Comitê de CI e Marca Empregadora se reúne para falar sobre tendências e inovação em Comunicação Interna
Os integrantes do Comitê Aberje de Comunicação Interna e Marca Empregadora estiveram reunidos mais uma vez para uma conversa sobre “Tendências, novas ferramentas e inovação em CI”, no dia 5 de outubro. O encontro contou com a participação de Hugo Godinho, CEO da Dialog e de Tânia de Oliveira, coordenadora de Marca e Engajamento na Arteris. A mediação ficou por conta de Cynthia Provedel, coordenadora do grupo.
Na ocasião, Cynthia comentou sobre um estudo da Aberje divulgado no começo do ano, Trata-se de uma pesquisa feita com a participação de comunicadores que traz os principais desafios para o ano. “Esses desafios são velhos conhecidos nossos, são tendências que a gente já vem verificando nos últimos anos e que também conversam com outras pesquisas sobre comunicação interna no mercado, como atuar de forma mais estratégica, descentralizar cada vez mais a produção de conteúdo e o exercício da influência”, destacou. “Vemos isso acontecendo por meio da implementação dos embaixadores influenciadores, evoluir para mensagens cada vez mais humanizada e ampliar o potencial uso da tecnologia, que é uma das nossas temáticas de hoje”, completou.
Ao compartilhar um case da Arteris – companhia do setor de concessão de rodovias -, Tânia de Oliveira contou sobre um dos obstáculos encontrados quando a equipe quis adotar uma nova tecnologia na Comunicação Interna da empresa. “No passado, tínhamos uma intranet que funcionava bem, porém não tinha interação, os colaboradores não podiam postar e quem acessava a intranet era só quem tinha e-mail. Nosso grande desafio era que mais de 70% da nossa companhia também pudesse acessar as informações de comunicação interna, de cultura, de valores etc”, disse, explicando que a cibersegurança tornou-se uma barreira na implantação da tecnologia, pois tinha que passar por uma série de avaliações, conforme as diretrizes dos acionistas da empresa.
“Foram alguns anos de alinhamento e discussão com as equipes jurídica e de TI para chegarmos até a Dialog, alinhar todos esses pontos e, de fato, implementarmos a solução que hoje é a nossa rede social corporativa, a Conecta. Ela transformou totalmente a nossa comunicação interna”, ressaltou Tânia. “Antes apenas 30% na companhia tinham acesso aos valores, à cultura e às campanhas. Hoje, 100% têm acesso a tudo isso. Depois da implementação do Conecta, percebemos uma mudança muito grande com relação ao orgulho de pertencer; o pessoal que está na operação consegue mostrar o seu trabalho e sente orgulho de fazer parte do time da Arteris”, completou.
Comportamento digital do colaborador
Outro ponto positivo que a nova tecnologia trouxe foi a interação entre os colaboradores das diversas concessionárias da Arteris. “Eles não tinham nenhum tipo de contato e não sabiam qual era a realidade das outras unidades e agora, eles compartilham boas práticas. Então, além de ser um canal de comunicação interna para o compartilhamento de informações oficiais da companhia, o Conecta se tornou um canal de troca de informações entre as empresas do grupo. Ele também é um canal funcional, onde o colaborador pode bater o ponto, acessar um sistema ou ver o seu holerite”, destacou a executiva.
Para Hugo Godinho, da Dialog – plataforma multicanal que combina aplicativo, desktop e e-mail – o que mais o impressiona nessa história é a coragem da equipe da Arteris de desbravar novos caminhos. “Sempre tivemos com eles essa parceria de querer testar e experimentar Hoje mesmo conversávamos sobre como incrementar ainda mais o uso de inteligência artificial na produção de conteúdo. Para empresas de tecnologia é muito fácil testar coisas, mas não é tão fácil assim na cultura de muitas empresas. Quando a gente para e analisa os dados, é muito mais fácil tomar decisões”, argumentou.
Segundo ele, uma tendência que deve vir com tudo para o Brasil, principalmente a partir do ano que vem, é o comportamento digital do colaborador. “O que a gente vê hoje para e-commerce, tem toda uma tecnologia para isso, que a indústria de marketing e publicidade desenvolveu. Para dentro, qual a tradução disso tudo na nossa visão? É levar o melhor conteúdo para gerar o melhor engajamento, a melhor employee experience”, acentuou.
Com origem em agências de comunicação, Hugo sempre admirou as possibilidades de criar que a publicidade traz, mas queria experimentar a vivência com métricas. “Precisamos que isso seja contínuo e a beleza da área de comunicação é ser permanente, é poder ter a chance de acompanhar o comportamento digital de cada colaborador e fazer uma comunicação hiper personalizada, colaborando para o engajamento; e podemos medir isso, ‘você está feliz com isso?’, ‘você gostou dessa comunicação?’, e com a inteligência artificial vamos entendendo como determinadas tendências de campanhas e conteúdos podem ecoar mais ou menos”, argumentou. “É usar a IA para trazer agilidade e saber conectar dados”, arrematou.
Inteligência artificial x comunicação interna
Na visão de Cynthia, o uso da tecnologia como alavanca para observar e capitalizar, de forma positiva, o comportamento do colaborador, vai cada vez mais ajudar o comunicador a desenhar estratégias de comunicação mais personalizadas. Tendo como base, um relatório do Instituto de Comunicação Interna, do Reino Unido, a coordenadora do grupo trouxe uma reflexão sobre a relação entre inteligência artificial e comunicação interna. “Por mais que essas tecnologias possam trazer eficiência e acuracidade em relação ao comportamento do colaborador, e nos ajudar a personalizar a maneira como a gente comunica, essas mesmas tecnologias demandam uma habilidade de pensamento crítico exclusivamente humana”, analisou.
Tânia contou que a conversa com o C-Level mudou completamente depois que apresentaram uma tecnologia que se mostrava muito funcional como canal de comunicação interna. “E isso ajudou na implementação de outras tecnologias, pois conseguimos abrir essa conversa em relação à tecnologia atrelada à comunicação interna; além de ser uma ferramenta que entrega dados”, ressaltou. “Agora temos um dashboard muito mais completo e podemos passar a analisar, por exemplo, temas relacionados, à segurança do trabalho, ou seja, tudo vai ficando muito mais estratégico. A gente vai conseguindo fazer uma conexão realmente dos resultados daquela comunicação com os objetivos e metas da companhia. Hoje, conseguimos mostrar que a comunicação interna é peça fundamental para que essa meta seja alcançada, muito diferente do que era no passado”, comparou.
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