Comunicação do Workplace e do Facebook, a programação seguiu com o case da Raia Drogasil apresentado por Lilian Kao, gerente de Comunicação da RD. Em seguida, os participantes puderam assistir à aula da comunicadora Vânia Bueno.
Na ocasião, Lilian Kao compartilhou com os participantes a experiência de implantação do Workplace na maior rede de drogarias da América Latina. Formada pelas bandeiras Droga Raia, Drogasil e Onofre, a rede conta com 42 mil colaboradores que atuam nas 2.100 farmácias espalhadas em 23 estados brasileiros.
O processo de implantação da ferramenta de comunicação interna, que tinha começado um pouco antes da crise do coronavírus, foi interrompido com a pandemia. “O maior desafio que tudo isso nos trouxe era como falar com essas pessoas”, revelou.
De característica mais tradicional, a comunicação da RD seguia um modelo unilateral, através de veículos impressos como revistas, murais e newsletters. “Sentíamos falta de nos aproximarmos do colaborador. Queríamos saber quem são essas 42 mil pessoas e quanto conseguem contribuir com nosso propósito que é cuidar de pessoas. Eles são os veículos certos para entendermos o que ocorre nas pontas”, contou.
Mas de que modo construir uma cultura de colaboração, de proximidade e de relações de confiança com pessoas que trabalham em escalas e horários tão diferentes? Foi nessa hora que entrou o Workplace. “Entendemos que o Facebook já tinha toda uma expertise de ferramenta de relacionamento, de redes sociais, de temperatura do mercado. São aptos a reagir rapidamente e tem uma interface bem conhecida. Isso nos ajudou no início, nos ajudou a ensinar as pessoas a olharem a rede social de uma forma mais corporativa”, argumentou Lilian.
Tudo começou com o engajamento de alto executivos, diretores, gerentes regionais e líderes de lojas para que fossem descobrindo a ferramenta. Enquanto isso, a área de comunicação empenhava-se nos preparativos para o grande evento de lançamento com ações presenciais e até a programação de um tour pelo Brasil. Mas veio a pandemia e nada disso aconteceu.
E agora? O que fazer?
Era o momento de repensar como dar andamento à implantação do Workplace. “Foi tudo rápido, os que já tinham a ferramenta começaram a utilizar com suas equipes, fazer treinamentos onlines, reuniões e lives. A própria ferramenta nos ajudou muito a passar por esse momento de crise, já que os líderes tinham acesso rápido as suas equipes. Todos os dias surgiam novas decisões e conseguimos estabelecer rotinas de conversas com as pessoas, o que trouxe não só agilidade na informação, mas segurança aos nosso times”, relatou Lilian.
“Não saberíamos como fazer se não tivéssemos essa ferramenta, pois rapidamente nos organizamos. Através do próprio Workplace fomos ajustando tudo com conversas e reuniões virtuais e, assim, conseguimos fazer a implementação. Posso dizer que nesse pequeno período falei com tanta gente que nunca tinha falado na empresa, pois as áreas precisaram se unir para estruturar alguns projetos em conjunto. Foi fácil encontrar as pessoas”, revelou.
Segundo Lilian, em menos de três meses, registrou-se um número recorde de 85% de adesão dos usuários na plataforma. “Superamos a expectativa inicial. A grande maioria utiliza o workchat via mobile, são mais de dois milhões de mensagens trocadas até agora, sem contar com as chamadas de áudio e vídeo que são mais frequentes. Temos mantido uma média de 30 mil pessoas ativas por mês, uma porcentagem bastante alta no nosso universo”, estimou.
De unilateral para uma comunicação multidirecional
A executiva revelou que a experiência de comunicação da empresa passou de unilateral para multidirecional. “Além de promover o pulso diário da comunicação, a plataforma tem possibilitado a proximidade entre líderes e colaboradores através de lives. Também promovemos muitas campanhas internas. A primeira digital feita já na plataforma foi a de Telemedicina, um projeto que seria implementado mais adiante e que foi acelerado por conta da pandemia, justamente por se tratar de assunto de saúde.
As outras áreas da RD também passaram a ter muito mais autonomia com seus próprios grupos para trabalhar assuntos, lançamentos de marcas próprias, engajamento e interações com as pessoas. “Isso já foi um grande avanço, agiliza muito não só pelo feedback das áreas e dos colaboradores que criaram canais próprios e até desafios entre eles. Tudo muito espontâneo”, apreciou. “Essa troca de ideias permite escutarmos as necessidades das pessoas. Isso é um princípio básico para a inovação, está diretamente ligado ao movimento de transformação digital da empresa, pois a mentalidade muda com processos mais ágeis que acaba interferindo diretamente na qualidade do trabalho de todos e no engajamento das pessoas”, concluiu.
Leia a parte 1: Master Series Communication: “Liderança, cultura e gestão de mudança nas redes sociais corporativas”
Em breve será publicada a parte 3 da Master Series Communication.
Agenda
As inscrições dos próximos módulos estarão disponíveis em breve. Confira a programação completa no site: https://workplacecommsprogram.splashthat.com/
Módulo 2: 8 de julho. “Como identificar influenciadores internos, gerar colaboração e engajamento e fortalecer a marca empregadora”. Inscrições: bit.ly/MasterClass-08julho
Módulo 3: 4 de agosto. “Novas narrativas para o posicionamento da marca empregadora em redes sociais corporativas.”
Módulo 4: 26 de agosto. “As novas tecnologias como aliadas da comunicação interna: como fazer um planejamento para mídias sociais corporativas.”
Destaques
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