Ainda há tempo
A gestão eficaz do tempo talvez seja uma das habilidades mais procuradas nos líderes da atualidade. Com o transcurso da Revolução Científica descrita por Yuval Harari no livro Homo Sapiens, parecia que teríamos muito mais tempo que nossos pais e avós. Afinal, foram vários os avanços tecnológicos capazes de apoiar as tarefas manuais que executamos no dia a dia.
Um robô aspirador de pó pode facilmente limpar a nossa casa, outros robôs comandam a linha de produção em plantas automotivas, alguns auxiliam em cirurgias ou recomendam carteiras de investimentos. Ferramentas para automação de processos substituem intermináveis planilhas que passávamos dias preparando. Não precisamos mais ir a uma loja física para comprar um bem de consumo, nem a um restaurante ou sequer à nossa cozinha para preparar nosso alimento. Poucos cliques bastam para ter uma mercadoria ou uma refeição quentinha entregues aonde estivermos.
Então, por que temos a sensação de que o tempo é cada vez mais escasso, que nossa agenda não cabe nas 24 horas do dia? O tempo em si não aumentou ou diminuiu. O que mudou foi nossa incapacidade de gerenciá-lo de forma inteligente com a mudança nos hábitos de vida e de trabalho das últimas décadas. Passamos a incorporar cada vez mais atividades em nossas horas, sejam as “vagas” ou as “pagas”. Não queremos perder nada em meio ao oceano de informações e nosso tempo se esvai ao som do próximo toque na tela.
A saúde mental é hoje uma das principais preocupações das empresas pelo potencial desestabilizador que pode causar em termos de produtividade e retenção dos funcionários. Uma pesquisa global da Pearson revelou que 39% dos brasileiros não percebem sinais de melhora em sua saúde mental em 2022. O desequilíbrio em como investimos nosso tempo versus o retorno obtido com essas decisões em geral tem um impacto importante em nossa saúde, seja física ou mental.
Na busca incessante pelo “sucesso”, mergulhamos em um turbilhão de coisas urgentes (não necessariamente importantes) que drenam todo o nosso tempo e, com isso, negligenciamos um tempo precioso para refletir sobre nossas próprias ações e comportamentos.
Será que estamos dedicando tempo suficiente para ir a campo e entender as necessidades de nossos clientes e o que eles esperam das marcas? Será que estamos escutando genuinamente as pessoas do nosso time para além do que estão verbalizando? E o tempo dedicado a reconhecer as pessoas que fazem a diferença, sejam membros da equipe de trabalho, amigos ou familiares? Não teve tempo para isso? Ainda há tempo para refletir.
Deixo aqui 10 dicas práticas para uma melhor gestão do tempo em nossas vidas:
- Dedique tempo à sua saúde com foco em 3 pilares: alimentação, sono e atividade física;
- Não perca tempo tentando agradar as pessoas;
- Escreva as atividades mais importantes para executar no dia e priorize-as;
- Concentre-se em dois ou três objetivos por ano – nada além disso;
- Sempre invista tempo para ampliar seu conhecimento e suas habilidades;
- Dedique mais tempo para reconhecer as pessoas por suas ações e atitudes;
- Saiba dizer “não” e economize tempo com isso;
- Passe mais tempo com familiares e amigos;
- Dedique tempo para um trabalho voluntário e para algum hobby;
Pense antes de agir. A vida é 10% o que acontece e 90% como você reage às situações.
Destaques
- Prêmio Aberje 2024 anuncia destaques do ano: Comunicadores, CEO Comunicador, Mídias e premiações especiais
- Conecta CI promove integração e inovação na Comunicação Interna
- Comitê Aberje de Gestão da Comunicação e da Reputação Corporativas debate papel da Comunicação na gestão de crises
- Parceria inédita cria SPFC University, universidade com cursos de graduação e pós para a área esportiva
- Antônio Calcagnotto passa a integrar o Conselho Consultivo da Aberje
ARTIGOS E COLUNAS
Carlos Parente A comunicação precisa de um olhar menos vazioLeonardo Müller Bets no Brasil: uma compilação de dados e estimativasLeila Gasparindo A força da Comunicação Integrada: unindo Influenciadores e assessoria de imprensaAgnaldo Brito Diálogo Social e Comunicação Corporativa: A Construção do Valor na Era dos DadosHamilton dos Santos O esporte na mira da crise climática