23 de outubro de 2023

Comunicadores levam lições e vínculos da Expedição Amazônia, organizada pela Escola Aberje: conhecer para comunicar

Iniciativa “Expedição Amazônia: conhecer para comunicar”, em parceria com Academia Amazônia Ensina, no início de outubro apresentou comunicação para sustentabilidade na prática
Crédito: Tadeu Rocha

Entre os dias 01 e 06 de outubro, a Escola Aberje de Comunicação levou profissionais para uma experiência única: uma viagem de seis dias à maior floresta tropical do mundo para qualificar e sensibilizar comunicadores que atuam nas áreas de comunicação corporativa e sustentabilidade. 

A fim de promover uma vivência exclusiva, baseada em uma jornada de conhecimento sobre biodiversidade, cultura, ciência, saberes tradicionais e comunicação, a Aberje, em parceria com a Academia Amazônia Ensina (ACAE), organizaram a Expedição Amazônia: Conhecer para Comunicar, com o patrocínio da Basf e do Itaú Unibanco, e com o apoio da Bayer e da LATAM Airlines.

No total, 21 profissionais de comunicação e sustentabilidade participaram da experiência. No primeiro dia, os “expedicionários” anotaram suas hipóteses e crenças sobre os principais desafios de Sustentabilidade e Comunicação na Amazônia para, ao longo da expedição, atualizarem como um diário de viagem. No último dia foi realizado um debate entre todos os participantes para compartilharem suas descobertas, o que aprenderam de singular e como suas crenças foram transformadas.

Uma das atividades da programação foi uma visita ao Instituto de Desenvolvimento e Tecnologia (INdT), organização sem fins lucrativos brasileira destinada à pesquisa e desenvolvimento de software móvel e tecnologia de informação, para se aprofundar na relação da floresta com a tecnologia. “Temos na região uma vasta possibilidade de geração de negócios aproveitando a nossa vocação natural. O modelo de sustentabilidade é o que queremos”, destaca o CEO do INDT, Geraldo Feitosa.

 

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Expedicionários em frente ao INdT (Crédito: Tadeu Rocha)

A expedição garantiu também visitas ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), órgão com intuito de gerar e disseminar conhecimentos e tecnologias e capacitar recursos humanos para o desenvolvimento da região, onde observaram algumas espécies de animais resgatadas e o trabalho realizado pelos profissionais. Também visitaram o Museu da Amazônia (MUSA) e o Instituto de Desenvolvimento da Amazônia – IDESAM. “Temos um plano estratégico chamado Teoria da Mudança, que guia nossos indicadores e métricas, mas além disso, ele é quem nos conecta com diferentes parceiros. Entendemos que de fato precisamos mobilizar esse ecossistema para causar um impacto real na Amazônia. Isso envolve indivíduos, sociedade civil organizada, empresas e outras organizações. Falar de Amazônia só é possível com um falar coletivo”, explica Larissa Mahall, coordenadora de Comunicação do Idesam.

 

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No terceiro dia da expedição, o grupo visitou o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), onde tiveram a oportunidade de conhecer as potencialidades do Instituto no processo de desenvolvimento da bioeconomia da floresta. Os participantes conversaram com os pesquisadores do CBA e conheceram algumas das pesquisas desenvolvidas nos laboratórios da instituição, como a fibra do curauá, mais resistente que o sisal e o cânhamo, com aplicação em indústrias diversas. O produto foi apresentado pela Dra. Simone da Silva, chefe do Laboratório de Biotecnologia Vegetal do CBA, e pode ser alternativa para deixar indústrias mais sustentáveis.

 

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Talvez a experiência mais singular vivida pelo grupo foi passar dois dias em um barco no Rio Negro, enquanto visitava comunidades locais, como a Comunidade Indígena Cipiá e a Comunidade ribeirinha Tumbira, em meio à grave seca que a região enfrenta.

Seca na região amazônica (Crédito: Tadeu Rocha)

 

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Esses exemplos do que foi feito pelos expedicionários ao longo dos cinco dias de imersão são apenas parte do que foi realizado no projeto. Floresta em pé, pessoas em pé e ouvir a Amazônia para entender suas particularidades foram alguns dos aprendizados do grupo de comunicadores da primeira Expedição Amazônia. Confira alguns depoimentos abaixo:

Grupo conhece o Núcleo Cultural Indígena CIPIÁ em Manaus (Crédito: Tadeu Rocha)

“Os dias aqui na Amazônia estão sendo intensos. As questões aqui são complexas e o cenário atual, que mistura uma beleza absurda com uma seca assustadora e queimadas, é lindo e triste ao mesmo tempo. Pensar em desenvolvimento sustentável para a região é pensar em milhões de variáveis e questões que coexistem e minha cabeça fervilha neste momento. Neste momento, estou aqui tentando absorver e aprender ao máximo para, no meu microcosmo, entender como posso ajudar nisso. Pois eles precisam de ajuda, de todo mundo. Conhecer para comunicar. Estou fazendo minha lição de casa. Obrigado Aberje e Novo Nordisk por esta experiência incrível”, Ricardo Castellani, Senior Communications Manager da Novo Nordisk, em seu LinkedIn.

“Outubro começou numa experiência de vida e aprendizado única. Embarquei com 21 colegas prá lá de inspiradores na Expedição Amazônia – Conhecer para Comunicar, organizada pela Aberje em parceria com a Academia Amazônia Ensina. Conhecemos desafios, oportunidades e soluções para essa região que ocupa quase metade do território nacional, é berço de uma biodiversidade inigualável e é também o lar de cerca de 30 milhões de pessoas. Chegamos num período de seca histórica, ameaça real da crise climática, conhecemos a garra de quem quer fazer a diferença, de verdade, e aprendemos. Muito.”, Rozália Del Gáudio, Liderança sênior de Comunicação, Sustentabilidade e Assuntos Corporativos.

“Como resumir em poucas palavras o que foi essa Expedição Amazônia? Escolho MAGIA – que nesse caso, é um acrônimo: Minha Ação Gera Impacto na Amazônia. Foi uma semana de muito aprendizado, de formação de novos vínculos (queridos expedicionários, vocês todos tem um lugar no meu coração), de muita admiração, de surpresas, de constatações…É impossível ir a Manaus e à comunidade Tumbira e negar o impacto das mudanças climáticas. Todas as manhãs ao sair do hotel a primeira sensação era o cheiro das queimadas. Ver o quanto a seca está afetando a região – fora do padrão, com níveis de água muito mais baixos do que era esperado para a primeira quinzena de outubro – é dramático, sensibiliza demais. Mas é incrível ver que há pessoas que com muita energia e paixão estão buscando soluções, desenvolvimento, e condições para que os moradores da região possam exercer sua cidadania de maneira plena. Então, só o que posso dizer é: obrigada Aberje e Academia Amazônia Ensina pela organização de um roteiro tão especial.”, disse Nêmora Reche, Head of Corporate Communications para Crop Protection LATAM & Brazil na Syngenta, em seu LinkedIn.

Arthur Pagnoncelli da Motta

Jornalismo e Comunicação Social na Faculdade Cásper Líbero. Curso de comunicação na International House Sydney, em Sydney, Austrália. Analista de conteúdo na Aberje - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial.

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