25 de outubro de 2021

Fórum de Comunicação Corporativa: A comunicação corporativa como propulsora da inovação

Segunda sessão de debates sobre a importância da comunicação nas empresas promovida pela Aberje e jornal Valor Econômico reuniu comunicadores que atuam em diferentes setores

Segunda sessão de debates sobre a importância da comunicação nas empresas promovida pela Aberje e jornal Valor Econômico reuniu comunicadores que atuam em diferentes setores

A Aberje e o jornal Valor Econômico, parceiros de 12 anos na publicação do caderno especial Valor Setorial Comunicação Corporativa, promoveram no dia 25 de outubro a segunda sessão do II Fórum de Comunicação Corporativa, série de três encontros digitais que visa discutir como a Comunicação Corporativa tem atuado nas relações com a sociedade para as mudanças necessárias para o futuro.

Para debater o tema deste segundo encontro “A comunicação corporativa como propulsora da inovação”, participaram Salete da Hora, diretora de Marca, Comunicação e Sustentabilidade da CTG Brasil; Priscilla Mendes, gerente sênior de Comunicação Corporativa e para Negócios BASF América do Sul; Malu Weber
diretora executiva de Comunicação Corporativa do Grupo Bayer no Brasil; e Roberta Machado, CEO da In Press Porter Novelli. O encontro foi mediado por Luciana Marinelli, editora assistente do Valor Econômico.

Inovação e Sustentabilidade

Assim como sustentabilidade, inovação é hoje palavra-chave para as organizações. Sem inovação uma empresa não sobrevive no mercado. A inovação é um motor para a sustentabilidade e a sustentabilidade acaba trazendo inovação para a empresa. E onde a Comunicação entra nesse processo?

Na visão de Salete da Hora, da CTG Brasil, a comunicação é um dos pilares do tripé: inovação, sustentabilidade e comunicação. “Eu vejo a área de comunicação corporativa como a área que está ouvindo os diferentes públicos para fazer uma boa leitura de cenários e trazer isso para dentro da empresa. A partir dessa escuta, é possível mapear tendências e trabalhar olhando para o futuro”, acentua. “Aqui na CTG, trabalhamos muito a comunicação como um instrumento, um canal para instrumentalizar as pessoas para que a empresa se torne cada vez mais inovadora e sustentável”, completa.

Já na centenária BASF, não tem como falar de inovação sem falar do Centro de Experiências Científicas e Digitais (Onono), criado para conectar o ecossistema por meio da inovação para transformar os negócios. “É um espaço que responde de maneira ágil às demandas de mercado, aberto a diversos públicos, para debates, para desenvolver produtos e estimular a cocriação. Nesse hub de inovação, nos relacionamos com públicos diversos, desde startups, clientes, fornecedores, universidades e a comunicação tem sido um importante canal para fomentar todas essas experiências”, conta Priscilla Mendes. “A gente vem trabalhando uma comunicação colaborativa para respeitar as necessidades dos clientes e usamos toda uma diversidade de plataformas para estimular esse trabalho de comunicação externa”.

Também registrando mais de um século no país está a Bayer. Para falar sobre como fomentar a inovação, Malu Weber trouxe alguns pontos de reflexão sobre o assunto: “Inovação não é feita apenas por uma pessoa e nem só por uma área da organização. A empresa precisa respirar inovação e, antes de mais nada, a inovação precisa fazer parte da estratégia de negócios da companhia. A Bayer tem a inovação como um de seus pilares estratégicos e todo o modelo de negócio e sua cultura vem evoluindo nessa direção”, ressalta. 

“A Comunicação também deve respirar inovação e se reinventar, já que é uma propulsora da transformação e ajuda os públicos a conhecerem o que está fazendo nesse sentido. Primeiro é preciso ter um time diverso e plural, pois diversidade traz inovação e depois um ambiente que estimule essa troca e a coragem para o ‘não medo’ de errar, além da escuta ativa, saber o que é relevante para o outro”, coloca Malu.

Na InPress Porter Novelli, a questão da inovação e da transformação já vem acontecendo de forma intensa nos últimos cinco anos, segundo Roberta Machado, sem falar da aceleração promovida pela pandemia nos dois últimos anos. “A demanda mais profunda que aconteceu veio, de fato, da parte da comunicação interna. À medida em que todos nós tivemos que nos fechar, trabalhar em casa de um dia para o outro, foi um desafio gigantesco para a comunicação corporativa e para os parceiros das empresas na área de comunicação”, comenta a CEO da agência de comunicação.

“Fomos muito desafiados a manter um time engajado nesse ‘novo normal’ e muitas empresas tiveram que inovar na comunicação com o colaborador e com seus stakeholders. Essa é a ponta do iceberg de um processo gigantesco de inovação que a gente está passando dentro da cultura organizacional das empresas. A Comunicação teve nesse momento super desafiador, que foi a pandemia, um papel fundamental de iniciar um processo de transformação organizacional”, complementa.

Liderança engajada

O papel do líder foi um dos pontos debatidos pelas comunicadoras. “A pandemia nos mostrou que precisávamos ampliar a escuta, então reestruturamos os canais de comunicação para que tivéssemos mais interatividade, mais proximidade, mais humanidade, mas também treinamos o líder e demos um papel importante a ele. Hoje temos um canal onde compartilhamos informações e estratégias, é como um guia para o nosso líder, que é aquele que vai engajar os outros. É o primeiro passo de uma jornada”, conta Malu.

“Ninguém está 100% preparado para a mudança. Criamos um programa interno em 2019 para trabalharmos muito forte a promoção da adaptação do público interno para as novas tecnologias, ferramentas, mudança cultural e de mindset com um time multidisciplinar com representantes de todas as áreas, que começou timidamente promovendo eventos para debater temas sobre digitalização. Percebemos que precisávamos investir mais tempo e conseguir o engajamento da liderança para fazer com que a transformação digital realmente acontecesse”, revela Priscilla, da Basf.

A tecnologia permite que a comunicação líder-colaborador seja feita de uma maneira muito mais simples do que era no passado e com muita interação. Desde uma live com milhares de funcionários conectados ao mesmo tempo como um bate-papo de 20 pessoas da com o presidente da empresa. “A grande importância disso é que o papel da comunicação é saber ouvir os sinais. Na área de comunicação corporativa somos sempre muito provocados a dar respostas. Mas o que eu vejo de inovação hoje é refinar a capacidade de ouvir e interpretar sinais para simular cenários e descobrir tendências”, enfatiza Roberta.

Assista ao encontro na íntegra do Fórum de Comunicação Corporativa Aberje Valor Econômico:

https://www.youtube.com/watch?v=oJjYVo-fL58

 

Confira o próximo encontro do II Fórum de Comunicação Corporativa

PROGRAMAÇÃO:

04 de Novembro: https://www.youtube.com/watch?v=dXhtgSb9qJI

10h30 – CEO Comunicador : como calibrar visão contextual e foco no negócio

  • Teresa Vernaglia
    CEO da BRK Ambiental
  • Marta Diez
    Presidente da Pfizer no Brasil
  • Isabella Wanderley
    General manager e vice-presidente corporativa da afiliada da Novo Nordisk no Brasil
  • Roberto Parucker
    Presidente na Eletronorte

* A série de debates sobre o tema podem ser assistidas no Youtube da Aberje e nos canais do Valor Econômico (Youtube e LinkedIn).

 

 

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