Gerdau, iFood, Itaú, LinkedIn, Magalu, Nubank e Vale se unem para contribuir com o desenvolvimento e pertencimento dos profissionais negros
Gerdau, iFood, Itaú Unibanco, LinkedIn, Magalu, Nubank e Vale anunciam o lançamento do Movimento #CarreirasComFuturo para disseminar iniciativas de diversidade e inclusão (D&I) na força de trabalho brasileira, com foco no desenvolvimento de carreira e pertencimento de profissionais negros em todos os níveis de uma organização.
As sete empresas – algumas das maiores empregadoras do país – já possuem programas proprietários de D&I e promoverão a troca de experiências para aprimorar os projetos existentes e compartilhar premissas e aprendizados com outras empresas. O objetivo é alimentar um efeito cascata para impulsionar a criação de ambientes de trabalho mais inclusivos.
Falta pertencimento no ambiente de trabalho
Os resultados de uma nova pesquisa realizada pela Santo Caos em parceria com o LinkedIn mostram que 55% dos profissionais negros disseram já terem deixado de aplicar para uma posição mais alta ou para uma vaga por acharem que não seriam bem recebidos naquele ambiente ou que não seriam considerados para a posição. Cerca de 27% dos entrevistados afirmaram que isso aconteceu mais de uma vez. A pesquisa também descobriu que a falta de equidade no acesso às oportunidades pelos profissionais negros piora progressivamente desde a escolaridade até os cargos de gestão.
A pesquisa também aponta que 71% dos profissionais negros veem necessidade de implementar mais ações para o desenvolvimento de suas carreiras. Este número chega a 64% se considerarmos os profissionais brancos que pensam dessa forma.
O estudo pediu para as pessoas negras entrevistadas elencarem as iniciativas que os ajudariam em suas carreiras. A revisão de critérios de contratação e promoção (32%), capacitação e treinamento da liderança (31%), recrutamento afirmativo (25%) e programas de mentoria (20%) foram identificadas como as principais ações para diminuir essa lacuna.
“De acordo com o IBGE, profissionais negros representam mais da metade da força de trabalho brasileira. No entanto, o estudo do LinkedIn mostrou que 45% nunca ocuparam um cargo de liderança. Essas descobertas da pesquisa reforçam não apenas as contínuas desigualdades estruturais enfrentadas pelos profissionais negros brasileiros, mas também a importância do pertencimento e a grande lacuna no mercado neste sentido. O movimento #CarreirasComFuturo vai equipar empresas a acelerar a implementação de ações proprietárias, aprendendo com os erros e sucessos das outras e trabalhando juntas para um ambiente de trabalho cada vez mais inclusivo. Carreira, por definição, é uma ocupação exercida por um período significativo da vida de uma pessoa com oportunidades de evolução; no entanto, quando não vemos uma progressão, o elemento do futuro na carreira de uma pessoa é questionada”, diz Suelen Marcolino.
Programas das empresas do Movimento vão de mentoria a capacitação
Após analisar os resultados da pesquisa, e entender como trazer mudanças significativas, a aliança anuncia sua primeira iniciativa – Discussões sobre Pertencimento e Liderança. Uma série de eventos em que serão apresentadas as melhores práticas e debatidos os desafios e oportunidades coletivos na implantação de programas de D&I. O primeiro evento da série acontecerá no dia 10 de maio na sede do LinkedIn, em São Paulo:
- Gerdau: Carla Fabiana Daniel, Líder Global de Diversidade e Inclusão da Gerdau, dará detalhes sobre o programa de mentoria para líderes negros.
- iFood: Luana Ozemela, Vice Presidente e Alinne Coviello, Head de Diversidade & Inclusão falarão sobre as práticas de desenvolvimento para pessoas negras dentro do iFood.
- Itaú Unibanco: Programas de desenvolvimento para colaboradores negros serão compartilhada por Luciana Melo, coordenadora de Diversidade e Nayara Gomes, superintendente de RH do Varejo e membro do Black´s at Itaú.
- LinkedIn: Suelen Marcolino, Gerente de Diversidade, Inclusão e Pertencimento e Ana Claudia Plihal, Executiva de Soluções de Talentos do LinkedIn, serão as anfitriãs e apresentarão os dados da pesquisa da Santo Caos e as iniciativas do comitê de diversidade racial.
- Nubank: Helena Bertho, Diretora Global de Diversidade e Inclusão, e Tassya de Paula, Gerente de Diversidade e Inclusão falarão sobre o grupo de afinidade para pessoas negras que opera utilizando a metodologia ágil para gestão das atividades.
- Vale: E, por fim, Salim Khouri, Head de Talentos e Diversidade e Eliezer Santos, Coordenador de Recrutamento e Seleção da Vale, vão apresentar uma iniciativa voltada para a sociedade que visa acelerar a carreira de mulheres negras com foco nas regiões onde a Vale atua.
Convidamos todas as empresas que têm interesse em se juntar na busca pela equidade racial no ambiente de trabalho a assistir a sessão se cadastrando aqui.
Os resultados da pesquisa e o conteúdo das iniciativas de cada evento serão disponibilizados para download nesta página.
Parceria com organizações do terceiro setor
Além disso, o LinkedIn também vai financiar projetos que buscam endereçar a desigualdade social e o combate ao racismo. O trabalho de justiça social está conectado com a missão de promover empregabilidade e desenvolvimento de profissionais negros e indígenas com o objetivo de resolver os problemas estruturais em suas raízes. Ao todo, as ONGs receberão aproximadamente R$2,5 milhões de reais ao longo de dois anos.
A escolha das instituições foi feita por meio de consultores que trabalharam com especialistas locais em estratégias de impacto social no Brasil e levam em consideração critérios, como por exemplo, a fundação/liderança por pessoas negras e/ou indígenas, a interseccionalidade de identidades e a conexão entre trabalho e oportunidades socioeconômicas para grupos sub representados.
Metodologia
O estudo foi criado pelo LinkedIn em parceria com a Santo Caos, instituição de consultoria com foco na diversidade, e realizado por meio de uma pesquisa online, aplicada a 1567 pessoas de todo o Brasil em outubro/2022, com um nível de confiança de 95%, através de uma plataforma especializada. A pesquisa foi aplicada a um grupo racialmente diverso de pessoas com 18 anos ou mais, que atualmente trabalham ou tiveram algum contato com o regime de trabalho brasileiro (CLT).
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