Guia Exame Melhores do ESG 2022 reconhece empresas com melhores práticas; conheça as 21 associadas da Aberje
Guia, em parceria com o Ibmec, premiou ao todo 45 empresas em 15 categorias
O Guia Exame Melhores do ESG 2022, realizado pela Exame, em parceria com o Ibmec, reúne as empresas que mais se comprometeram com as melhores práticas de governança ambiental, social e corporativa. A Ambipar, companhia que atua na área de saneamento e gestão ambiental, foi homenageada pela Exame como a Empresa ESG do Ano; e a JBS ficou com o prêmio Compromisso ESG, ambas companhias associadas à Aberje. Ao todo, 45 empresas foram premiadas na noite de quinta-feira (23/06) em cerimônia fechada, realizada no Museu da Casa Brasileira. Do total, 21 são associadas.
O Melhores do ESG é o principal guia sobre economia consciente e responsabilidade empresarial do Brasil e há mais de 20 anos ajuda a dar visibilidade a quem está contribuindo de maneira relevante para o desenvolvimento sustentável e para um mercado mais diverso. Nesta edição, o ranking contou metodologia desenvolvida em parceria com o Ibmec. O principal objetivo foi avaliar os princípios que regem a gestão voltada para as boas práticas ambientais sociais e de governança. A avaliação contou com uma parte quantitativa e outra qualitativa. Na esfera quantitativa, as empresas responderam 45 questões envolvendo os pilares ambiental, social e de governança. As questões quantitativas eram iguais para todas as empresas. Nas questões qualitativas, as empresas responderam 3 questões específicas para cada setor, considerando seus pontos materiais.
Confira abaixo as organizações associadas da Aberje contempladas no Guia:
Ambipar
Categoria Saneamento e Meio Ambiente. A Ambipar é uma companhia formada por duas empresas: a Ambipar Environment, com soluções ambientais, e a Ambipar Response, de prevenção de acidentes, respostas e emergências. Desse modo, o ESG está intrínseco nas atividades. Para Cristina Andriotti, CEO da Ambipar Environment, mais do que oferecer produtos e serviços, para além de pensar nas próprias atitudes socioambientais responsáveis, a Ambipar tem tido um papel de educação de empresários e investidores no país.
Banco Santander
Categoria Serviços Financeiros. Compreendendo que ESG é uma estratégia de negócios, o Santander fechou o ano de 2021 com 51,6 bilhões de reais em negócios sustentáveis, sendo que em julho já havia cumprido o montante do ano anterior. Para isso, a companhia utilizou uma taxonomia própria que considera empréstimos para instalações de energia solar, geração de energia distribuída, agricultura sustentável e mais práticas. “A área de negócios sustentáveis é um motor dentro do banco, que teve uma aceleração no ano passado também pelo otimismo do mercado na execução desse tipo de negócio”, diz Carolina Learth, líder de sustentabilidade do Santander Brasil.
Boticário
Categoria Farmacêutico e Beleza. O Grupo Boticário, de cosméticos, reforçou em 2021 as práticas ESG ao anunciar 16 compromissos socioambientais para serem cumpridos até 2030. Entre eles está mapear e solucionar 150% de todo o resíduo sólido gerado pela cadeia e neutralizar o impacto ambiental focando temas como água, gases de efeito estufa e energia. “ESG não é uma agenda nova na companhia, e sim um trabalho contínuo para sermos cada vez mais sustentáveis por meio de um plano estratégico”, diz Fabiana de Freitas, vice-presidente jurídico, compliance e assuntos institucionais.
BRK Ambiental
Categoria Saneamento e Meio Ambiente. A BRK Ambiental, presente em mais de 100 municípios brasileiros, está num setor em rápida expansão desde o Marco Regulatório do Saneamento, de 2020. “Os compromissos ESG são uma maratona e precisam ter o acompanhamento da alta liderança, mas estão no dia a dia. Estamos explicando para o gestor que contrata pessoas refugiadas o impacto social que ele promove”, diz Carlos Almiro, diretor de sustentabilidade e gestão de riscos da companhia.
