
Nos últimos tempos, muito se fala em ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança), e a busca crescente das empresas para se adequarem a esses critérios. Porém, estamos falando na verdade sobre Sustentabilidade, mais especificamente a sustentabilidade dos negócios.
A realidade socioeconômica mundial exige das empresas uma mudança na forma de fazer negócios. Pensar apenas no lucro já não é mais aceitável. Uma grande indústria, que alcança milhões de consumidores todos os anos, deve usar sua escala para mudar o sistema atual e criar modelos mais saudáveis e sustentáveis para as pessoas e para o planeta. E isso exige que sejam lideradas com ousadia, junto com consumidores, varejistas, agricultores fornecedores, organizações sem fins lucrativos, governos etc., para desenvolver, produzir, comercializar e consumir bens e alimentos de novas maneiras.
Assim, sem uma liderança inovadora por parte das empresas não haverá mudanças duradouras no mundo moderno. Cada vez mais fica clara a necessidade de construção de uma economia orientada a um propósito maior, mais inclusiva, que sirva a sociedade e o meio ambiente. Falar sobre diversidade, desigualdades e meio ambiente é responsabilidade de qualquer companhia. Dessa forma, vamos e devemos proteger os negócios e o meio ambiente para as próximas gerações.
Com esse posicionamento no mercado, podemos expandir o olhar para as Empresas denominadas B Corp que promovem culturas empresariais abertas e colaborativas, pois compreendem que gerar impactos maiores e positivos exige cooperação para alcançar, monitorar e medir o progresso de forma eficaz e permanente.
A certificação B Corp, conferida por uma organização internacional independente, sem fins lucrativos, é rigorosa e avalia absolutamente todos os processos da empresa. O B vem de “benefit”, e atesta que uma empresa gera voluntariamente impactos positivos na sociedade e no meio ambiente por meio do seu negócio, age com responsabilidade e transparência, está comprometida com a melhoria contínua para que a geração de impacto positivo esteja incorporada em todos os processos e áreas da empresa, tudo muito conectado também com a agenda prioritária para o Desenvolvimento Sustentável da ONU (os ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).
Assim, ser uma Empresa B é uma maneira poderosa de atestar credibilidade, confiança e valor, pois atrai a atenção daqueles que querem trabalhar, comprar e investir em empresas nas quais confiam no seu propósito e valores, é o discurso sendo colocado em prática. As Empresas B lideram as novas forças econômicas e conseguem inspirar e influenciar muitas pessoas, se tornando porta-vozes da construção de uma nova economia e representando o Movimento no Brasil.
Uma economia orientada por um propósito garante que as grandes empresas usem sua escala para não serem apenas melhores empresas do mundo, mas também as melhores empresas PARA o mundo e se mantenham perenes no mercado altamente competitivo, onde todos os atores da cadeia são responsáveis pelo progresso social e ambiental, por meio de programas e iniciativas que regenerem as pessoas e o planeta.
Estes são alguns dos desafios e das transformações que as empresas vêm enfrentando e que ficam ainda mais evidentes no mundo pós pandêmico, um mundo de novos hábitos, de novos processos, de novas exigências, de novos riscos e, seguramente, de muitas oportunidades para quem se reinventa pelo planeta e pelas pessoas.
Destaques
- Aberje, FGV Comunicação e Fundação Itaú promovem master class sobre comunicação e impacto social para Mestrado Profissional
- Primeira reunião do Comitê Aberje de Comunicação e Reputação Organizacional discute o desafio da reputação em tempos de hiperconectividade
- Chefe de Educação do Unicef Brasil debate comunicação em Masterclass no dia 21
- Primeiro encontro do Comitê Aberje de Cultura de Dados e Mensuração de Resultados na Comunicação debate desafios e caminhos para a mensuração
- Especialistas discutem futuro da área de comunicação em debate para o Anuário da Comunicação Corporativa de 2025
ARTIGOS E COLUNAS
Carina Almeida SXSW: Um viva às pessoas no debate sobre inovação!Pablo Assolini Será o fim da agenda de diversidade nas empresas?Luis Alcubierre Notícias ruins e nãos também precisam ser dadosVânia Bueno Comunicação e Governança: Por que essa relação é mais crítica do que nunca?Carlos Parente A comunicação tem outro papel essencial: a cura da alma!