Com mulheres ocupando 50% dos cargos de gestão, Elanco reafirma compromisso com equidade de gênero
Mulheres ocupam 50% dos cargos de gestão hoje na afiliada brasileira da Elanco Saúde Animal, empresa referência no desenvolvimento de soluções para a saúde de animais de estimação e de produção. O número é resultado de uma estratégia pautada na equidade de gênero e que conta com ações em diversas frentes, como vagas afirmativas, programa de treinamento para liderança feminina, mentoria e networking.
Apesar de um crescimento constante da presença de mulheres no agronegócio, segmento em que a Elanco tem forte atuação, a realidade da empresa é uma meta aspiracional para boa parte do setor: em 2022, segundo o IBGE, as mulheres comandavam 31% das propriedades rurais no Brasil e, no ano anterior, ocupavam 19% dos cargos de direção em empresas do agronegócio. Esses dados refletem a crescente influência e o poder das mulheres no setor, um movimento que a Elanco apoia e incentiva.
O caminho para conquistar este resultado foi longo e exigiu esforços de muitas pessoas. Entre elas está Adriana Santana, diretora sênior de RH LATAM, Canada & Aqua, que desde o início de sua trajetória na área de Recursos Humanos, sempre dedicou esforços para apoiar a ampliação do quadro feminino. “Eu estabeleci métricas e sempre colocava uma mulher dentre os finalistas para as vagas em aberto. E isso só foi possível porque a empresa queria mudar, os líderes entendiam que a mudança era necessária. Hoje, isso já é natural aqui e ficamos muito felizes em termos várias histórias para contar, além de promover um trabalho sinérgico entre homens e mulheres para oferecer o melhor da saúde animal nos países onde a Elanco atua”, afirma.
Na visão da executiva, a estratégia de destinar vagas às mulheres é importante, mas não basta. É preciso treinamento, promover webinars sobre pautas femininas para que os homens identifiquem seus vieses inconscientes e também proporcionar programas de liderança. Um exemplo é o Global Women Leadership Program, um projeto de capacitação profissional da Elanco Global, em parceria com a Kelley School of Business, voltado exclusivamente a mulheres iniciantes em cargos de gerência e coordenação, cujo projeto piloto foi concluído recentemente. Ao longo de um ano, as executivas trabalharam no desenvolvimento de habilidades em liderança, autoconsciência para a tomada de decisões em módulos virtuais e um presencial, no qual contam com um orientador.
Camila Camalionte, médica-veterinária, zootecnista e gerente técnica da divisão de Pet Health da Elanco Brasil foi uma das brasileiras participantes. “O programa proporcionou um ambiente seguro, onde pudemos discutir situações, compartilhar experiências e inseguranças, aprender com outras líderes, sugerir alternativas e nos tornar pessoas e profissionais melhores. Também me muniu de mais ferramentas e formas para resolução de situações da rotina, principalmente em como colaborar com o desenvolvimento do time que lidero”, relata.
O programa reuniu, em sua primeira edição, 30 mulheres de 18 países e entre os benefícios percebidos, as participantes mencionaram o compartilhamento de uma ampla diversidade de experiências e a aplicação na prática do que foi transmitido. A partir deste ano, o Global Women Leadership Program passará a integrar os planos de aprendizagem e desenvolvimento na Elanco e deve ampliar o número de participantes.
Outra frente fomentada pela companhia é o poder do networking como rede de apoio e colaboração, por meio do Elanco Women’s Network (EWN) – iniciativa global criada para acelerar a equidade de gênero na organização e que já trouxe em sua programação workshops de desenvolvimento e debates sobre o papel de cada profissional na discussão de gênero. O grupo é liderado por Fernanda Hoe, diretora geral da afiliada brasileira e a primeira mulher a ocupar o cargo mais alto de uma multinacional do segmento de saúde animal no Brasil: “ao mesmo tempo em que fico feliz em ser a primeira mulher a ocupar essa posição por romper uma barreira, meu desejo é que, em breve, isso não seja mais uma pauta, isto é, que a equidade de gênero seja uma realidade e esteja definitivamente integrada ao universo corporativo”, afirma.
Segundo Fernanda, é preciso fomentar as discussões, seguir promovendo treinamentos e trazer os homens para a discussão também. “Além de processos robustos de recrutamento e seleção para gerarmos oportunidades de contratar mulheres, estamos sempre incentivando o desenvolvimento das nossas profissionais e fortalecendo a parceria entre homens e mulheres, pois acreditamos que esse é o caminho da transformação, com os dois sendo aliados nessa jornada”, diz.
Mundialmente, o número de mulheres que ocupam cargos de gestão da companhia vem subindo ano a ano. Segundo o último Relatório de Sustentabilidade publicado pela Elanco (ano base 2022), elas eram responsáveis por 35,8% dos cargos de liderança e a expectativa é que no próximo balanço esse número esteja acima dos 40%.
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