CBA – Companhia Brasileira de Alumínio
Categoria Mineração, Metalurgia e Siderurgia. A Companhia Brasileira de Alumínio está empenhada em reduzir as emissões de gases de efeito estufa e consegue fabricar um alumínio com um sexto das emissões da média mundial. A intenção inicial é a redução de 40% entre 2019 e 2030, chegando à neutralização em 2050. “Tivemos em maio as metas aprovadas pela iniciativa Science Based Targets [SBTi] e nos tornamos a primeira empresa de alumínio do mundo a fazer esse trabalho de forma tão estratégica”, diz Leandro Campos de Faria, gerente-geral de sustentabilidade da CBA.
CCR
Categoria Transporte, Logística e Serviços Logísticos. A CCR, empresa de infraestrutura, também mergulhou no ESG ao definir sua estratégia para os próximos anos. A grande virada foi dada no ano passado, quando foi aprovada a Ambição 2025, conjunto de metas com cinco dimensões: reputação, ESG, clientes, colaboradores e negócios. “Nosso negócio está voltado para a mobilidade humana: queremos impactar positivamente a vida das pessoas que utilizam nossas rodovias, nossos metrôs e trens e nossos aeroportos”, afirma Marco Cauduro, CEO do Grupo CCR.
EDP Energias
Categoria Energia. “O difícil não é dizer o que fazer, é implementar”, afirma João Marques da Cruz, presidente da EDP no Brasil. “É preciso criar uma rotina com processos, metas, ações planejadas e controle”. Para o CEO, ESG, no setor elétrico, é fazer acontecer a transição energética. Para 2022, a EDP Energias tem a meta de ampliar a potência instalada de energia solar em 135,5 quilowatts pico, gerar 318,7 gigawatts em eficiência energética nos clientes e reduzir em 21% as emissões específicas de carbono. “A transição também deve ser justa”, destaca Cruz. Para isso, a empresa investe, desde 2015, 52 milhões de reais em ações nas comunidades.
Engie
Categoria Energia. A empresa de energia Engie está presente em todos os seis biomas brasileiros: Amazônia, Pampa, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Pantanal. “São mais de 6.800 quilômetros fiscalizados e conservados e mais de 1.600 quilômetros quadrados de área de reservatórios, onde atuamos na conservação das matas ciliares e com iniciativas de preservação da ictiofauna”, afirma Eduardo Sattamini, diretor-presidente e de relações com investidores. “Todas as ações de gestão ambiental da companhia são amparadas por estudos aprofundados.”
Gerdau
Categoria Mineração, Metalurgia e Siderurgia. A Gerdau, maior produtora de aço brasileira, está empenhada em diminuir sua pegada de carbono. Em fevereiro deste ano, assumiu o compromisso de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, de 0,93 tonelada de carbono equivalente por tonelada de aço para 0,83 até 2030. Para o CEO Gustavo Werneck, a agenda ESG é fundamental para a sobrevivência das siderúrgicas. “Se não construímos um relacionamento com todos os stakeholders, fica muito difícil operar. O modelo de negócios seria questionado pela sociedade.”
Itaú Unibanco
Categoria Serviços Financeiros. O banco Itaú Unibanco entrou, em outubro de 2021, para a Net-Zero Banking Alliance, um compromisso global, capitaneado pela ONU, que reúne 110 instituições financeiras responsáveis por 70 trilhões de dólares em ativos. Todas se comprometeram a zerar as emissões de carbono de suas carteiras até 2050. O objetivo é zerar as emissões de carbono no mundo e, para isso, os maiores emissores precisam se engajar. “Queremos ser o banco da transição”, afirma Luciana Nicola, diretora de relações institucionais e sustentabilidade. “E ajudar nossos clientes a atingir as metas deles.”
