Por tempos melhores
Esta é a época do ano em que muitos de nós refletimos sobre as escolhas feitas, as conquistas alcançadas e o que poderíamos ter feito mais e melhor. É também o momento em que nossos desejos se voltam para um futuro mais promissor, um novo ano que traga tempos melhores para todos.
Vivemos em um mundo repleto de desafios urgentes e complexos. Atualmente, 28,9% da população mundial enfrenta insegurança alimentar moderada ou grave, de acordo com a ONU. Cerca de 2,2 bilhões de pessoas não têm acesso à água potável e 3,5 bilhões de pessoas vivem sem acesso adequado a serviços de saneamento. Além disso, conflitos armados continuam devastando vidas em várias partes do mundo, especialmente no Leste Europeu e na Faixa de Gaza.
Elenco aqui três questões centrais que, se enfrentadas com determinação e vontade política, podem transformar significativamente o bem-estar coletivo do planeta:
- Compromissos concretos com o meio ambiente
O agravamento da crise climática exige ações urgentes e coordenadas. Em 2024, eventos extremos como inundações e ondas de calor impactaram milhões de pessoas e evidenciaram a vulnerabilidade do planeta. É crucial que os países assumam compromissos mais firmes para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, despoluir os oceanos e preservar a biodiversidade. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C requer cortes drásticos nas emissões até 2030. Este esforço coletivo determinará não apenas a sobrevivência, mas também a qualidade de vida das futuras gerações. - Mais tolerância e cooperação política para a paz
As guerras causam um sofrimento inestimável, destruindo vidas e apagando esperanças. Estima-se que a guerra entre Rússia e Ucrânia já tenha superado a marca de um milhão de soldados mortos ou feridos, além da baixa de pelo menos 9 mil civis. Enquanto isso, a violência na Faixa de Gaza segue ceifando milhares de vidas. É imperativo que as lideranças globais abandonem o egocentrismo e promovam o diálogo em prol da paz e da estabilidade. Alcançar a pacificação não é apenas uma questão ética e humanitária, mas também uma condição vital para o desenvolvimento econômico e social das áreas afetadas. - Investimentos em educação e bem-estar social
Combater a pobreza extrema e reduzir as desigualdades são passos fundamentais para um mundo mais justo. Segundo o Banco Mundial, mais de 700 milhões de pessoas vivem hoje com menos de US$ 2,15 por dia. Investir em educação e em programas sociais é crucial para resgatar essas pessoas da miséria e ampliar as oportunidades para que milhões ingressem na classe média. Este avanço é capaz de criar um ciclo virtuoso de crescimento econômico e melhoria das condições de vida para as próximas gerações.
Será que estamos pedindo demais? Talvez, mas não podemos perder a esperança. Mais do que esperar por mudanças, devemos agir. Pequenas ações individuais ou coletivas têm o poder de catalisar grandes transformações. Um simples gesto de solidariedade, um ato de consumo consciente ou o engajamento em projetos de voluntariado são passos que, juntos, têm o poder de mudar realidades.
A força coletiva é nossa maior aliada. Ao priorizarmos as pessoas em detrimento das questões materiais, agindo com empatia e responsabilidade, podemos construir um futuro mais humano, sustentável e próspero. Que o próximo ano nos inspire a sermos melhores, a fazer mais e a acreditar no poder da união para transformar o mundo.
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