25 de julho de 2024

Thought Leadership: marca pessoal x reputação corporativa

Quantas pessoas você conhece que são boas no que fazem, mas não são (re)conhecidas por isso? Com certeza, muitas. Mas, essa realidade tem mudado por conta das redes sociais e, mais ainda, por causa dos programas de Thought Leadership (ou liderança de pensamento).

O thought leader é a autoridade que divide seu conhecimento, se torna um formador de opinião para inspirar pessoas e agregar valor. Mais do que um criador de conteúdo, esse líder usa o alcance das redes para construir reputação pessoal e corporativa, credibilidade e tornar a sua opinião um diferencial competitivo para a sua marca e a sua empresa.

As pessoas que mais se envolvem nesta construção são as que ganham mais engajamento e visibilidade nas redes. Em especial no LinkedIn, que vem crescendo cada vez mais em importância e visibilidade.

Os números comprovam: são mais de um bilhão de usuários no mundo, sendo 75 milhões no Brasil. Diferente das outras redes, onde rolar o feed é visto como um passatempo, no LinkedIn as pessoas sentem que estão investindo tempo ao ver movimentação de mercado (quem está contratando, quem está “open to work”), tendências e informações de carreira e até notícias.

O próprio LinkedIn aponta que 93% dos usuários da rede buscam tendências e notícias do setor, dicas e melhores práticas (92%) e Thought Leadership (86%).

A rede tem crescido em importância e audiência, então, saber usá-la para criar reputação e conectar pessoas e marcas se tornou crucial.

Thought Leadership não é novo

Em 2015, Kaan Turnali, diretor global sênior da SAP, publicou um artigo durante o Fórum Econômico Mundial dizendo que o Thought Leadership era “a vanguarda da transformação digital, o motor essencial da inovação e criação de novas oportunidades, conforme as ideias passam a ser distribuídas para além dos canais tradicionais”.

A paixão, transmitida pelas palavras, se torna o grande diferencial para que as pessoas queiram consumir um conteúdo, de acordo com Turnali. Eu concordo plenamente: o envolvimento genuíno de um executivo gera o melhor resultado.

E na prática?

As empresas já descobriram o poder do Thought Leadership e estão investindo cada vez mais nesta estratégia de comunicação. Usar o nome da empresa como sobrenome corporativo sempre foi uma prática comum em todo o mercado, mas cada vez mais os profissionais têm emprestado seu nome, sua credibilidade e perfil nas redes sociais para a empresa.

O relatório LinkedIn B2B Thought Leadership Impact Report, da Edelman, destaca que Thought Leadership tem sido usado como uma forma de contar para audiências-chave o que a empresa quer transmitir. E isso acontece por meio da credibilidade de seus executivos, que exercem grande influência como porta-vozes e estimulam a demanda por produtos e serviços mesmo sem ter plena consciência dessa influência.

A receita do sucesso

É preciso seguir três atributos para ter um bom trabalho de Thought Leadership: ter planejamento estratégico, trazer insights, tendências e dados relevantes e estar conectado com as pessoas certas.

Esse mesmo discurso é usado pelo time do próprio LinkedIn, que reforça que não há outra forma de se tornar Top Voice que não postando conteúdo de qualidade e de forma recorrente. Dividir conhecimento e experiências, mesmo que citando a companhia, produtos ou serviços, ainda é válido e útil. Afinal, não deixa de ser uma rede social e pessoas gostam de saber sobre pessoas.

A construção de reputação é longa e passa pelo trabalho de Thought Leadership. E nada como ter o reconhecimento de clientes e da própria rede para reforçar a credibilidade e expertise, concorda?

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Mônica Brissac

Sócia e fundadora da WEDOPR. Atualmente, à frente do projeto mais corajoso até aqui, depois de anos de sólida experiência com grandes empresas e diferentes segmentos do mercado.

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