JBS
Prêmio Compromisso ESG. Em 2020, a JBS divulgou uma série de compromissos e metas ESG. Entre elas está a de investir 1 bilhão de dólares em ações para a redução das emissões — a empresa quer chegar ao carbono zero até 2040. Também vai investir 100 milhões de dólares no desenvolvimento da agricultura regenerativa em sua cadeia. “Estão todos enxergando o mesmo caminho, e é quando as coisas acontecem. Ninguém vai ganhar ou perder: ou ganhamos todos ou perdemos todos”, disse Gilberto Tomazoni, CEO da companhia, durante a COP26, a Conferência do Clima da ONU.
Klabin
Categoria Papel e Celulose. As ações de ESG da fabricante de papel e celulose Klabin têm colocado seus executivos em lugar de destaque nessa agenda. Um exemplo disso foi na COP26, em novembro, quando Cristiano Teixeira foi o único CEO brasileiro no grupo de Business Leaders. “A Klabin é altamente comprometida com as ações ESG e entende a importância de movimentar a cadeia e os fornecedores. Começamos por aqueles considerados críticos e com maior gasto, mas vamos seguir com todos”, diz Francisco Razzolini, diretor de tecnologia industrial, inovação, sustentabilidade e projetos da Klabin.
Localiza
Categoria Transporte, Logística e Serviços Logísticos. “Construir o futuro passa por ações no presente”, afirma Rozália Del Gáudio, diretora de sustentabilidade da Localiza, empresa de aluguel de carros. A partir dessa visão, a companhia se engajou em uma estratégia para acelerar a redução de suas emissões que conta com uma solução brasileira: o etanol. No ano passado, a Localiza fez o primeiro levantamento de emissões dos clientes, passo inicial para definir suas metas net zero a partir da Science Based Targets initiative (SBTi).
Mercado Livre
Categoria Atacado, Varejo e e-commerce. No ano passado, o Mercado Livre emitiu um título verde de 400 milhões de dólares, recursos que serão utilizados em cinco anos para impulsionar projetos de redução da pegada ambiental, inclusão financeira e desenvolvimento social. “Desde o início da pandemia ajudamos mais de 145.000 vendedores a abrir uma empresa regularizada e, após um ano de formalização, as vendas desses empreendedores aumentam 140%, em média. Nesse cenário, ter sustentabilidade é essencial”, diz Pedro Arnt, diretor financeiro do Mercado Livre na América Latina.
Natura
Categoria Farmacêutico e Beleza. O grupo fabricante de cosméticos Natura &Co investirá 4,87 milhões de dólares em soluções regenerativas, como a repartição de benefícios para garantir a valoração da biodiversidade com a formação de renda e o desenvolvimento das cadeias. “Esse pagamento pelo uso do conhecimento foi de 8,7 milhões de reais em 2021, gerando melhorias nas comunidades”, diz Denise Hills, diretora global de sustentabilidade da companhia.
Randon
A agenda ESG da Randon está organizada em torno dos temas condução ética e responsável, compromisso com o meio ambiente, excelência e segurança como um valor, inovação sustentável e prosperidade para todos. Para cada dimensão foram definidas metas e compromissos públicos. Na área ambiental, por exemplo, a companhia quer reduzir em 40% suas emissões de gases de efeito estufa até 2030. Também quer zerar a disposição de resíduos em aterros até 2025 e zerar o lançamento de efluentes — a Randon já trata todos os efluentes, mas agora vai buscar reaproveitar 100% deles.
Suzano
Categoria Papel e Celulose. A fabricante de papel e celulose Suzano anunciou a antecipação do compromisso de remover 40 milhões de toneladas de carbono da atmosfera, de 2030 para 2025, por meio de plantios comerciais ou espaços de conservação e recuperação de áreas degradadas. O anúncio é um exemplo de como a companhia tem avançado nas práticas ESG ao focar, por exemplo, as mudanças climáticas e a biodiversidade. “São temas urgentes, críticos para a sociedade e os negócios, e que fazem parte da agenda de toda a companhia, incluindo o CEO”, diz Cristiano Resende de Oliveira, gerente executivo de sustentabilidade da Suzano.
