24 de outubro de 2024
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Conheça 10 tendências de gestão de talentos da Randstad

 

A crescente lacuna de competências, a flexibilidade profissional, a mudança de prioridades organizacionais e o avanço da IA estão reconfigurando os negócios, os mercados e o cenário global de talentos. As decisões estratégicas de gestão de talentos que você toma hoje podem ter um impacto duradouro no sucesso ou na sobrevivência de sua organização no futuro.

É compreensível que muitos líderes de talentos se sintam sobrecarregados diante desse contexto. De acordo com o estudo Talent Trends 2024 da Randstad, 72% expressam preocupações com a lacuna de competências – o mais alto nível desde 2019 – enquanto 56% sentem que estão lutando para acompanhar o ritmo acelerado da transformação digital. Além disso, 80% estão se tornando organizações baseadas em competências, uma meta desafiadora. Ao mesmo tempo, 64% relatam a pressão de fazer mais com menos este ano.

Conforme o negócio se desenvolve, se transforma e vislumbra seu futuro, o desafio é como planejar para facilitar uma colaboração mais eficaz entre pessoas e tecnologia, inspirando permanentemente os colaboradores a alcançarem seu potencial máximo enquanto atingem as metas organizacionais. Para tanto, é preciso um plano para introduzir novas abordagens de trabalho, pensamento e motivação que irão gerar valor nos próximos anos.

Trata-se da maior edição até agora e traz as perspectivas de 1076 líderes de RH e capital humano em 21 mercados ao redor do mundo. São oferecidas 10 tendências de RH que ajudarão a capacitar as pessoas que estão no centro do negócio, com 50 dicas práticas para seguir em frente e insights reais sobre como pares — e concorrentes — estão criando valor para suas organizações.

O relatório explora as transformações emergentes no mercado de trabalho, destacando a integração crescente entre inteligência artificial (IA) e as operações de recursos humanos (RH). Ele examina como as tecnologias digitais estão remodelando a aquisição de talentos, a gestão de pessoas e a mobilidade interna, e como essas inovações afetam diretamente as estratégias das empresas.

Começa abordando o papel central da IA no ambiente de trabalho moderno, apontando que muitas empresas estão automatizando tarefas, o que permite aos colaboradores focarem em atividades mais estratégicas. A IA não só redefine a forma como o trabalho é realizado, mas também potencializa a eficiência em processos como recrutamento e desenvolvimento de talentos, ajudando a preencher lacunas de habilidades e melhorando a mobilidade interna.

Outro ponto importante é a mudança de foco das habilidades técnicas para as competências comportamentais. As empresas estão priorizando a contratação com base em características como adaptabilidade, criatividade e resolução de problemas, além das motivações pessoais dos candidatos. Isso reflete uma maior busca por flexibilidade e inovação, em um cenário onde a escassez de talentos especializados é crescente.

O documento também destaca a importância de uma cultura organizacional sólida, que valorize a diversidade e o bem-estar dos colaboradores. Empresas que investem em criar ambientes inclusivos, com trabalho híbrido e foco em diversidade, tendem a atrair e reter talentos, além de promover um ambiente mais inovador. A cultura, juntamente com a flexibilidade proporcionada pelo trabalho híbrido, é vista como um diferencial competitivo.

Por fim, enfatiza o papel estratégico dos líderes de RH, que agora são centrais na tomada de decisões que moldam o futuro das empresas. Eles devem se adaptar rapidamente à evolução tecnológica e liderar mudanças culturais que fomentem uma força de trabalho engajada e produtiva. A combinação de IA e gestão humana permite que as organizações maximizem o desempenho e preparem suas equipes para os desafios futuros.

10 Tendências de RH na Gestão de Talentos

Aqui está um resumo de cada uma das 10 tendências de RH de 2024 apontadas no relatório da Randstad:

A IA redefine como o trabalho é realizado

A inteligência artificial (IA) está transformando a forma como o trabalho é executado. Ao automatizar tarefas repetitivas e possibilitar análises de dados mais complexas, a IA está maximizando a produtividade e criando novas oportunidades. Isso impacta diretamente o papel dos líderes de RH, que agora devem se adaptar à combinação de inteligência humana e artificial para impulsionar a eficiência organizacional.

