Meta e o fim da checagem de fatos: por que a Dieta da Comunicação é essencial para a gestão da reputação em 2025
Em 2025, o conceito de reputação se torna ainda mais vital em um cenário global marcado pela volatilidade, incertezas e transformações radicais. Com o avanço de novas tecnologias e a crescente complexidade dos desafios socioeconômicos e ambientais, a forma como as empresas gerenciam sua imagem e a confiança de seus públicos será determinante para sua sustentabilidade. As principais tendências emergentes no campo da comunicação e reputação nos mostram que, mais do que nunca, as organizações precisam estar preparadas para um ambiente de hiperconexão e desinformação.
Nesse contexto, um elemento crucial ganha protagonismo: a Dieta da Comunicação. Inspirada na lógica de uma dieta alimentar, a metodologia proprietária da Oficina Consultoria surge como o mais relevante pilar do chamado letramento de mídia (media literacy), ou seja, a capacidade de profissionais, executivos, líderes e consumidores de entender e dominar o novo léxico da comunicação contemporânea, altamente digital, omnichannel e multimídia. A Dieta da Comunicação não é um esforço pontual, mas um processo contínuo, que exige reskilling e upskilling permanentes. Sem essa abordagem criteriosa, fica mais difícil navegar pelos algoritmos das redes sociais, filtrar a desinformação e manter uma reputação sólida em meio a tantas incertezas.
Desinformação: o maior desafio para a reputação corporativa
A desinformação continua sendo um dos maiores desafios para as marcas em 2025. Essa semana, a Meta anunciou que encerrará seu programa de checagem de fatos nos Estados Unidos, substituindo-o por um sistema de “Notas da Comunidade” semelhante ao da plataforma X, de Elon Musk. Mark Zuckerberg justificou a mudança apontando falhas no modelo anterior, que, segundo ele, criava mais desconfiança do que confiança — em grande parte, por conta da percepção de viés político. Agora, a proposta é se apoiar mais na avaliação dos próprios usuários.
Essa abordagem, embora possa reduzir custos e simplificar processos, eleva o risco de que conteúdos falsos prosperem, uma vez que qualquer comunidade pode ser influenciada por vieses ideológicos. É justamente nesse cenário que a Dieta da Comunicação se afirma como o melhor antídoto ou “vacina” contra a fake news, ao reforçar a necessidade de uma alfabetização midiática sólida e de um monitoramento constante das informações, seja por produtores de conteúdo, profissionais de imprensa, executivos ou consumidores.
A mudança de paradigma: o “efeito Musk & Zuck” e a urgência de uma Dieta da Comunicação
A dupla Elon Musk (no comando da plataforma X, antes Twitter) e Mark Zuckerberg (à frente da Meta) materializa a guinada de paradigma que obriga líderes e organizações a repensarem suas estratégias de comunicação. Mudanças como a descentralização da moderação de conteúdo e a adoção de modelos em que a comunidade faz checagem de fatos ilustram os riscos e as oportunidades de um ambiente em constante ebulição.
Se, por um lado, tais inovações podem ampliar a participação do público no processo de avaliação de conteúdos, por outro, aumentam a probabilidade de propagação de informações falsas e discursos polarizados. Essa realidade obriga líderes a adotarem uma Dieta da Comunicação para se orientarem de forma sensata e coerente no terreno multimídia, garantindo, assim, uma gestão de reputação assertiva e protegendo o valor de suas marcas.
Mais tendências para ficar de olho
Como é tradição ao final de cada ano, a Oficina analisa as principais transformações e incertezas que impactarão os negócios no ano seguinte, com um olhar atento para os contextos disruptivos que definem o novo normal. Em 2025, a gestão da reputação se tornará mais crucial do que nunca, à medida que as empresas enfrentam novas realidades impulsionadas pela evolução tecnológica, pela desinformação e pelas crises ambientais.
O mundo BANI e os desafios para a reputação
Neste mundo BANI (frágil, ansioso, não linear e incompreensível), as empresas enfrentam um cenário global mais frágil e ansioso. As mudanças climáticas, a polarização social e a transformação tecnológica são apenas algumas das disrupções que exigem respostas rápidas e eficazes. A gestão da reputação, nesse contexto, não pode ser mais reativa, deve ser estratégica e resiliente, com foco em transparência e autenticidade.
A mídia algorítmica e o novo ecossistema de comunicação
A mídia em 2025 será profundamente impactada pela ascensão da era algorítmica. As empresas precisam adaptar suas estratégias de comunicação para não apenas compreender como seus públicos consomem informação, mas também como construir relações de confiança em um ecossistema digital fragmentado. Em um cenário no qual as fake news e a desinformação se tornam cada vez mais prevalentes, a capacidade de uma marca se posicionar com ética e clareza será um ativo de grande valor.
A inteligência artificial e a gestão da reputação
A IA surge como uma ferramenta poderosa, mas também desafiadora. Em um mundo em que a inteligência artificial molda decisões de negócios e comportamento dos consumidores, as empresas precisam adotar uma abordagem estratégica para sua implementação. A adaptação à IA não se resume à adoção de novas tecnologias, mas também à construção de um entendimento ético e transparente sobre como ela influencia a relação com os públicos e, consequentemente, a reputação das marcas.
O impacto dos fandoms e comunidades nichadas
A crescente influência de comunidades nichadas e fandoms também é uma tendência relevante para as marcas que desejam se destacar. Em 2025, o poder das comunidades engajadas e a personalização da comunicação serão essenciais para conquistar e manter a confiança do público. As empresas devem abraçar o storytelling como ferramenta para construir histórias que ressoem de forma significativa com diferentes segmentos, ao mesmo tempo em que mantêm a consistência de sua mensagem.
O papel da liderança em tempos de incerteza
Por fim, a liderança desempenha um papel fundamental na gestão da reputação. Em tempos de incerteza, líderes que se destacam são aqueles que possuem habilidades interpessoais refinadas e que conseguem equilibrar inovação e ética. A Liderança 5C (Comunicação, Curiosidade, Compaixão, Coragem e Criatividade) será o guia para aqueles que buscam garantir a confiança de suas equipes e clientes.
Em um mundo radicalmente transformado, a reputação será o diferencial estratégico de empresas que souberem navegar pelas incertezas, adotar a IA de forma responsável e estabelecer uma comunicação genuína com seus públicos.
Para aqueles que desejam se aprofundar nas tendências que moldarão o futuro da comunicação e da gestão da reputação em 2025, convidamos você a baixar o material exclusivo produzido pela Oficina Consultoria. Este e-book contém insights detalhados e estratégicos sobre como as empresas podem se adaptar às mudanças disruptivas e fortalecer sua reputação no cenário global.
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