Tegra Incorporadora
Categoria Construção Civil e Imobiliário. No ano passado, a Tegra se engajou em um profundo processo de revisão de sua estratégia ESG — a empresa abriu o capital no ano anterior. Desse processo, surgiu o plano Cidades Regenerativas 2030. “Buscamos descobrir o que faz uma empresa sustentável e o que era relevante para nós”, afirma Angel Ibanez, diretor de suprimentos e ESG da Tegra. O que surgiu, a partir das respostas, foram quatro compromissos: zerar o balanço líquido de emissões, impulsionar a economia circular, promover negócios transparentes e gerar impactos positivos na sociedade.
TOTVS
Categoria Telecom, Tecnologia e Mídia. A empresa de tecnologia TOTVS avançou nas práticas ESG em 2021, especialmente com a implementação da governança ESG, reforçando o tema no conselho de administração, comitê de governança e indicação, comitê de estratégia, diretoria executiva, comissões e grupo de trabalho ESG. Também implementou comissões de trabalho relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. “Estamos intensificando o trabalho em ESG e discutindo como utilizar a tecnologia e as boas práticas como um negócio para nós e para os clientes”, diz o CEO Dennis Herszkowicz.
Vibra Energia
Categoria Combustíveis, Químicos e Derivados. Em julho de 2021, para além do reposicionamento de marca e a mudança de nome de BR Distribuidora para Vibra, a maior distribuidora de combustíveis do país reestruturou a área de ESG. “Realizamos movimentos estratégicos para nos fortalecer em segmentos com alto potencial de crescimento, considerando negócios renováveis, limpos e sustentáveis”, diz a vice-presidente Selma Fernandes. Segundo a executiva, há metas ESG na remuneração variável das lideranças, como emissão líquida zero para os escopos 1 e 2 até o ano de 2025 e ter 100% das instalações com potencial de migração para o mercado livre de energia até 2024.
Votorantim Cimentos
Construção Civil e Imobiliário. A Votorantim tem a meta de reduzir o uso dos fósseis para menos da metade do total até 2030. Para isso, a companhia aposta na tecnologia do coprocessamento. A técnica consiste em substituir o coque por biomassa, obtida de resíduos orgânicos que não vão para a reciclagem. “Precisamos descarbonizar”, afirma Marcelo Castelli, CEO Global da Votorantim Cimentos. “A sociedade está mais consciente. Por isso adaptamos a empresa, revisitamos nossas metas e lançamos um plano para 2030.”
Confira a lista completa das vencedoras:
Agronegócio, Alimentos e Bebidas
- Ambev
- M. Dias Branco
- SLC Agrícola
Atacado, Varejo e e-commerce
- Americanas
- Magazine Luiza
- Mercado Livre
Bens de Capital e Eletroeletrônicos
- Randon
- Tupy
- WEG
Combustíveis, Químicos e derivados
- Companhia de Gás de São Paulo – COMGÁS
- Raízen
- Vibra Energia
Construção Civil e Imobiliário
- MRV Engenharia
- Tegra Incorporadora
- Votorantim
Energia
- AES Brasil Energia
- EDP Energias do Brasil
- ENGIE Brasil Energia
Farmacêutico e Beleza
- Boticário
- Eurofarma Laboratórios
- Natura
Mineração, Metalurgia e Siderurgia
- Companhia Brasileira de Alumínio
- Gerdau
- Sigma Mineração
Moda e Vestuário
- Arezzo
- Lojas Renner
- Malwee
Papel e Celulose
- Irani Papel e Embalagem
- Klabin
- Suzano
Saneamento e Meio Ambiente
- Ambipar
- BRK Ambiental
- Orizon Brasil
Saúde e Serviços de Saúde
- Diagnósticos da América
- Fleury
- Rede D’or
Serviços Financeiros
- B3
- Banco Santander
- Itaú
Telecom, Tecnologia e Mídia
- Algar Telecom
- Locaweb
- TOTVS
Transporte, Logística e Serviços Logísticos
- CCR
- Localiza
- Movida
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