A era do lifelong learning
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Para muitos, o trabalho está em casa e a casa no trabalho: reuniões no zoom, com trilha sonora dos desenhos dos filhos na TV; lives com cenários que, antes, eram íntimos e, agora, tornam-se públicos; FaceTime para beijos e abraços virtuais em amigos e familiares.
E estamos todos aprendendo a viver em uma nova rotina, a usar novas ferramentas, a lidar com o volume de informação, a conviver nesse novo mundo em que empatia e colaboração são desafiadas pelas necessidades individuais e pelo confinamento (temporário).
Muitas empresas de tecnologia liberaram o uso de ferramentas online, outras tantas instituições de ensino permitiram acesso a seus cursos gratuitamente, conteúdos diversos distribuídos nos mais diversos canais. Escolas têm precisado ensinar e se comunicar de outra maneira com pais e alunos para continuar atuando e manter sua marca forte.
Em meio a tudo isso, mais do que a força das marcas ou estratégias de comunicação, é evidente que o futuro do trabalho está totalmente relacionado à aprendizagem. E essa afirmação, aparentemente banal, é tão complexa e transformadora como o conceito que já deveria nortear e norteará a cultura de aprender: lifelong learning.
A aprendizagem ao longo da vida vem sendo discutida há mais de 40 anos e, nos últimos 20, passou a ser a grande diretriz de organizações como Unesco, Lifelong Learning Plataform.
Empresas como Mastercard, AT&T, Netflix passaram a integrar aprendizagem à estratégia de negócios, não só considerá-la como ações de treinamento somente.
Ao incorporar lifelong learning em sua cultura de aprender, essas empresas valorizam a autonomia, corresponsabilidade, interação entre pares, personalização da jornada de aprendizado. Como resultado, aumentam o engajamento e a retenção de talentos.
Mas o que os profissionais de comunicação têm a ver com essa conversa sobre aprendizado em tempos de isolamento? Tudo.
Considerando que aprendemos em conversas, observando a forma como as pessoas agem e como as empresas comunicam em tempos de crise, ouvindo especialistas em suas lives, fazendo e experimentando tecnologias e processos, muitas vezes mais do que em cursos programados pela empresa (seja online ou presencial), a área de comunicação pode contribuir muito para essa modalidade informal da aprendizagem, para criar ações integradas que geram engajamento e, assim, viabilizar uma cultura de aprender.
Nos próximos textos, convido você a navegar pelo lifelong learning e pensar de que forma a comunicação tem muito a somar nesse momento de transformação e de aprendizagem pulsantes!
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