Comitê Aberje ESG debate o papel da Comunicação na Estratégia de Sustentabilidade
A comunicação tem um papel fundamental na estratégia de sustentabilidade de uma organização. Uma estratégia de comunicação eficaz pode ajudar uma empresa a alcançar seus objetivos de sustentabilidade, tornando as pessoas conscientes dos esforços e projetos da empresa em relação ao assunto. Uma boa comunicação ajuda a empresa a envolver os stakeholders, ou seja, todas as partes interessadas, incluindo colaboradores, clientes, fornecedores, investidores, comunidade local e sociedade em geral.
Para debater sobre “O papel da Comunicação na Estratégia de Sustentabilidade”, os membros do Comitê Aberje de Comunicação e Engajamento em ESG se reuniram no dia 10 de maio. Mediado pelo coordenador do grupo Danilo Maeda, o encontro contou com a participação da presidente da Fundação Toyota do Brasil, Viviane Mansi, e da gerente executiva de Comunicação da Scania Latin America, Patrícia Acioli.
A questão do engajamento dos stakeholders como um aspecto fundamental para as estratégias de sustentabilidade foi mencionada logo de início por Danilo Maeda. “Qualquer guia de boas práticas de ESG, alguma referência teórica ou caso prático que aborde sobre isso traz o engajamento dos stakeholders como um tema fundamental”, argumentou. “Não se faz estratégia de sustentabilidade sem o engajamento de stakeholders; e não se faz engajamento sem uma boa comunicação”, frisou.
“Mais do que comunicar os desafios, as estratégias, os resultados, fazer as pessoas saberem sobre o que as nossas organizações estão fazendo em termos de sustentabilidade, nós, profissionais de comunicação, temos essa legitimidade grande de desenvolver as estratégias em si, de participar da construção e a gente precisa se empoderar e ocupar esses espaços”, disse Maeda.
Comprometimento com a sustentabilidade
A comunicação é uma ferramenta crucial para a sustentabilidade, pois permite que as informações sobre práticas sustentáveis, impactos ambientais e iniciativas de preservação sejam compartilhadas e disseminadas para toda sociedade.
Exemplo de comprometimento com a sustentabilidade, a Fundação Toyota possui o objetivo de promover a sustentabilidade com atividades de conservação, educação ambiental, ajuda humanitária e práticas de cidadania, atuando em causas ambientais que promovem o equilíbrio entre as áreas urbanas, rurais e silvestres.
Na ocasião, Viviane Mansi contou que o primeiro passo para a Fundação Toyota comunicar ESG foi através do fortalecimento da governança para dar visibilidade às oportunidades e eventuais riscos. “Entre outros pontos, resumimos a agenda para que todos entendessem, fazemos o levantamento da nossa pegada de carbono e envolvemos e cobramos nossa cadeia de valor”, disse. “Também utilizamos nossos canais oficiais para falar do assunto com responsabilidade, ou seja, dar contexto do porquê as coisas acontecem, participamos de várias iniciativas externas e mantemos sempre o diálogo aberto, o que facilita bastante o trabalho de comunicação”.
A Agenda ESG na Toyota segue algumas diretrizes estratégicas: colocar em prática os compromissos ambientais assumidos como o Desafio 2050, a neutralidade de carbono através da eletrificação, o incentivo à economia circular; seguir com a educação para a inclusão, a educação no ambiente de trabalho e promover a mobilidade; ser competitiva nos países onde opera, o comprometimento com a ética e compliance e seguir com uma cultura de sustentabilidade.
Questão estratégica
A sustentabilidade tem sido incorporada à área de comunicação nas empresas como uma forma de transmitir aos seus stakeholders as iniciativas e os resultados alcançados em relação à sustentabilidade. Essa comunicação pode ser feita por meio de diversos canais, como relatórios de sustentabilidade, sites, mídias sociais, publicidade, eventos e outras iniciativas.
Uma dessas empresas é a Scania Brasil, onde a área de comunicação da abraçou a coordenação da sustentabilidade, que está integrada na estratégia de negócios. “A sustentabilidade é uma atividade transversal, é trazer melhoria para o trabalho das pessoas, é alavancar e conectar as iniciativas. A área de comunicação é altruísta e colaborativa, porque ela é sempre para o outro. Temos que entender o stakeholder colaborador como um ativista”, acentuou Patrícia Acioli. “Nosso modelo de comunicação agora é B2us, pois estamos comprometidos com vários públicos”, completou.
“Para fazer ESG e sustentabilidade é preciso ter gente competente e ativa, é preciso de transformação digital, senão não há conversação com nenhum modelo de negócio e é preciso comunicar. Comunicar com humanidade, legitimidade e interação”, destacou a executiva. “A comunicação é primordial, ela não existe sem formar, educar, dialogar e repetir”, complementou.
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