Empresas AINDA sem comunicação interna? O preço do improviso é alto!

Entramos no segundo trimestre do ano e a sensação é a de que nos três primeiros meses de 2025, nós, profissionais da área, já fizemos muito para cuidar da comunicação interna. Encontros relevantes já foram realizados, pesquisas de tendências e desafios já discutidas e a missão de manter e melhorar cada vez a comunicação nas organizações é combustível para seguirmos fazendo a diferença!
Pensando nisso, o tema que trago hoje parece óbvio, mas ainda impactado pelos resultados das pesquisas de tendências em CI e dos nossos desafios diários, eu reflito: empresas AINDA sem comunicação interna e disseminando a sua cultura e estratégias no improviso? Isso vai sair caro!
A Comunicação interna ainda é vista como algo “legal de ter”, mas não essencial. Até que um mal-entendido gera uma crise, uma informação não chega ao time certo na hora certa, e o impacto bate direto na produtividade, no engajamento e, claro, no resultado financeiro. E é nesse momento que muitos gestores percebem que improvisar sai muito mais caro do que estruturar.
O custo (in)visível dessa desorganização
Sabemos que quando uma empresa opera sem uma comunicação interna minimamente estruturada, o caos se instala – sim, aos poucos, mas com efeitos de grande impacto negativo:
- Lideranças sobrecarregadas: Quando não há governança comunicacional, cada gestor precisa encontrar sua própria forma de comunicar, aumentando ruídos e desalinhamento.
- Colaboradores desconectados: Equipes que não sabem para onde a empresa está indo dificilmente conseguem se engajar de verdade.
- Decisões erradas, baseadas em achismos: A falta de transparência gera interpretações erradas, aumentando retrabalho e conflitos internos.
- Baixa produtividade: O tempo gasto tentando entender o que foi ou não foi comunicado poderia ser usado para inovar e entregar resultados. A falta de clareza gera retrabalho.
- Cultura enfraquecida: Um ambiente interno caótico, sem personalidade e informações claras, afetam o clima da empresa.
O ponto é: quando a comunicação interna não é gerenciada estrategicamente, as organizações gastam mais tempo e dinheiro resolvendo problemas que poderiam ter sido evitados. E isso se traduz em um preço alto para a cultura e para os negócios.
O que muda, então, quando a CI é estruturada?
Não é preciso criar uma revolução para que a comunicação interna funcione melhor. Algumas ações simples, quando bem implementadas de forma organizada, fazem toda a diferença:
- Governança e fluxos claros: Ao definir papéis, responsabilidades e processos de comunicação, evita-se que cada setor trabalhe de forma isolada.
- Canais e conteúdos segmentados: A era da comunicação de massa ficou para trás, portanto, adotar canais e disseminar mensagens segmentadas para os diferentes perfis de colaboradores, utilizando linguagem clara e formatos que se conectem com os públicos diversos, é um bom caminho.
- Mensuração constante: Ainda é o nosso calcanhar de Aquiles, mas existe um avanço! Dados são aliados para entender o que está funcionando ou não e ajustar a estratégia rapidamente.
- Liderança como pilar central: Aqui vale um outro artigo! Porque é o tema que continua no topo dos desafios a serem superados pela área de comunicação interna. Mas sabemos que gestores que se comunicam bem formam equipes mais alinhadas e produtivas e promovem um ambiente de confiança.
Caminhos mais simples e mais efetivos
A comunicação interna vive um momento de transformações constantes como nunca antes vivemos. Para acompanhar esse movimento, algumas iniciativas, que eu nem vou mais chamar de tendências pois já são uma realidade, impactam diretamente a forma como as organizações estruturam suas estratégias – sem improviso, sem perda de tempo, nem de investimento.
- Do comunicado para a interação: O modelo unidirecional de comunicação está em queda. Colaboradores querem dialogar, opinar e cocriar – redes sociais internas são a prova de que esse tipo de interação fortalece a cultura e ajuda a disseminar informação.
- Tecnologia como facilitadora, não como protagonista: Ferramentas ajudam a otimizar processos e ampliar o alcance das mensagens, mas não substituem uma estratégia bem pensada e alinhada com a cultura organizacional.
- Comunicação interna como fator de orgulho de pertencer: Empresas que comunicam de forma estratégica, objetiva, transparente e empática são mais atrativas para talentos e reduzem a rotatividade.
E agora? Hora de parar de improvisar
Semear uma comunicação interna como um ativo estratégico é colher resultados tangíveis: equipes mais alinhadas, cultura organizacional fortalecida e melhores resultados de negócio.
Não se trata de ter um mural bonito ou uma newsletter bem diagramada. É sobre criar conexões reais e garantir que cada colaborador compreenda seu papel na estratégia do negócio.
Se a sua empresa ainda opera no improviso, talvez seja hora de recalcular a rota. Aproveite o segundo trimestre para isso. Ainda dá tempo de finalizar o ano com sua comunicação interna estruturada e, se precisar de uma ajuda, conte comigo e com a equipe da P3K para dar os primeiros passos.
Destaques
- Governança e gestão são chave para o futuro do esporte nacional, defende Paulo Sérgio Kakinoff
- Evento em Belém promove formação para comunicadores da Amazônia e discute comunicação e mudanças climáticas
- Estão abertas as inscrições para a 51ª edição do Prêmio Aberje
- Aberje lança “Análise Econômica” sobre paradoxo nas áreas de Comunicação Corporativa
- Diretor-presidente da Aberje reflete sobre legado do Papa Francisco em artigo
ARTIGOS E COLUNAS
Oliver Duarte O papel de PR em tempos de tanta tecnologiaHamilton dos Santos A comunicação precisa ser parte do legado da COP30Elisa Prado Reputação – valor essencial no ambiente esportivoAdriana Noguti A importância da Comunicação Corporativa para o mercado financeiro e de capitaisThaís Naldoni A Inteligência Artificial como aliada na Comunicação Interna