11 de março de 2024

Encarar os problemas é a única forma de solucioná-los

Publicado originalmente no LinkedIn, em 11 de março de 2024

A sequência de desafios aos quais somos submetidos diariamente é interminável. Trata-se de um princípio que reverbera na vida cotidiana, mas também no mundo corporativo. Churchill em seu humor indefectível dizia que os problemas da vitória são mais agradáveis do que aqueles da derrota, mas não menos difíceis. Para ele, não havia outro estado que não o da permanente convivência com o inconveniente. Portanto, uma vez que os problemas são inevitáveis, partamos da premissa de que encará-los de imediato pavimenta um caminho mais curto para resolvê-los.

As razões para perder o sono diante de um problema podem ter origens diferentes, mas cada uma dessas dimensões exige uma ação prévia de análise. Compreendê-las é fagulha para a ação que fará você não fugir de uma solução. O que mais preocupa você quando tem de enfrentar um problema?

A questão em si? Muitas vezes, a natureza do desafio pode parecer assustadora, impondo dúvidas e incertezas. No entanto, é crucial lembrar que a magnitude de um problema muitas vezes é subjetiva, variando de pessoa para pessoa. Encarar a situação de forma racional, desmembrando-a em partes menores e gerenciáveis, pode tornar a abordagem mais palpável. A coragem reside em desafiar a perspectiva inicial e se dispor a analisar o problema de maneira mais pragmática, identificando passos concretos para a resolução.

O tempo que demandará para solucioná-lo? A ansiedade relacionada ao prazo muitas vezes freia a ação, levando à procrastinação. No entanto, é vital entender que adiar a resolução não aumenta a quantidade de tempo disponível; pelo contrário, frequentemente resulta em complicações adicionais. Ao enfrentar a gestão do tempo com a seriedade que merece, podemos estabelecer prioridades, organizar tarefas e, assim, potencializar nossa eficiência na resolução de problemas.

O número de interações que terá de realizar? A comunicação e a colaboração muitas vezes são cruciais na busca por soluções eficazes. A coragem aqui reside em reconhecer a importância do diálogo, procurando ajuda quando necessário e construindo uma rede de apoio que contribua para a superação do desafio.

As consequências que surgirão da solução que venha a apresentar? O medo de tomar a decisão errada pode ser paralisante, mas a coragem implica em aceitar a responsabilidade pelas escolhas e aprender com as experiências. Avaliar as possíveis consequências, considerando tanto os aspectos positivos quanto os negativos, é essencial para tomar decisões informadas e assertivas.

Além das considerações práticas, é importante abordar as reações emocionais que frequentemente surgem diante dos problemas. O medo, a ansiedade e a frustração são sentimentos naturais, mas ceder a eles pode se tornar uma armadilha. Educar a mente é essencial para evitar que as emoções controlem as ações, permitindo uma abordagem mais equilibrada e racional diante dos desafios.

Por fim, não nos esqueçamos de que encarar problemas com foco em sua imediata solução é parte inerente da maturidade e da assunção de um papel de liderança executiva.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Luis Alcubierre

Luis Alcubierre é executivo de Comunicação Corporativa, Relações Institucionais e Governamentais há mais de 25 anos e hoje atua como conselheiro para a América Latina da Atrevia, agência espanhola de PR e Corporate Affairs, além de liderar o escritório Advisor Comm. É também palestrante, mediador e mentor. Formado em Comunicação Social pela FIAM, possui pós-graduação em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas e MBA pela FIA-USP, com diversos cursos de gestão de liderança e negociação realizados em instituições como IESE, Berlin School of Creative Leadership, Columbia Business School, Universidad Adolfo Ibañez, Escuela Europea de Coaching, Fundação Dom Cabral, IBMEC e FGV. Foi diretor de Comunicação e Assuntos Corporativos de empresas como Kellogg, Pernambucanas e Samsung, onde teve responsabilidades adicionais pela Comunicação na América Latina. No Grupo Telefônica, assumiu a Direção Global de Marca e Comunicação da Atento em Madrid, na Espanha, sendo responsável pela gestão da área em 17 países. Passou ainda por Dow Química, TNT (adquirida posteriormente pela Fedex) e Rede (antiga Redecard), tendo iniciado sua carreira no rádio, nos sistemas Jornal do Brasil e Grupo Estado. Também foi membro do Conselho de associações ligadas às indústrias de alimentos, varejo, vestuário e mercado financeiro, onde teve importante papel negociador em distintas esferas de governo.

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