Capítulo Aberje Minas Gerais debate o tema “Comunicação Digital e a Contemporaneidade”
Encontro reuniu profissionais de comunicação da Stellantis, AngloGold, Hotmart, FleishmanHillard Brasil e Rede Comunicação de Resultado
Metaverso, pagamentos com criptomoedas, redes emergentes, deep fakes, live commerce… Essas são algumas tendências para 2022 que foram trazidas durante o 7° Encontro do Capítulo Aberje Minas Gerais, realizado no dia 4 de novembro com o tema Comunicação Digital e a Contemporaneidade. Participaram do evento o gerente Sênior de Comunicação e Relações Institucionais da AngloGold Ashanti Brasil, Othon de Villefort Maia, também diretor do Capítulo Aberje Minas Gerais; o gerente de Eventos da Stellantis para a América do Sul, Gustavo Lages; o diretor Global de Parcerias na Hotmart, Alexandre Abramo; e a diretora de Insigths e Inovação Estratégica na FleishmanHillard Brasil, Suzana Wester. Para mediar o debate, Flávia Rios, fundadora e diretora da Rede Comunicação de Resultado.
Eventos ‘figitais’
Ao trazer o case Lançamento Nova Fiat Strada, Gustavo Lages afirmou ter sido este um marco para a companhia e para ele próprio. Ele contou que o evento estava pronto para ser realizado no formato tradicional quando chegou a pandemia e com ela o isolamento social. “Tínhamos que fazer o lançamento e foi um desafio gigantesco. Nos reunimos virtualmente para virar a chave não só para planejar um novo evento, mas profissionalmente falando também”, disse.
“Tínhamos que fazer um programa de TV que fosse dinâmico e prazeroso no meio de tanta notícia ruim que estávamos vivendo naquele momento; então chamamos parceiros fundamentais para esse projeto e fizemos uma revista eletrônica para o lançamento da Strada, com várias interações. Foi um case único e até ganhamos o Prêmio Aberje nacional, motivo de muito orgulho para nós”, alegrou-se.
Esse evento possibilitou uma conversa direta com nosso cliente, com nosso consumidor final, que nem fazia parte do evento anteriormente. Depois disso, já fizemos mais de 70 lives, estamos muito habituados a uma coisa que nunca tínhamos feito. Eu com 25 anos de evento, nunca tinha feito um evento digital, que hoje virou corriqueiro para a área. A gente já pensa no evento digital”, revelou Lages, acrescentando que estão caminhando para a promoção de eventos ‘figitais’ – evento online que conta com a participação de algumas pessoas.
Canhões de audiência
Em seguida, Alexandre Abramo, da Hotmart – plataforma de venda de produtos digitais fundada em 2011, com sede em Belo Horizonte (MG) – trouxe o case Comunicação digital, o que eu deveria saber quando trabalhava no mundo offline. “Essa fluidez das empresas digitais – uma hora você está fazendo uma coisa na empresa, outra hora está fazendo outra coisa – nos ajudam a entender para onde as gerações que estão chegando enxergam para onde o mundo vai”, iniciou ao comentar sobre as empresas nativas digitais.
Antes de ser um mercado de educação formal, esse é um mercado de criadores de conteúdo, mais do que de professores, e eu acho que é aí que está a grande questão que a gente ainda não tem a menor ideia para qual lado vai”, disse Abramo, nomeando alguns criadores de conteúdo que atuam na internet, que não são famosos mas que “movimentam milhões de reais todos os meses ensinando as suas audiências. Eu me atrevo a dizer que essas pessoas fazem comunicação digital melhor que todas as empresas que a gente conhece, incluindo a Hotmart”.
O executivo reforçou que esse modelo de mercado é jovem e que não vai parar de crescer. “A gente ainda não sabe lidar com ele, não sabemos usar esses criadores de conteúdo do jeito ideal para poder trabalharmos as nossas marcas. Eles são canhões de audiência especializados, de uma audiência interessada em coisas muito específicas. Eles não estão interessados só no dinheiro das marcas, mas também em se conectar com a sua audiência, fala com ela e indica marcas no momento em que aquilo faz sentido na vida. Acredito que os criadores de conteúdo são o futuro pleno do caminho dos nossos trabalhos”, enfatizou.
Tendências digitais
“Alguma coisa está fora da ordem”, lançou Suzana Wester, da Fleishman, ao iniciar o case Insights & Innovation Leader sobre as principais tendências digitais que impactam no dia a dia da comunicação. “Temos que ficar com o radar da resiliência ligado porque a pandemia fez com que muitas marcas tivessem que se reposicionar e se posicionar. Vimos várias redes sociais surgindo como Clubhouse e outras plataformas de games, tivemos vários ataques cibernéticos, tivemos pix e bitcoins, criptomoedas… Mais do que se adaptar, a gente percebe que temos que nos posicionar enquanto marca, enquanto líder ou nos perdemos no meio disso tudo. São mudanças impostas e irreversíveis”, destacou. “Vai ser tudo menos simples, o jogo está cada vez mais complexo nesse ambiente ‘figital’. Como vamos lidar com tudo isso daqui pra frente?”, indagou.
Melhor do que ficar assistindo ao jogo, é se preparar para jogar. Para ajudar nisso, Suzana trouxe algumas das macrotendências digitais para 2022. A web 3.0 descentralizada já começa a revelar seus traços. “Não se trata de uma bolha, nem da internet dos anos 2000, mas sim de uma internet mais descentralizada mesmo, com a tecnologia de blockchain. Haverá possibilidade de publicar algo sem a necessidade de códigos ou programação como era antes. Essa é a nova fronteira da revolução”.
Já ouviu falar de Metaverso? É um ambiente ