Estudo da LLYC antecipa como serão os líderes do futuro
FUTURE LEADERS: Pesquisa pioneira baseada em técnicas de processamento linguístico e Inteligência Artificial
O surgimento da COVID-19 evidenciou uma crise de liderança tradicional e acelerou a demanda da sociedade global por novos modelos de liderança. Para antecipar-se a esta evolução, a LLYC, empresa global de consultoria de comunicação e relações públicas, em colaboração com a Trivu, um ecossistema global que promove oportunidades para jovens talentos, apresentou o projeto Future Leaders (Futuros Líderes), um estudo pioneiro (baseado na tecnologia NLP e Inteligência Artificial) sobre a nova geração de líderes abaixo dos 30 anos de línguas espanhola e portuguesa.
Assim, a partir de uma análise exaustiva da pegada digital discursiva (textos, publicações sociais, vídeos etc.), esta pesquisa esclarece as tendências e traços de personalidade dos Future Leaders e estabelece um contraste com as características dos líderes atuais. O sólido sentido de disciplina, a forte tendência para a ação, a firme orientação para a cooperação e o coletivo, uma liderança resiliente, positiva e emocional são algumas das dimensões que definem o perfil desta jovem geração e a distinguem dos líderes contemporâneos.
“Não há dúvida de que esse ambiente VUCA, acelerado pela pandemia, nos colocou diante da maior mudança de paradigma em termos de reputação e valor social das lideranças tradicionais. Para nos anteciparmos a essa transformação, conduzimos uma investigação disruptiva em torno do elemento mobilizador por excelência de um líder: sua comunicação. Com este projeto, buscamos um duplo objetivo: por um lado, oferecer uma visão da nova geração de líderes que, adaptando-se à situação atual, serão capazes de inspirar a sociedade do futuro; e, por outro lado, reunir uma seleção desses jovens que, em toda a sua diversidade, já estão dando passos para mudar o mundo”, explicou José Antonio Llorente, presidente da LLYC.
Por sua vez, Cleber Martins, Sócio e Diretor Geral da LLYC no Brasil, acrescenta ainda que “a análise permite identificar uma mudança estrutural na forma como devem ser a liderança e a comunicação no futuro. A pandemia acelerou esta tendência que já se formava: de uma comunicação mais humana, mais próxima, com um propósito claro e muito focada na ação. É precisamente isso que será exigido destes líderes do futuro”.
UMA GERAÇÃO DE LÍDERES MAIS EMOCIONAIS E COM VOCAÇÃO SOCIAL
O ‘retrato do robô’ gerado pelo modelo psicométrico deste estudo retrata os Future Leaders como uma comunidade que respeita o bem-estar dos outros, com a necessidade de transcender a si mesmo e priorizar o coletivo. Nessa linha, a análise morfossemântica confirma que esta geração possui um discurso muito mais voltado para os valores comunitários e sociais e ancorado na importância do team-play / atuação em equipe (substantivos como “Pessoas”, “Família”, “Amigos”, “Equipe” e “Apoio” ou verbos como “Ajudar”, “Compartilhar” e “Participar” são muito recorrentes em suas intervenções).
Também o uso dos adjetivos “Público”, “Climático” ou “Social” estão entre os mais usados pelos líderes mais jovens. O estudo aponta que as referências aos campos sociais, como “Educação” e “Saúde”, são muito mais relevantes para os Future Leaders.
Em relação às qualidades de sua liderança, os Future Leaders se destacam por defender uma liderança altamente apaixonada e mais sensível. Especificamente, as técnicas de processamento linguístico indicam que o uso de palavras emocionais é 45% mais abundante na fala dos Future Leaders e que, em 78% das vezes, elas têm caráter positivo.
Nessa linha de pensamento, adjetivos como “Incrível”, “Maravilhoso”, “Favorito” e “Positivo” aparecem no top 50 dos mais comuns na nova geração de líderes, como também contrastam com a linguagem usada pelos líderes de hoje, que poderia ser descrita como mais fria e muito mais profissional e técnica. Por exemplo: os termos “Legislativo”, “Comercial”, “Logístico” ou “Econômico” são apenas parte do acervo dos líderes contemporâneos. São também os únicos que recorrentemente fazem alusão a conceitos como dinheiro (“Dólares”), corporações (“Empresa”) ou estruturas políticas tradicionais (“Campanha”, “Presidente”, “Município” ou “Deputado”).
