14 de dezembro de 2020

O que aprendemos com 2020

2020 foi um ano sem precedentes. Difícil imaginar que uma pandemia acabaria com milhares de vidas, que muitas famílias sequer pudessem despedir-se de seus entes queridos, que o abalo econômico por ela provocado aumentaria o hiato social, com aumento de desemprego, perda de renda e abalasse emocionalmente a todos nós, em maior ou menor grau. Não há “copo meio cheio” com uma crise desta magnitude, mas existem sim muitos aprendizados.

Ficará registrado na história nossa capacidade em enfrentar esta crise com “armas” científicas, tecnológicas e humanitárias. Houve sem dúvida a merecida valorização dos profissionais de saúde, que estiveram (e ainda estão) na linha de frente desta batalha, muitas vezes abrindo mão de suas vidas pessoais em detrimento do outro, provendo cuidado, carinho e esperança. Viu-se ainda uma onda de solidariedade global, com a mobilização de milhares de ONGs, entidades de classe, empresas, associações, igrejas e cidadãos comuns, que uniram esforços para ajudar o próximo – máscaras, álcool em gel, alimentos, roupas e outros itens essenciais foram a tábua de salvação para muitas famílias desamparadas, sobretudo em países como o Brasil.

Em menos de um ano desde que se teve conhecimento da propagação do vírus no interior da China, vacinas já começam a ser disponibilizadas e países como Inglaterra, Canadá, Bahrein e outros já deram início à imunização em massa de suas populações, começando pelos grupos mais vulneráveis. Especialistas apontam que esse prazo recorde representa um feito inédito e uma verdadeira revolução na história da medicina moderna.

No campo tecnológico, observou-se uma drástica aceleração na adoção de tecnologias digitais, as quais viabilizaram novos modelos de trabalho, entretenimento, educação e bem-estar, além de fomentar novos modelos de negócios, alguns deles até nascidos a partir da crise. Empresas que já estavam preparadas do ponto de vista de infraestrutura de conectividade saíram na frente e deram um salto tecnológico de pelo menos cinco anos.

Desde a imediata utilização de plataformas de colaboração online e video-chamadas, passando pela migração de aplicações críticas para ambientes em nuvem, maior automação de processos e uso de inteligência artificial, tudo isso amparado por mecanismos robustos de proteção contra ciber ataques.      O comportamento digital foi incorporado na rotina de um grande contingente de pessoas e organizações,  e é impensável qualquer retrocesso nesse sentido quando pensamos no período pós-pandemia.

Foram muitos os aprendizados e haverá outros conforme caminhamos para 2021, com a esperança de que seja um ano de reequilíbrio do planeta, que foi abalado pela pandemia da COVID-19. Que possamos tirar proveito de tudo isso e estarmos mais preparados e resilientes para as próximas crises que virão.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Marcos Santos

Marcos Santos é Diretor de Marketing e Demand-Generation da Unisys para América Latina, responsável pelo planejamento e execução das iniciativas de brand awareness e geração de demanda na região. Antes de ingressar na Unisys em 2012, Marcos desempenhou funções seniores em agências de Relações Públicas, como Sing Comunicação, Fundamento Grupo de Comunicação e Andreoli MSL. Graduado em Jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, Marcos possui MBA em Gestão da Comunicação Corporativa pela Aberje, curso de extensão (pós-graduação) em Análise de ROI em Programas de Marketing e Comunicação pela USP e completou o Programa MicroMaster em Digital Leadership pela Universidade de Boston.

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