05 de setembro de 2024
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Longevidade de carreiras e transições profissionais ainda vão interessar você

 

A sétima edição do MaturiFest, o maior festival de trabalho e empreendedorismo 50+ do Brasil ocorrido em São Paulo em agosto de 2024, foi palco para apresentação dos resultados da pesquisa “Transição de Carreira na Maturidade” da Maturi e da NOZ Inteligência. São dados inéditos sobre a realidade dos profissionais maduros e suas motivações para mudanças de carreira – e alguns pontos são levantados neste post.

O objetivo foi compreender as motivações que levam os profissionais com mais de 45 anos a buscarem uma mudança em suas trajetórias profissionais, bem como identificar seus novos interesses, planos e aspirações para uma vida profissional longeva. Também se aprofunda nos desafios enfrentados por esses profissionais, investigando se estão financeiramente preparados para essa transição e se permanecem engajados em um aprendizado contínuo.

A coleta de dados ocorreu entre 3 e 24 de junho de 2024, envolvendo 2.019 pessoas de 43 a 82 anos que estão no mercado de trabalho ou buscando recolocação profissional. Esse estudo revela importantes insights sobre a longevidade das carreiras e as transições profissionais após os 50 anos.

A transição de carreira na maturidade é um tema que merece destaque em um mercado de trabalho em constante transformação. Na geração atual, os profissionais 50+ precisam ser flexíveis e adaptáveis, revisitando suas habilidades e conhecimentos para se manterem competitivos. Apesar de enfrentarem novos desafios, como a rápida evolução tecnológica, mudanças nas demandas do mercado e principalmente o etarismo, muitos buscam alinhar suas carreiras a propósitos mais significativos. Nesse contexto, a mudança de carreira surge como uma estratégia para atingir seus objetivos, promover maior realização pessoal e encontrar um equilíbrio entre trabalho e qualidade de vida.

O material proporciona um olhar inédito sobre os profissionais maduros, revelando que a maioria dos entrevistados busca prolongar suas carreiras, melhorar rendimentos e alcançar um melhor equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. A transição de carreira aos 50, 60 anos ou mais é uma realidade. Compreender as necessidades e motivações desses profissionais ao realizarem uma transição profissional fornece dados valiosos para a formulação de estratégias empresariais e políticas públicas.

O cenário atual mostra grandes exemplos de transição de carreira, como apresentadora de TV Eliana, que mudou de emissora como ir para a principal emissora do país no auge de seus 50 anos, e o jornalista Carlos Tramontina, que começou no empreendedorismo depois de construir uma carreira sólida como âncora de telejornal. Esses movimentos refletem a busca por novos desafios e melhores condições de trabalho, reforçando a importância de se adaptar e inovar na maturidade.

INSIGHTS E DESCOBERTAS

Prolongamento da Vida Profissional:

  • 54% consideram prolongar suas vidas profissionais, mas ainda não tomaram medidas concretas;
  • 36% estão planejando e já tomaram medidas concretas para prolongar suas carreiras;
  • 10% não veem necessidade de estender suas carreiras.

Transição de Carreira:

  • 68% dos participantes estão buscando ou realizando mudanças de carreira;
  • 25% estão ativamente procurando novas oportunidades;
  • Não há diferença significativa entre aposentados (69%) e não aposentados (67%) nesse processo.
  • As mulheres também se destacam na pesquisa, com 70% considerando ou já realizando uma transição de carreira, um número ligeiramente superior ao dos homens (65,3%).

Motivações para a Transição de Carreira:

  • 50% buscam melhores rendimentos e condições financeiras;
  • 47% procuram um melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.;
  • 39% desejam novos desafios profissionais;
  • Uma maior proporção de aposentados (48%) do que não aposentados (36%) cita a busca por novos desafios como motivação.

Planejamento Financeiro:

  • 15% dos respondentes afirmaram ter um planejamento financeiro abrangente;
  • 42% possuem um planejamento que pode não ser suficiente;
  • 43% não conseguem atualmente se planejar financeiramente para mudanças profissionais;
  • Mesmo entre aqueles sem reservas financeiras, 59% ainda consideram a transição de carreira.

Formas de Atuação:

  • 56% preferem atuar como consultores, autônomos ou freelancers.
  • 38% demonstram interesse em empreender.
Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Rodrigo Cogo

Rodrigo Cogo é o curador do Sinapse Conteúdos de Comunicação em Rede e responsável pela distribuição digital dos canais integrantes da plataforma. Formado em Relações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria, é especialista em Gestão Estratégica da Comunicação Organizacional e Mestre em Ciências da Comunicação, com estudos voltados para a Memória Empresarial e Storytelling, ambos pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (SP). Atuou na Aberje por 14 anos, passando pelas áreas de Conteúdo, Marketing e Desenvolvimento Associativo e tendo sido professor em cursos livres e in company e no MBA da entidade por 10 anos. É autor do livro "Storytelling: as narrativas da memória na estratégia da comunicação".

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