Inovação e ESG como estratégias de comunicação para fortalecer o posicionamento de marca é tema de evento na Aberje
As estratégias de comunicação desempenham um papel fundamental para fortalecer o posicionamento de uma marca. Elas são essenciais para transmitir a mensagem certa, alcançar o público-alvo adequado e criar uma imagem positiva e consistente da marca no mercado. Para debater o assunto, a Aberje promoveu, no dia 24 de maio, mais uma edição do Lab de Comunicação para Inovação.
Com o patrocínio das empresas ArcelorMIttal e Gerdau e apoio da Cortex, o evento contou com a participação de Bruno Rossini, diretor Global de Comunicação do QuintoAndar; Elisa Prado, consultora em Gestão da Reputação; Ana Paula Camargo, gerente de Comunicação e Marca na Gerdau e Otávio Ventura, head da Oferta de Comunicação Estratégica e Reputação da Cortex, como mediador.
Inovação e ESG: valor compartilhado
A especialista em Comunicação Corporativa, Elisa Prado, coautora do livro Reputação e Valor Compartilhado, afirmou que o comunicador tornou-se peça-chave na estrutura e na estratégia da empresa, muito porque o ESG é uma exigência da sociedade brasileira. “Para ser competitiva e crescer, é condição sine qua non que uma organização tenha uma Agenda ESG. As iniciativas precisam ser colocadas em prática porque a sociedade exige e o comunicador implementa e dá voz a essas ações”, analisa. “Essa agenda de Inovação está dentro de uma nova cultura que precisamos instalar dentro das empresas, uma cultura mais inclusiva, mais aberta, onde as pessoas possam falar mais e até errar mais”, complementa.
Na ocasião, Bruno Rossini, do QuintoAndar – startup com dez anos de existência e atividades em seis países -, destacou que as novas empresas de tecnologia já nascem inovadoras por vocação e socialmente ativas. “Hoje, as startups inovam com uma função social bem qualificada. Inserir esse assunto na agenda da alta liderança acaba sendo um desafio não só por isso, mas porque essas empresas têm uma demanda muito grande por altos índices de crescimento e o CEO muitas vezes está formando uma cultura organizacional com seus líderes”, argumentou.
“Temos visto avanços significativos que ajudam também o profissional de comunicação a colocar a pauta do ESG, da educação e dos investimentos nas ações como prioritária para empresas que estão vislumbrando abrir capital e viver de uma reputação diferente”, disse.
Para Rossini, o papel estratégico que o comunicador tem dentro de uma organização é o de traduzir criativamente a mensagem e o propósito da empresa através da prática. “É aí que a gente ganha força não só em termos de estratégias e mostrarmos valor naquilo que fazemos, mas principalmente por conseguir mostrar, de uma forma mais tangível, o investimento que a gente faz na sociedade”, avaliou.
Uma das ações sociais mais recentes do QuintoAndar, foi se aliar ao combate da dengue para ajudar a atenuar esse problema que assola o país há décadas. Intitulada “Casas contra o Aedes”, o projeto-piloto emprega tecnologia para fazer um controle biológico, sem ferir o meio ambiente. “A iniciativa não apenas tinha uma aplicação social muito interessante, mas uma história muito bacana para contar. E através de uma campanha de conscientização, conseguimos mostrar para as pessoas que existem maneiras inovadoras de lutar contra a dengue”, explicou.
Com perfil completamente diferente do QuintoAndar, a Gerdau – maior empresa brasileira produtora de aço – construiu, sua missão e seu propósito ao longo dos seus 122 anos de história. Ana Paula Camargo contou que atualmente mais de 70% da produção de aço da empresa está baseada na própria produção de sucata. Alinhada a um forte processo de transformação cultural que levou a empresa a ser mais vocal – se comunicando mais com seus stakeholders e com a sociedade, a reciclagem é um importante ativo da Gerdau.
“Nos últimos anos temos contado mais essa história, de como a reciclagem impacta positivamente, por exemplo, na emissão de gases de efeito estufa e no aspecto social, só na Gerdau mais de um milhão de pessoas são afetadas positivamente e diretamente por essa cadeia, gerando renda para cooperativas e catadores que vivem disso”, comentou Ana. “Essa é uma parte da população que muito contribui para a limpeza das cidades. Aí entra um papel importante do comunicador de olhar essas histórias nas empresas em que trabalhamos para sensibilizar a alta liderança para inovar e falar delas lá fora”.
Ao gerar valor para as pessoas e gerar renda, a Gerdau está compartilhando o seu valor. “O valor compartilhado de verdade resulta numa relação de ganha-ganha. A partir desse ciclo virtuoso da reciclagem, a empresa pode compartilhar esse valor com a sociedade”, observou Elisa. “Mesma coisa com o QuintoAndar, que já nasceu com um propósito, ou seja, a razão de ser da empresa, que é trazer mais qualidade de vida para as pessoas ao compartilhar valor”, completou.
Assista à live na íntegra:
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