A PALAVRA “OBRIGADO” E O “FAZER” ANTES DO “DIZER”: A MARCA DE UMA GERAÇÃO
O relatório também conclui que, na sua função de líder, os mais jovens apresentam maior tendência à disciplina, maior sentido de dever e maior respeito pela ordem e rotinas. De fato, a análise verbal dos discursos das duas gerações mostra uma maior tendência à ação por parte dos Future Leaders. Assim, mostra que os mais jovens utilizam o verbo «Fazer» (segundo verbo mais utilizado) com maior frequência do que o verbo «Dizer» (frequência invertida no caso da geração atual). Além disso, a nova geração recorre com mais frequência à ação de “Trabalhar” e palavras como “Alcançar”, “Criar” e “Gerar” .
Uma das diferenças mais marcantes entre as duas gerações é o uso da palavra “Obrigado”. Especificamente, a análise coloca esta expressão como a mais utilizada pelos Future Leaders; ao passo que, no caso dos líderes atuais, ela cai para a metade da tabela (posição 25). Isso reforça a ideia de que novos líderes estão mais bem posicionados no eixo indivíduo-comunidade.
Além disso, uma das facetas mais distintas dos Future Leaders é a sensibilidade para o externo, para o que transcende o ‘eu’ individual. A sua impressão discursiva mostra que os mais jovens têm maior predisposição para compreender o que os rodeia e que atribuem maior importância à aprendizagem. Verbos como “Aprender”, “Encontrar”, “Saber”, “Pesquisar”, “Entender” e “Ouvir” são muito mais comuns em suas intervenções públicas.
DEZ FUTURE LEADERS NO BRASIL QUE SINALIZAM PARA UM NOVO MUNDO
A partir da definição do modelo de liderança transformacional, a LLYC e a Trivu desenvolveram uma seleção que identifica 120 jovens de língua espanhola e portuguesa, chamados a ser os Future Leaders. Nascidos a partir de 1990 e oriundos de 12 países, reúnem referentes das mais diversas esferas de influência: desde a tecnologia, a medicina e o ambiente até questões sociais, o empreendedorismo e a gastronomia.
No Brasil, os dez perfis selecionados foram Anielle Guedes (Empreendedora; fundador de Urban 3D), Anna Luisa Beserra (Empreendedora social; CEO de Safe Drinking Water for All.) , Lawrence Murata (Empreendedor social; chefe de plataformas de Inteligência Artificial e Ciência de Dados em Nauto.), Lincoln Ando (Empreendedor; fundador de idwall), Maisa Silva (Cantora, apresentadora e atriz; ganhadora da categoria canal de Youtube Favorito em Meus Prêmios Nick 2018), Matheus Goyas (Empreendedor; criador de AppProva), Nátaly Neri (Ativista e comunicadora; criadora do canal Afros e Afins) , Philippe Magno (Empreendedor; cofundador e sócio de The HandsFree Institute), Tallis Gomes (Empreendedor; cofundador e CEO de Plataforma Saúde) e Vinicius Silva (Consultor financeiro; cocriador do canal Favelado Investidor). Para a sua seleção, foram considerados três critérios básicos: ter uma finalidade, seu potencial de mobilização e, por fim, sua capacidade de influenciar.
UMA INVESTIGAÇÃO BASEADA EM TECNOLOGIA DISRUPTIVA
A análise de personalidade e as técnicas de criação de perfil usadas neste estudo têm bases científicas sólidas. Com base na Trait Theory (Teoria dos Traços), LLYC e Trivu utilizaram o modelo Big Five de análise psicométrica. Além disso, durante a pesquisa, técnicas de NLP e Inteligência Artificial foram implementadas – o que tornou possível processar, entre outras, 1.017.391 palavras, 11.771 tweets, 8.931 postagens no Instagram, 81 discursos completos no YouTube por líderes de todas as gerações de idiomas espanhol e português.
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