Encontro com líderes de comunicação discute uso do LinkedIn como plataforma para fortalecer negócios e relacionamentos
Na última terça-feira (09), a Aberje recebeu em sua sede em São Paulo (SP) Ana Moises, diretora da área de Soluções de Marketing do LinkedIn para América Latina, e Marc Tawil, Estrategista de Comunicação e LinkedIn Top Voice. O encontro foi uma iniciativa do LiderCom, grupo da Aberje que reúne a liderança da comunicação empresarial brasileira.
Com a mediação de Marc Tawil, Ana Moises demonstrou o potencial do LinkedIn para aproximar pessoas e organizações e construir diálogos e relacionamentos. Atualmente, as soft skills ganham cada vez mais relevância para as lideranças, especialmente com o crescimento de novas tecnologias capazes de assumir tarefas mais técnicas e especializadas. E o LinkedIn oferece a essas lideranças um canal para se conectar a outros executivos e construir sua narrativa – inclusive para atrair novos talentos para suas equipes.
“O CEO precisa ter a capacidade de mobilização”, afirma. “As pessoas querem trabalhar em determinada empresa e, em muitos casos, para determinada pessoa”, conta Ana. De acordo com a executiva, a presença ativa na plataforma confere uma chancela ao usuário. Ela também destacou a importância da construção de uma rede orgânica e sustentável, que leve em conta a trajetória e os objetivos de cada um. “A experiência do LinkedIn é única para cada pessoa, depende da rede que cada um construiu”, explicou. Para ela, o valor da rede de conexões dos usuários está nessa escolha “a dedo”.
Essa característica mais pessoal da rede também representa um desafio: é preciso que a liderança das organizações esteja presente no LinkedIn e participe de conversas relevantes. As equipes de Comunicação das organizações podem (e devem) apoiar o C-level em sua atuação no LinkedIn, mas será o grau de comprometimento do executivo que vai dar força para ações na plataforma. “O C-Level pode gostar ou não, mas ele tem que ter um perfil lá”, concluiu.
“O que gera engajamento é posicionamento”
“Quem não se posiciona, é posicionado”, explicou Marc Tawil. Mais do que a presença, Ana lembra que a rede é uma via de mão dupla. É preciso que as pessoas se posicionem, escrevam o que pensam, mas também estejam dispostas a conhecer outros pontos de vista e interagir com quem pensa diferente. “As pessoas também querem ser percebidas”, explicou, e engajar com conteúdos e interações de seguidores é parte dessa presença ativa no LinkedIn.
E não são só as lideranças que se beneficiam de um perfil na plataforma. De acordo com Ana, “pessoas seguem pessoas, mas também seguem company pages, e consomem primeiro o conteúdo de empresas, que é o mais óbvio”. Isso abre novas possibilidades para comunicadores, que podem planejar ações específicas para públicos distintos. Por meio das ferramentas do LinkedIn, é possível anunciar vagas para determinados perfis, buscar novos públicos de interesse ou falar diretamente com colaboradores – apoiando os esforços de Comunicação Interna. De acordo com Ana, em alguns casos os empregados de organizações se atualizam sobre a empresa na página da companhia no LinkedIn, o que pode trazer novas possibilidades de integração do trabalho da Comunicação.
“O LinkedIn permite aos profissionais de comunicação expandir e mensurar seu trabalho e capacita a Comunicação para a geração de negócios”, explicou Ana. Por meio dos recursos da rede, é possível extrair dados como alcance e engajamento com publicações, que permitem avaliar o desempenho de uma publicação (ou várias) segundo critérios objetivos. De acordo com ela, o uso estratégico da plataforma permite que pessoas e organizações influenciem outros stakeholders, trazendo como exemplo setores regulados. Uma company page ou um perfil podem tornar-se hubs de conteúdo altamente especializado, com capacidade de balizar o debate em torno de um tema. O LinkedIn ainda abre novas possibilidades de networking. “O LinkedIn permite chegar a pessoas que você não atingiria normalmente – mas nada substitui o pessoal”, conclui.
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