26 de janeiro de 2022

Carta anual do CEO da BlackRock: Consistência da Mensagem

Em sua última carta aos CEOs, o líder da BlackRock, Larry Fink, contraria a noção de que a ênfase em ESG seria uma concessão às tendências culturais ou uma estratégia de marketing
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Larry Fink
Larry Fink

Em sua última carta aos CEOs, o líder da BlackRock, Larry Fink, contraria a noção de que a ênfase em ESG seria uma concessão às tendências culturais ou uma estratégia de marketing. Fink afirma que responsabilidade social e lucratividade não são mutuamente exclusivas e, na verdade, podem e devem andar de mãos dadas. O cofundador da BlackRock escreve:

“O capitalismo de stakeholders não é uma questão de política. Não é uma agenda social ou ideológica. Não é ‘woke’ [de políticas afirmativas]. É o capitalismo, impulsionado por relacionamentos mutuamente benéficos entre você e os funcionários, clientes, fornecedores e comunidades em que sua empresa depende para prosperar. Esse é o poder do capitalismo”.

Durante anos, Fink tem sido consistente em seu foco em ESG. Ele lembra o fato de que as corporações desempenham um papel importante na formação do futuro e devem ser responsáveis por todos os seus stakeholders. Em seu papel de principal comunicador e defensor da reputação da BlackRock, uma das maiores empresas de investimentos do mundo, Fink é bastante consciente da necessidade de repetir a mensagem. As nuances e os contornos da mensagem podem mudar, mas o tema central é essencialmente o mesmo.

Diante do inevitável ceticismo em torno dos investimentos em ESG, o CEO da BlackRock é hábil em tecer uma defesa coerente da estratégia de investimento da empresa. Na carta, ele expõe as diferentes formas pelas quais os investimentos podem levar a melhorias na sociedade e no meio ambiente. Também lembra que a liderança do caminho é responsabilidade da comunidade de investidores. Fink escreve:

“O acesso ao capital não é um direito. É um privilégio. E o dever de atrair esse capital de forma responsável e sustentável é seu”.

O cerne de sua mensagem tem sido consistente: a responsabilidade corporativa é um dos pilares fundamentais de uma sociedade e economia bem-sucedidas. Ele segue dizendo:

“Nunca foi tão essencial para os CEOs ter uma voz consistente, um propósito claro, uma estratégia coerente e uma visão de longo prazo. O propósito da sua empresa é sua estrela-guia nesse ambiente tumultuado”.

Em seus comunicados, Fink está sempre focado em redefinir e reafirmar não apenas a reputação da BlackRock, mas também o arco do capitalismo.

Leia a carta completa (em inglês) aqui.

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