A tecnologia coloca a aquisição de talentos no centro da estratégia

A tecnologia está revolucionando o recrutamento e a gestão de talentos. Ferramentas de IA e big data permitem que o processo de aquisição de talentos seja mais ágil e estratégico, garantindo um fluxo constante de novos talentos que atendam às necessidades das organizações. O papel do recrutador evolui para se tornar um consultor estratégico, utilizando dados para decisões mais assertivas.

A gestão de talentos avança com o poder da IA e dos dados

Com a IA e o big data, a gestão de talentos se torna mais eficiente e personalizada. A capacidade de processar grandes volumes de dados permite identificar lacunas de habilidades, prever necessidades futuras e personalizar o desenvolvimento dos colaboradores. Isso melhora o engajamento e permite uma alocação mais estratégica dos recursos humanos.

A IA democratiza a mobilidade interna de talentos

A mobilidade interna ganha uma nova dimensão com a IA, que facilita a identificação de oportunidades de carreira dentro da empresa. As organizações podem requalificar e redistribuir seus colaboradores de maneira mais eficaz, promovendo o desenvolvimento de carreira e mantendo talentos importantes dentro da organização.

Competências e motivações essenciais se tornam obrigatórias

Em um mercado cada vez mais competitivo, as habilidades técnicas não são mais suficientes. As competências comportamentais, como adaptabilidade, resiliência e habilidades de resolução de problemas, agora são tão importantes quanto as habilidades técnicas. As motivações pessoais também ganham destaque, influenciando diretamente a produtividade e o desempenho.

Líderes de capital humano causam impacto para o negócio

O papel do RH é cada vez mais estratégico, com os líderes de capital humano sendo responsáveis por moldar a cultura organizacional e garantir que as estratégias de talentos estejam alinhadas com os objetivos de negócio. A capacidade de usar a IA e dados para impulsionar a tomada de decisões é essencial para que os líderes de RH tenham um impacto mensurável no desempenho da empresa.

A revolução do trabalho híbrido continua vantajosa

O modelo de trabalho híbrido, consolidado nos últimos anos, ainda enfrenta desafios, mas continua a trazer benefícios significativos, como aumento de produtividade e maior atração de talentos. A chave para o sucesso do trabalho híbrido está em equilibrar as necessidades dos colaboradores e da empresa, garantindo coesão e cultura organizacional.

A cultura se torna a grande motivadora para os talentos

A cultura organizacional se tornou um fator decisivo para a retenção de talentos. As empresas que promovem uma cultura forte, inclusiva e centrada no bem-estar dos colaboradores conseguem não apenas atrair, mas também manter profissionais talentosos e engajados, criando uma vantagem competitiva no mercado de trabalho.

A diversidade cresce apesar das adversidades

A diversidade é uma prioridade contínua para as empresas, mesmo em um cenário desafiador. Organizações que investem em políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) colhem os benefícios de uma força de trabalho mais criativa, inovadora e resiliente. A DEI agora é vista como essencial para a sustentabilidade a longo prazo.

A produtividade pode ser impulsionada pelo potencial humano

Aproveitar o potencial humano é a chave para superar desafios de produtividade. Através da combinação de IA e desenvolvimento humano, as organizações podem maximizar o desempenho de seus colaboradores, oferecendo treinamentos e oportunidades de crescimento que liberam o potencial latente dentro de cada profissional.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Rodrigo Cogo

Rodrigo Cogo é o curador do Sinapse Conteúdos de Comunicação em Rede e responsável pela distribuição digital dos canais integrantes da plataforma. Formado em Relações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria, é especialista em Gestão Estratégica da Comunicação Organizacional e Mestre em Ciências da Comunicação, com estudos voltados para a Memória Empresarial e Storytelling, ambos pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (SP). Atuou na Aberje por 14 anos, passando pelas áreas de Conteúdo, Marketing e Desenvolvimento Associativo e tendo sido professor em cursos livres e in company e no MBA da entidade por 10 anos. É autor do livro "Storytelling: as narrativas da memória na estratégia da comunicação".

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