Esporte é bom para a saúde do trabalho
Quando criança, sempre gostei de praticar esportes como diversão. Futebol de salão, karatê, natação e tênis de mesa foram os mais praticados. Havia o sonho, comum a milhões de garotos, de tornar-me jogador profissional de futebol. Quem nunca. Mas após algumas frustrações em “peneiras” mal-sucedidas dentro das quatro linhas, notei que esse não seria o meu caminho. No entanto, mantive o esporte sempre por perto, mesmo que não o praticasse com a devida periodicidade nos anos de faculdade e no início de minha carreira profissional.
Voltei a ele com afinco há exatos 10 anos, quando iniciei a prática de corrida e me apaixonei por essa atividade. Além de ser um esporte bastante democrático, pois exige apenas um par de tênis e pode ser praticado em qualquer lugar, a corrida tem algo mágico. Sabemos que existe um efeito fisiológico provocado pela liberação da endorfina, o que gera uma sensação de bem-estar e relaxamento após a atividade, mas não é só isso. Acredito que esse esporte, assim como os demais, contribui de forma significativa para a melhoria de nosso desempenho profissional.
Assim como a natação, a corrida também é um esporte individual e, de certa forma, solitário. Por isso o nível de concentração deve ser bastante alto para equilibrar velocidade, ritmo e resistência, além da influência de fatores externos (clima, temperatura, terreno etc.). No mundo corporativo, foco é o que todos buscamos para balancear bem as demandas por desempenho, entregas, gestão de equipe, novos projetos e equilíbrio entre casa e trabalho. Ou melhor, “casa profissional” e “casa pessoal”, já que agora ambas têm de conviver em harmonia. Esse grau de concentração requerido pelo esporte fomenta a criatividade e a capacidade de resolução de problemas. Não foram poucas as vezes em que durante um treino ou uma corrida de rua, ideias surgiram e puderam ser aplicadas na empresa em que atuava.
Outros dois aspectos intrínsecos à corrida são persistência e resiliência. Nem todo dia você acorda 100% para percorrer 10km, 12km ou 15km em um treino às 6h ou 7h da manhã, mas quando se possui um objetivo (por exemplo, disputar uma maratona internacional) deve-se superar esses obstáculos e suportar as pedras pelo caminho (no caso, as dores). Digo que correr só é bom depois que você termina, pois durante o percurso é sempre um perrengue. No mundo empresarial não é diferente. Em nossa rotina, nem todos os dias são ensolarados. Existem dias de inverno rigoroso. Encaramos frustrações, projetos não são aprovados, colegas queridos se vão, novos desafios se impõem e temos de encarar de frente, pautados sempre pelo nosso propósito, nossos valores e com a colaboração de pessoas que fazem tudo valer a pena.
Especialmente para o atingimento de metas ambiciosas, como corridas de longa distância, é altamente recomendável o acompanhamento de profissionais de educação física e nutrição, a fim de trabalhar com treinos e dietas específicas e, assim, evitar lesões. Na organização, esse seria o papel do gestor direto ou de um mentor (ou ambos), ajudando-nos a direcionar o foco para alcançar nossos objetivos de curto, médio e longo prazos e orientando-nos na tomada de decisões.
São inúmeras as similaridades entre o esporte e o trabalho. Ambas as atividades exigem energia, persistência, resiliência, foco e motivação para superar as metas, sejam elas impostas por nós mesmos ou por outros. Quando praticadas com entusiasmo, equilíbrio e com a devida orientação, ambas fazem muito bem à nossa saúde física e mental.
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