Comunicação é o melhor caminho para atender diretrizes de ESG na área da Saúde
Como a comunicação pode funcionar como uma ferramenta estratégica para ajudar a engajar os públicos e a alcançar resultados efetivos em sustentabilidade? Para falar por que o conceito ESG é importante na cadeia de saúde, a terceira edição do Lab de Comunicação para Saúde da Aberje reuniu, no dia 13 de outubro, especialistas em comunicação por meio do tema Saúde e ESG: Como os temas conversam dentro de um mundo em mudança. Os três encontros tiveram o patrocínio da Pfizer e da Novo Nordisk.
Participaram do encontro: Cristiane Santos Blanch, diretora de Comunicação e Assuntos Corporativos da Pfizer; Patrícia Byington, gerente de Sustentabilidade da Novo Nordisk; Ranny Alonso, diretora de Comunicação Corporativa no UnitedHealth Group Brasil. Como mediadora, Júlia Lomba, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da White Martins/Linde para América do Sul.
Ao abrir o debate, Júlia Lomba, da centenária White Martins, frisou que, assim como a área de Comunicação, a área de Sustentabilidade tem que interagir e dialogar com as diferentes áreas. “É preciso percorrer, de forma transversal, todos os setores da companhia, com todos os temas que causam impacto para o negócio da empresa”, disse a executiva.
Em seguida, Cristiane Santos Blanch destacou as principais mudanças ocorridas na Pfizer por conta da pandemia, assim como os valores que foram reforçados no relacionamento com os stakeholders e como a comunicação foi decisiva nesse processo. “A pandemia trouxe um novo momento para a companhia especialmente na questão da educação em saúde. Tivemos grandes aprendizados também enquanto empresa, levando a informação de forma muito mais didática para a população”, disse. “A comunicação foi essencial naquele momento. Precisamos sempre trabalhar a comunicação de forma coerente e correta com todos os nossos públicos”.
Transformações sociais
Mesmo antes da pandemia, o setor de saúde vem experimentando grandes transformações sociais, muito em função de processos de fusão e aquisição das empresas. Como a comunicação vem atuando para integrar diferentes culturas e valores dentro da agenda ESG?
Na visão de Ranny Alonso, da UnitedHealth Group Brasil, a comunicação deve ser intensificada de maneira exponencial, nesses processos de fusão e aquisição. “O fato de se ter algumas áreas bem estruturadas e centralizadas facilita muito esse processo. Aqui nós temos uma área especializada e dedicada à cultura, diversidade e inclusão, com uma agenda de ações afirmativas, de letramento e políticas e programas”, contou a executiva, acrescentando ser essencial engajar as lideranças: “é prioritário trabalhar no nível da liderança. A comunicação, inclusive, capacita os líderes em comunicação para que os macro objetivos da companhia estejam na veia de quem está no dia a dia com as equipes”.
Acesso à saúde
Na ocasião, Patrícia Byington, da Novo Nordisk, falou sobre o papel social do setor de saúde para promover o acesso à saúde de qualidade à população e reforçar a cultura de prevenção através de diversas campanhas. “O nosso papel vai além de fornecer tratamentos inovadores que transformam a vida das pessoas, por isso focamos na prevenção e no acesso à saúde. Temos campanhas focadas na conscientização sobre diabetes, obesidade e outras doenças crônicas e ações educativas e formas de prevenção. Além disso, temos um trabalho intenso de treinamento das equipes do SUS, devido à falta de profissionais especializados”, salientou.
De acordo com Cristiane, a Pfizer também tem desenvolvido algumas parcerias para buscar a melhoria do acesso à saúde, especialmente em países de baixa renda. Uma dessas iniciativas é o ‘Acorde’. “O programa é recente e tem como foco fornecer todos os medicamentos e vacinas da Pfizer sem fins lucrativos para 1,2 bilhão de pessoas que vivem hoje em 45 países de baixa renda em todo o mundo”, contou. “Entendo que, cada vez mais, a sociedade terá que trabalhar junto para viabilizar esse tipo de atuação”, completou.
Saúde mental
A questão da saúde mental foi outro tema trazido pela mediadora. “As pessoas estão se preocupando muito mais com saúde mental do que com doenças como câncer. Aqui na White Martins, oferecemos o Programa de Apoio ao Funcionário, em que o colaborador pode ter assistência psicológica, de saúde e também pode participar de rodas de conversas. São práticas que já existiam na companhia e se intensificaram durante a pandemia”, contou Júlia.
“O começo da pandemia gerou muita insegurança e, nesse momento, sentimos uma responsabilidade muito grande de tranquilizar e oferecer apoio ao nosso público interno, por meio de programas relacionados à saúde mental, que passou a ser procurado de uma maneira significativa”, acentuou Ranny. “A gente trabalhou muito a comunicação, através de redes sociais, participação em eventos onde a gente pudesse tratar a saúde mental como a saúde de qualquer organismo e dentro da organização”.
Assista à live na íntegra:
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