Desenvolvimento de equipes foi tema de reunião do Comitê Aberje de Inovação em Comunicação Corporativa
Quarto encontro reúne especialistas e comunicadores para debater sobre desenvolvimento de equipes para inovar em comunicação
A quarta reunião do Comitê Aberje de Inovação em Comunicação Corporativa foi realizada no dia 7 de junho, com o tema “Desenvolvimento de equipes para inovar em comunicação”. O encontro contou com a participação de Rogério Martins, da WENEW Mentoring & Consulting, ex-vice presidente Global de Desenvolvimento de Produtos e Inovação na Whirlpool Corporation; de Eduardo Felipe Fachetti Lima, gerente de Relações Institucionais da Rede Gazeta; e do coordenador do comitê, Rodolfo Araújo.
Ao iniciar, Rodolfo Araújo explorou alguns elementos que servem como base para orientar equipes e times das organizações para uma entrega cada vez mais inovadora. O primeiro ponto, de acordo com o executivo, é ter um propósito e uma visão comum, ou seja, fazer com que as pessoas entendam o que elas almejam. “Todos têm um objetivo compartilhado, uma sensação de pertencer a uma missão comum entre todos. Outro elemento fundamental é o aspecto da segurança psicológica, no sentido de fomentar um ambiente para que as pessoas se sintam à vontade para vocalizarem suas ideias. Outro elemento diz respeito ao foco do trabalho em equipe, como fazer com que as pessoas entendam que o resultado em equipe é mais produtivo do que apenas o individual”, destacou.
Na oportunidade, Rogério Martins compartilhou alguns conteúdos ligados à inovação, além de algumas experiências profissionais. “Acredito que inovar nas organizações é incorporar – dentro da cultura e dos processos – essa busca constante de novas formas e soluções para melhor resolver os problemas e necessidades dos stakeholders, sempre criando valor”, frisou. “Essa definição funciona para a realidade do mundo das comunicações?”, provocou o executivo. Essa é uma grande questão para os comunicadores.
“Uma organização que tem habilidade em seu DNA para inovar, ela precisa ter na sua cultura essa busca constante de identificar e de reconhecer diferentes formas e conteúdos para poder explorar novas possibilidades. Quando eu falo ‘cultura’, são práticas e comportamentos que fomentam a capacidade de buscar o novo”, explicou Martins. “Temos muita oportunidade para inovar em Comunicação?”, provocou novamente.
Em sua visão, a inovação pode ser feita em diversas dimensões se não for estabelecido com clareza espaços de oportunidades para inovar. “Cada vez mais a função de comunicação busca um posicionamento muito mais estratégico, menos de suporte operacional; e busca cada vez mais influenciar na tomada de decisão. Esse é um grande espaço de oportunidade para inovar. Outro exemplo é potencializar as oportunidades geradas pela avalanche das novas plataformas de comunicação e conexão.
Eduardo Felipe Fachetti Lima, da Rede Gazeta – grupo do Espírito Santo que tem 94 anos de existência –, compartilhou como a empresa está vivenciando a implantação de uma nova cultura e de um mindset de inovação. “O que a gente faz é a comunicação em diversas plataformas desde 1928. Hoje são mais de 500 funcionários e 16 veículos que formam a Rede Gazeta”, contou.
Em 2019, o primeiro produto da Rede Gazeta – o jornal impresso A Gazeta – deixou de circular e também toda a participação de negócios em impresso. “Esse marco é importante para nós enquanto empresa. É uma cisão muito relevante e o primeiro passo para o que chamamos de Programa de Inovação da Rede Gazeta, quando efetivamente começamos a construir uma nova história”, disse Lima.
“Olhando para a área de comunicação institucional, fomos obrigados a acelerar alguns processos e entender de coisas, que até a chegada da pandemia, a gente não entendia. Nunca na história recente da Rede Gazeta foi tão importante entender os funcionários e estar com os funcionários quando eles não estavam dentro da empresa. Nesse momento a gente transforma a comunicação institucional da Rede Gazeta e começamos a ter um olhar até mais humanizado em termos de comunicação”, relatou o executivo.
Lima ainda contou que no ano passado foi criada a Diretoria de Inovação e Novos Negócios, que propõe ajudar a Rede Gazeta a ser uma empresa que olha além dos muros. “Pretendemos que, em dois anos, 20% da receita da empresa venha de projetos de inovação. A inovação não é mais um diferencial para estar no mercado, é uma condição para existir e continuar operando”, concluiu.
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