LiderCom aborda Políticas de Governança para os temas de Comunicação
Encontro contou com a participação de comunicadoras da BASF e CPFL
A Aberje realizou mais uma reunião do LiderCom dedicada a Políticas de Governança para os temas de Comunicação no dia 18 de junho. O tema girou em torno de referências de governança e cultura de comunicação. O encontro contou com a participação da diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade paraAmérica do Sul da BASF, Cristiana Brito, e da diretora de Comunicação Empresarial e Marketing Institucional da CPFL, Juliana Nunes.
Produtividade e sustentabilidade
A governança corporativa se refere a todo sistema de gestão e supervisão de uma empresa. Isso inclui sua organização, valores, princípios e diretrizes corporativas, bem como mecanismos de controle e monitoramento interno e externo.
Ao compartilhar a sua apresentação, Cristiana Brito, da BASF, ressaltou a importância da governança na criação da cultura e da cultura do fortalecimento da governança e como as políticas de comunicação fortalecem o posicionamento da marca, sua imagem e reputação. “A BASF tem uma visão de sustentabilidade de longo prazo focada na Ciência, na Química, no desenvolvimento sustentável. Unimos a produtividade com a sustentabilidade. Tudo o que fazemos tem que ter um propósito de impacto sustentável”, iniciou.
Com atuação em todo o globo, 60 bilhões de euros em vendas em 2020, mais de 110 mil colaboradores e 90 mil clientes, a BASF direciona sua política de governança corporativa com base em seus valores e princípios, com foco na criação de valor. “Nossa estratégia tem como foco o cliente. Isso mostra que a nossa atuação, desde o agronegócio, passando pelas indústrias automotiva, de higiene e limpeza, de tintas e vários outros segmentos, precisa entender o cliente, assim como ter a nossa base de governança com a melhor atuação junto a ele”.
Segundo Cristiana, a nova estratégia da companhia foi lançada há dois anos e com isso, atualizamos a nossa governança. “Temos metas ambiciosas de Compliance e uma sólida estrutura de governança que permite que os colaboradores tenham proximidade com o cliente e sejam ágeis, sem abrir mão dos nossos princípios e valores. Nosso código de conduta do funcionário incorpora firmemente esses padrões obrigatórios aos negócios do dia a dia. Isso tudo promove a confiança dos nossos investidores, mercado financeiro e clientes; temos mais de 700 mil acionistas e a BASF é uma das maiores empresas cotadas na Bolsa de Valores”.
Quanto às Políticas de Comunicação Corporativa, a BASF conta com a de gestão de marca, diretrizes de mídia social, comunicação com colaboradores, organização de eventos e de feiras de negócios, engajamento social, doações e patrocínios, voluntariado, relações governamentais e uma diretriz chamada ‘Uma só Voz’. “Cada uma dessas políticas traz uma estratégia de comunicação para relação com os diversos stakeholders. Elas nos dão mais autonomia, agilidade e transparência para as nossas ações”, salientou a executiva, ressaltando que os documentos são sempre revisados e atualizados a cada dois anos.
Comunicação fortalecendo a reputação
Juliana Nunes, da CPFL Energia – empresa que atua nos segmentos de geração, transmissão, distribuição, comercialização e serviços de energia, e que contabiliza 108 anos de história no Brasil –, trouxe à reunião a questão da cultura da comunicação, que vai ditar, de maneira direta, a definição das respectivas políticas.
O principal acionista da CPFL Energia é a chinesa State Grid, maior empresa do mundo no setor elétrico, com 1,6 milhão de colaboradores operando em vários países. No Brasil, com cerca de 14 mil colaboradores, a empresa é líder em energia renovável considerando a capacidade em operação.
O Plano de Sustentabilidade da companhia pauta 15 compromissos públicos em 3 pilares: energias sustentáveis, soluções inteligentes e valor compartilhado com a sociedade. “De 2020 a 2024, investiremos R$ 1,8 bilhões em sustentabilidade para atender essas metas e compromissos, que também estão diretamente relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.
No que se refere aos níveis de políticas de comunicação, Juliana ressalta que o mais importante é a realidade, a prioridade e a cultura da companhia em cada momento. “O quanto queremos estar presentes externamente, ser ou não protagonistas, líder de alguma pauta especifica, quais temas, quando, quem falará etc. São essas definições que direcionarão as políticas, no nível mais básico, como comunicação regulatória, até nível mais avançado de comunicação estratégica”, comentou.
“Trazendo para a nossa realidade de serviços essenciais, trata-se de um setor altamente regulado, então temos uma série de informações que somos obrigados a comunicar. Aqui tem grande parte de contribuição da comunicação, que traduz mensagens técnicas para facilitar o entendimento aos nossos stakeholders”, afirmou.
Destaques
- Painel de Cases do Prêmio Aberje antecipa tendências da comunicação corporativa
- Conectando dados: insights da quinta reunião do Comitê de Cultura de Dados e Mensuração de Resultados
- CEOs discutem desafios da comunicação na liderança corporativa
- Belém recebe lideranças para discutir sustentabilidade e desenvolvimento na Amazônia
- Quinta reunião do Comitê de Comunicação Interna, Cultura Organizacional e Marca Empregadora debate engajamento de colaboradores
ARTIGOS E COLUNAS
Leila Gasparindo A força da Comunicação Integrada: unindo Influenciadores e assessoria de imprensaAgnaldo Brito Diálogo Social e Comunicação Corporativa: A Construção do Valor na Era dos DadosHamilton dos Santos O esporte na mira da crise climáticaGiovanni Nobile Dias Agilidade sem perder a qualidade: desafios da comunicação contemporâneaRicardo Torreglosa A consolidação do projeto de integração entre Comunicação e RelGov