30 de outubro de 2020

Lançamento da obra “Lobby e Comunicação”: convergência é necessária para sobrevivência nos novos tempos

De autoria de Paulo Nassar e Carlos Parente, Aberje Editorial lança o livro “Lobby e Comunicação – A integração da narrativa como via de transformação” em webinar

Foi lançado pela Aberje Editorial, no dia 29 de outubro, o livro “Lobby e Comunicação – A integração da narrativa como via de transformação”, escrito por Paulo Nassar, diretor-presidente da Aberje – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial e professor titular da ECA-USP, e por Carlos Parente, diretor da Midfield Consulting e coordenador do Programa Avançado de Relações Institucionais e Governamentais da Escola Aberje de Comunicação.

A live de lançamento do livro, que marca a inauguração do selo Instant Book pela Aberje Editorial, foi transmitida pelo canal da Aberje no Youtube e, além dos autores, contou com a participação de Suelma Rosa, presidente do IRelGov – Instituto de Relações Governamentais e Diretora de Relações Governamentais da Dow, e de Cristiano Noronha, VP da Arko Advice, que mediou o evento.

Na ocasião, os autores explicaram que o livro trata da importância da convergência entre as políticas, os planejamentos e as ações de relações institucionais e governamentais (RIG), de relações públicas (RP) e de comunicação. Ao iniciar sua fala, Paulo Nassar frisou que não existe excelência em Relações Institucionais e Governamentais – fundamentais para a sociedade e para o fortalecimento do aspecto civilizatório do ambiente social – sem Relações Públicas e Comunicação excelentes. 

“A sociedade tem um poder que vem da democracia e de uma cultura comunicacional baseada e fortalecida pelas tecnologias digitais que fazem com que qualquer questão possa se transformar em algo em que todos tenham um ponto de vista e, se não for bem tratado, pode levar a confrontos e situações extremas”, analisou Nassar.

O autor enfatizou que o livro não pretende ser um tratado. “É um livro para a gente discutir e que se propõe a trabalhar a ideia de convergência entre especialidades oriundas de áreas diferentes, como a jurídica, ciências políticas, ciências sociais, ou seja, de forma multidisciplinar”, ressaltou.

Parente comentou que o livro faz uma provocação que remete à forma como a sociedade entende a necessidade dos pleitos e como isso deve ser encaminhado com legitimidade. “Por meio de passagens históricas e referências que possibilitam compartilhar conhecimento a todos, o livro mostra que, de maneira convergente e sinérgica, as áreas podem atuar para uma agenda positiva de desenvolvimento da sociedade”. 

“O livro nasceu da necessidade dessa provocação, da leitura desse cenário de um excesso de informações, que exige mais transparência, de uma relação diferente entre o público e o privado. Como lidar com essa obesidade informacional e, ao mesmo tempo, exercer um papel de cidadania corporativa à defesa de seus interesses?”, argumentou Parente. 

Suelma trouxe algumas reflexões sobre o conteúdo do livro e as compartilhou durante o debate. “Se a intenção era provocar e trazer reflexão, vocês foram bem-sucedidos”, comentou. “A verdade é que o relgov não é uma profissão e sim uma atividade, uma atividade de defesa de interesses, pois recolhe profissionais de diversas áreas do conhecimento em um contexto mais amplo”.

“Nós somos integrais e esperamos integralidade na forma como as corporações se posicionam, seja em temas ambientais, de sustentabilidade, diversidade e inclusão, direitos humanos. É um momento de repensar a forma como a gente dialoga, de como apresentamos os pleitos, não só para os tomadores de decisão, mas principalmente, de nos inserirmos na sociedade e nos colocarmos integralmente nela. Esse é uma reflexão que já estava presente no dia a dia da atividade das relações governamentais e que o livro consolida”, analisou Suelma.

“Além da ética e da integridade, que são obrigações, as empresas precisam ter responsabilidade histórica. Eu proponho uma convergência radical para o centro, sem extremismo, precisamos ter laços maiores, laços sociais. A responsabilidade histórica é a mãe de todas as responsabilidades, pois é uma lente que olha a organização numa extensão maior de sua história. As organizações são seres imperfeitos como nós e devem fazer reparações, outro tema importante para a sociedade brasileira”, completou Nassar. “Não precisamos de protagonismo, temos que trabalhar juntos”, colocou.

Parente complementou sobre grandeza. “Precisamos saber que futuro queremos para nossas empresas, para nosso país. Estamos em um momento de transição, com novas regras com jogadores antigos, que traz uma nova forma de atuar. O bem amplia os horizontes, faz com que a gente saia da bolha e lide com outros argumentos e pontos de vista”, acentuou. “O mundo mudou. precisamos ter coragem para ousar e conquistar, saindo da retórica em direção à ação”.

A obra de Paulo Nassar e Carlos Parente inaugura a coleção Instant Book Aberje, com o objetivo de discutir os temas atuais e as novas narrativas da Comunicação e dos relacionamentos das empresas e das instituições, por meio de reflexões e sempre de forma sucinta e perspicaz, sobre temas atuais e urgentes da comunicação.

O livro está disponível no formato impresso ou ebook no site da Aberje.

Lobby e Comunicação: A integração da narrativa como via de transformação

Autor: Paulo Nassar e Carlos Parente
Número de páginas: 74 páginas
Editora: Aberje Editorial; 1ª Edição (2020)
Adquira aqui: https://www.aberje.com.br/livraria/

Sobre os autores

Paulo Nassar é diretor-presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje); professor titular da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP); doutor e mestre pela ECA-USP. É coordenador do Grupo de Estudos de Novas Narrativas (GENN), da ECA-USP; pesquisador orientador de mestrado e doutorado (PPGCOM ECA-USP); pesquisador da British Academy (University of Liverpool) – 2016-2017. Entre outras premiações, recebeu o Atlas Award, concedido pela Public Relations Society of America (PRSA, Estados Unidos), por contribuições às práticas de relações públicas, e o prêmio Comunicador do Ano (Trajetória de Vida), concedido pela FundaCom (Espanha). É coautor dos livros: Communicating Causes: Strategic Public Relations for the Non-profit Sector (Routledge, Reino Unido, 2018); The Handbook of Financial Communication and Investor Relation (Wiley-Blackwell, Nova Jersey, 2018); O que É Comunicação Empresarial (Brasiliense, 1995); e Narrativas Mediáticas e Comunicação – Construção da Memória como Processo de Identidade Organizacional (Coimbra University Press, Portugal, 2018).

Carlos Parente é graduado em Administração de Empresas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com MBA em Marketing pela Universidade de São Paulo (USP). Tem liderado e participado de importantes processos de relações institucionais e governamentais, comunicação estratégica, marketing, branding e gestão de crise em empresas nacionais e multinacionais (Unibanco, Banco ABN AMRO Real, Avon, Alpargatas, Camargo Correa e Braskem). É professor convidado de Marketing e Comunicação no curso de pós-graduação da Fundação Getulio Vargas (FGV) e coordenador/professor do Curso Avançado de Relações Institucionais e Governamentais da Aberje. Articulista e autor dos livros de comunicação empresarial Obrigado, Van Gogh (Editora Peirópolis, 2007) e Comunicação Além do Briefing (Editora Lazuli, 2012).

 

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