Lançamento do Mapa da Profissão de Comunicação Interna no Brasil reúne especialistas
Estudo mostra a evolução crescente da área de Comunicação das organizações e dos desafios que impactam e alavancam a atuação desse profissionalEm parceria com o IoIC – Institute of Internal Communication (Instituto de Comunicação Interna), do Reino Unido, a Aberje desenvolveu uma tradução e adaptação do “Profession Map”, que mapeia as principais competências e atitudes do profissional de Comunicação Interna na atualidade. O projeto teve iniciativa e liderança de Cynthia Provedel, professora em programas de especialização da Escola Aberje de Comunicação e da ESPM. O “Mapa da Profissão de Comunicação Interna: uma adaptação brasileira”, foi apresentado no dia 25 de abril.
Além de Cynthia, participaram do debate a diretora de Comunicação e Sustentabilidade na Localiza, Rozália Del Gáudio; o sócio-diretor na P3K Comunicação, Elizeo Karkoski Pereira; e a head de Comunicação Corporativa e Engajamento Externo da Novartis Brasil, Claudia Sérvulo de Cunha Dias. O gerente de Relações com Associados, Relações Institucionais e Internacionais da Aberje, Victor Henrique Pereira, fez a abertura, que também contou com vídeo da CEO do IoIC – Institute of Internal Communication (Instituto de Comunicação Interna), Jennifer Sproul.
Lançado em 2016 e atualizado em 2020, o mapa tem o objetivo de ajudar comunicadores internos a identificar os principais conhecimentos, competências e comportamentos necessários para que seja possível cumprir com os propósitos da profissão e para que as pessoas se sintam informadas, conectadas e determinadas a promover a performance organizacional. “Há muito tempo o objetivo aqui no IoIC é ver essa ferramenta desenvolvida e utilizada no mundo todo. Fiquei muito feliz por firmar essa parceria com a Aberje numa nova jornada para revisar, adaptar e traduzir o Mapa da Profissão IoIC para os profissionais de Comunicação Interna no Brasil”, disse Jennifer Sproul.
“Toda essa jornada tem como respaldo o desenvolvimento do mapa britânico. É uma oportunidade de, permanentemente, lançarmos o olhar para as questões de desenvolvimento do profissional de comunicação interna à luz da evolução crescente dessa área dentro das organizações e dos desafios que impactam e também alavancam a atuação desse profissional”, iniciou Cynthia Provedel. “Fizemos adições e adaptações considerando a nossa realidade local e todos os desafios que temos aqui no Brasil, tendo muita clareza dessa intencionalidade de que fosse algo construtivo e ao mesmo tempo colaborativo”, complementou, referindo-se ao comitê de especialistas formado para trabalhar no mapa.
Diante da análise colaborativa e co-construída, chegou-se à conclusão de que faria sentido manter a maioria das áreas profissionais já disponíveis no mapa da Inglaterra. “Um dos ajustes que fizemos foi entender que seria importante ir além de uma definição macro, para contar para o profissional de comunicação, quais são ols conhecimentos que derivam de cada área profissional, que habilidades ele precisa desenvolver e que atitudes vão apoiá-lo rumo à prática”, explicou Cynthia.
Outra adaptação feita diz respeito às atitudes, como por exemplo, empatia, escuta ativa, adaptabilidade, curiosidade, criatividade, entre outras, incluindo ainda no mapa brasileiro: equilíbrio emocional, colaboração e prontidão, diplomacia e visão estratégica, transversal e do todo do profissional de comunicação. “Importante dizer que para todas as atitudes, discutimos e tentamos trazer cada uma delas para o lugar da comunicação, já que podem ser aplicadas para outras profissões”, acentuou a executiva.
“Este é um tema que não se esgota, novos desafios vão surgir para o profissional de comunicação interna na contemporaneidade e esse material pode passar por novos ajustes e atualizações a partir de novos estudos, referenciais complementares e é importante que seja assim”, frisou Cynthia. “Trata-se de uma visão geral, um norteador das áreas profissionais sem o desdobramento exato de como elas se aplicam a cada cargo”.
Elizeo Karkoski Pereira lembrou que na pandemia, a comunicação interna mudou de patamar estratégico, quando realmente a área se intensificou demais. “Foi um momento muito propício a discussão do mapa naquele momento. O cuidado que o grupo teve em olhar para as características técnicas e comportamentais e a discrição com que isso foi feito, de fato, conseguimos mapear essa construção para trazer aos olhos dos profissionais coisas que estão intrínsecas no dia a dia e, muitas vezes, não se consegue enxergar”, colocou. “É um material vivo, orgânico e que precisa ser mantido atualizado”, completou.
“Naquele momento, os profissionais olharam pra dentro das comunicações de suas organizações, a comunicação interna para além da questão estratégica se tornou um arcabouço muito confiável de informações para a segurança para além das questões da relação profissional com determinada instituição”, complementou Claudia Dias. “Peguem esse mapa e façam uma reflexão para si próprios, mas de uma maneira colaborativa nas suas organizações”, recomendou.
“Hoje é esperado que o profissional de comunicação dentro de um organização possa ser, de fato, um agente de transformação e ser uma pessoa que vai fazer a diferença”, salientou Rozália Del Gáudio. “A discussão do comitê de especialistas foi o desafio de ‘costurar’ essas diferentes inquietudes, assegurar que essas inquietudes estivessem expressas e garantir que a gente pudesse trazer uma contribuição para a preparação desses profissionais no dia a dia”.
Assista a live na íntegra:
https://www.youtube.com/watch?v=eTwQlPg6jDY&feature=youtu.be
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