Comitê Aberje de Comunicação e Gestão de Riscos e Crises debate o tema Tipificação da crise
A terceira reunião do Comitê Aberje de Comunicação e Gestão de Riscos e Crises foi realizada de forma online, no dia 12 de maio. Foram convidados para o encontro de tema “Tipificação da crise”, Maria Cristina Maiello, diretora da Agência Fato Relevante e Raquel Ogando, diretora Global de Comunicação e Reputação Corporativa da BRF. O encontro contou também com a participação do coordenador do comitê, Maurício Pontes.
Em sua palestra “Tipificação de riscos como ferramenta para a prevenção e a gestão de crises de imagem”, Maria Cristina Maiello compartilhou ideias já desenvolvidas e comentou sobre uma tecnologia que tenha uma matriz, em que seja possível classificar os riscos por níveis. “Dependendo do momento de maturidade da comunicação da empresa, pode-se num primeiro momento, fazer algo mais básico, até porque não é a classificação que vai resolver a crise. O que vai resolver a crise, é o quanto se consegue tomar medidas, atuar para mitigar antes de os riscos acontecerem e o quanto é possível desenvolver uma cultura de prevenção”.
Depois de agrupados e tipificados os riscos, é possível analisar cada risco específico. “Ao analisar cada risco, formamos a lista dos riscos de alto impacto, assim como é possível ver os riscos que têm uma ocorrência baixa, mas um impacto alto. A ideia é, depois de tipificar, ou seja, montar as famílias, é preciso classificar de acordo com a cor do risco, baseado em probabilidade de ocorrência, impacto de imagem, gravidade etc”, explicou Maria Cristina. “Existem outras maneiras de fazer. O importante é começar e formar cultura”.
Em seguida, Raquel Ogando, compartilhou o case da BRF premiado pela Aberje em 2021 intitulado “Como transformamos uma gestão de crise em oportunidade”. Na ocasião, a executiva contou quais foram os desafios da companhia durante a pandemia da Covid-19. “Tínhamos um desafio muito grande de manter a produção e garantir o abastecimento e, ao mesmo tempo, preservar a cadeia de alimentos, que é viva, longa e complexa. A nossa solução era comunicar e engajar todos os stakeholders para que estivessem imbuídos do mesmo espírito”, disse.
“Para atuar num cenário dinâmico, que mudava a cada dia, construímos um plano a partir de um olhar multistakeholder considerando as necessidades de cada público e com a comunicação necessária para cada um desses públicos. Criamos então uma estratégia de comunicação baseada em três etapas: de prevenção; tratar os sinistros; e fortalecer a reputação, transformando uma gestão de crise em oportunidade de construção de reputação”, explicou Raquel.
Na prática, a equipe de comunicação da companhia construiu múltiplos cenários, mapeando todas as possibilidades de evolução, pensando em cada risco, em cada gatinho relacionado e qual a necessidade de comunicação estava associada a cada um dos cenários criados. “Tínhamos diferentes estágios da crise, diferentes momentos da pandemia, e por isso abordagens diferentes. Nosso plano foi super detalhado, levando em conta a gravidade e os impactos em cada uma das etapas”, continuou. “Precisamos trabalhar com muita transparência, construindo mensagens-chaves adequadas e adaptando-as a cada cenário e a cada região”.
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