Movidos pela paixão
Sou uma pessoa totalmente movida pela paixão. Paixão por cuidar, paixão por liderar, paixão por inspirar, paixão por buscar resultados. E é essa mesma paixão que me guia em minha vida profissional e pessoal, que me levou (tardiamente) ao Carnaval e ao mundo das Escolas de Samba.
Sim, sou vice-presidente da Apsen, palestrante, escritora, mentora, mas sou também Rainha de Bateria da Barroca Zona Sul, uma das mais tradicionais escolas de samba do carnaval paulistano.
E eu posso dizer que o mundo do Carnaval, além de ser verdadeiramente apaixonante, é também uma grande escola. Vendo de fora, eu não imaginava quantos paralelos há entre uma agremiação de samba e o mundo corporativo.
Aderência à cultura organizacional, respeito à história e aos valores, colaboradores engajados e motivados, espírito de time, visão de futuro, sentimento de pertencimento, postura de dono, gestão voltada aos resultados, busca constante pela inovação… Tudo isso, que muitas vezes nos parece serem conceitos etéreos dentro do mundo corporativo, está presente no dia a dia de uma escola de samba de maneira totalmente natural e instintiva.
As escolas não precisam fazer campanhas de engajamento para disseminar sua cultura ou para reforçar suas tradições e valores. Não há pacote de benefícios nem programa de bônus para que os integrantes se motivem… não há workshops, dinâmicas de Team Building. Mas há algo essencial: paixão e propósito!
Sim, porque ninguém está em uma escola de samba que não ama. Ninguém está em uma escola de samba para fazer um desfile dentro “do que for possível”. Não! Todos estão lá pra dar o melhor, se entregar ao máximo, se superar… porque aquelas pessoas se sentem e são parte daquela comunidade e porque aquilo faz parte de sua própria história, da sua vida! Estão lá em busca da glória e do título!
Em meu livro, “Sucesso é o resultado de times apaixonados”, eu abordo justamente a cultura da Apsen que é baseada nesses princípios, paixão e propósito, e como essa postura nos levou a resultados exponenciais.
Precisamos que o mundo corporativo reative a paixão em seus colaboradores e, para isso, precisamos que nossas empresas trabalhem, sobretudo, movidas por propósito. Claro que o EBITDA e a participação dos acionistas devem ser direcionadores, mas não podem ser os únicos. Se não temos propósito, não temos times vencedores, pois ninguém consegue se conectar, pertencer, defender e se engajar com aquilo que não ama. As pessoas que estão nos barracões das escolas são as mesmas que estão nos pátios das fábricas e nas baias dos escritórios. Mas o que determina sua postura é um só sentimento: a paixão! E é ela que todos nós, líderes, temos a missão de resgatar!
Busque seu propósito. Deixe o seu legado.
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