GE e Acquapura transformam água salgada em potável para regiões de seca
A falta d’água em regiões do agreste e do sertão nordestino exige das prefeituras locais investimentos em soluções flexíveis e inovadoras que possam garantir acesso ao recurso natural. Foi focada nessa necessidade que a divisão de Water & Process Technologies da GE em parceria com a Acquapura, empresa focada na oferta de sistemas de tratamento de água, desenvolveram um dessalinizador, equipamento que retira o sal da água coletada do mar ou de poços artesianos e a disponibiliza em forma de água potável – ou seja, própria para consumo humano.
Atualmente a solução é utilizada em Riacho das Almas (PE), onde 5 mil litros d’água são tratados diariamente para auxiliar no suprimento dos habitantes do município. Em média, a quantidade é suficiente para abastecer cada morador com 20 litros d’água por dia, o que equivale a quase 20% do total de água que uma pessoa precisa para manter suas atividades básicas: 110 litros diários, segundo recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU). A solução instalada no município pernambucano é alimentada com a energia captada em painéis fotovoltaicos instalados na superfície do dessalinizador.
Segundo José Alberto Martins, diretor da Acquapura, a demanda por esse tipo de solução tem se estendido para outras regiões do Brasil, como o Sudeste que vem enfrentando períodos de estiagem associado às mudanças no regime pluviométrico. “Nosso foco principal ainda é o Nordeste, mas são cada vez mais recorrentes consultas de entidades privadas e da iniciativa pública em projetos no Sudeste e em outras regiões que começam a sentir os impactos da seca”, comenta.
Fora do Nordeste, GE e Acquapura mantêm projetos em usinas sucroalcooleiras e com concessionárias de rodovias no estado de São Paulo. Conversas com prefeituras locais também estão em andamento a fim de realizar projetos similares ao de Riacho das Almas. Uma das oportunidades vislumbradas, por exemplo, é a dessalinização da água do mar como alternativa para complementar o abastecimento de regiões costeiras.
“Essa é uma alternativa utilizada com sucesso em países litorâneos e que pode ser facilmente replicada no Brasil para atender populações pequenas ou demandas pontuais”, analisa Mauro Cruz, diretor geral da divisão de Water & Process Technologies da GE. “Porém, outras soluções estão disponíveis no portfólio da GE para atender projetos maiores”, ressalva o executivo.
Mil vezes dessalinização
Hoje, Acquapura dispõe de mais de mil unidades do dessalinizador em operação no Brasil, que contam com tecnologias da GE. Em menor proporção também há unidades operando em países costeiros como Portugal e Angola, onde a solução é utilizada para retirar o sal da água do mar. Cada unidade do equipamento trata, em média, 150 mil litros de água diariamente, ou o suficiente para atender uma população de aproximadamente 30 mil pessoas. Porém, a capacidade pode ser expandida ou reduzida de acordo com a necessidade do cliente. Usualmente, o equipamento está pronto para operar seis meses após a contração do projeto.
O Dessalinizador é equipado com membranas de osmose reversa (OR) série AG fornecidas pela GE. A tecnologia é utilizada para retirar bactérias, sólidos dissolvidos e/ou em suspensão, vírus e coloides e sais presentes na água. Como diferencial, a tecnologia equaciona a maior passagem de fluxo de água pelas suas membranas com menores níveis de pressão (inferior a 200 psi ou 1.379 Kpa), o que auxilia na redução de custos associados ao consumo energético. A solução é recomendada para o tratamento de águas com altos níveis de concentração de sal (variando entre 1.000 e 10.000 mg/l) ou quando é necessária uma rejeição muito alta de sal de íons monovalentes.
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