19 de dezembro de 2024
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Da Operação à Estratégia: desafios dos comunicadores corporativos para ganhar espaço e reconhecimento

 

No mundo corporativo, os profissionais de comunicação enfrentam o desafio constante de equilibrar as demandas operacionais com a necessidade crescente de uma atuação mais estratégica.

Ser capaz de desempenhar um papel decisivo na construção da imagem de uma marca e no fortalecimento dos vínculos com seus stakeholders é um diferencial que pode abrir portas e consolidar carreiras.

No entanto, a transição do trabalho meramente operacional para uma atuação estratégica não é tarefa fácil e envolve vários desafios.

Desafios para uma Atuação Estratégica

Um dos principais desafios enfrentados pelos comunicadores corporativos é a sobrecarga de tarefas operacionais, que reduz significativamente o tempo e a energia que poderiam ser dedicados à construção de planos estratégicos.

De acordo com uma pesquisa da Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial), 65% dos profissionais relatam que a pressão por atividades operacionais é a maior barreira para uma atuação mais estratégica.

Outro ponto é a falta de reconhecimento da comunicação como uma área estratégica por parte da alta liderança. Muitos enxergam a comunicação apenas como suporte tático e não como uma área vital para o crescimento dos negócios. Isso ocorre porque, muitas vezes, falta aos comunicadores a habilidade de traduzir suas atividades em métricas de impacto tangível, como engajamento, conversão e relacionamento.

A evolução constante do ambiente digital também é um desafio significativo. Estar atualizado com novas tecnologias, como o uso da IA, canais de comunicação e tendências de consumo de conteúdo exige que os comunicadores dediquem tempo e recursos para se manterem competitivos. Segundo um estudo da McKinsey, 75% das empresas que investem em inovações tecnológicas na comunicação corporativa relatam melhor integração e fortalecimento dos vínculos com seus stakeholders.

Benefícios de uma Comunicação Estratégica

Apesar dos desafios, investir em uma abordagem estratégica de comunicação traz várias vantagens. A primeira delas é o verdadeiro fortalecimento dos vínculos com os públicos de interesse.

Uma comunicação bem planejada, autêntica e alinhada aos valores e práticas da empresa, não só reforça a reputação da marca, mas também promove uma conexão emocional com seus stakeholders. Além disso, a atuação estratégica amplia a influência da área de comunicação dentro da empresa.

Quando os comunicadores conseguem demonstrar como suas ações impactam os resultados de negócio, eles passam a ser mais envolvidos em decisões-chave da organização.

Dados do Relatório Global de Comunicação de 2023 mostram que 58% dos comunicadores que atuam de forma estratégica relatam maior participação em reuniões de liderança e mais reconhecimento pelo seu papel.

Para o profissional de comunicação, essa evolução também se reflete em oportunidades de crescimento e ascensão na carreira. Profissionais que conseguem se posicionar como estratégicos são vistos como essenciais para o sucesso da empresa e, consequentemente, são mais valorizados e promovidos.

A comunicação estratégica, portanto, não é apenas vantajosa para a empresa, mas também uma ferramenta poderosa de crescimento e reconhecimento profissional.

Um Guia de Sobrevivência para Comunicadores

Para auxiliar os profissionais de comunicação a superarem esses desafios e conquistarem um papel mais estratégico, desenvolvemos um e-book exclusivo: o Guia de Sobrevivência do Comunicador, com estratégias para equilibrar o operacional e o estratégico; táticas para ganhar reconhecimento interno; e atualizações sobre ferramentas e tendências.

O caminho para se tornar um comunicador estratégico pode ser desafiador, mas é repleto de oportunidades. Ao superar os desafios diários e desenvolver um trabalho que agrega valor, o profissional de comunicação não apenas impulsiona o crescimento da empresa, mas também conquista o reconhecimento e o crescimento na carreira.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Leila Gasparindo

Pesquisadora da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo e Mestre em Ciências da Comunicação pela mesma instituição. Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Atuou em diversos veículos de imprensa no Brasil até 1996 quando direcionou sua carreira para fundar a Trama. Possui pós-graduação em Gestão da Comunicação Organizacional e Relações Públicas pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), certificação em GRI e diversos cursos de aperfeiçoamento em Comunicação Organizacional e Branding. Acumula mais de 25 anos de experiência em Consultoria de Comunicação e Relações Públicas realizando o atendimento de empresas de diversos portes e segmentos nacionais e internacionais. Em 2023, liderou o desenvolvimento da Radar Employer Branding, metodologia exclusiva do Grupo Trama Reputale para avaliar a maturidade da Proposta de Valor para o Empregado (EVP) das empresas que desejam ter uma Marca Empregadora competitiva, tanto para atuais quanto para futuros colaboradores. O diagnóstico gerado pela Radar Employer Branding permite às empresas revisarem seus processos internos de RH, em conjunto com ações de Comunicação, de forma a trabalhar a percepção positiva do público alvo a respeito dos benefícios psicológicos, funcionais e econômicos das marcas como boas empresas para se trabalhar. Autora de artigos e livros publicados na área de comunicação, marketing e inovação. É palestrante e aconselha diretamente presidentes de empresas. Ministrou mais de 450 Media Training para empresários no país. Foi uma das fundadoras da Abracom Associação Brasileira das Agências de Comunicação. É Practitioner em PNL.

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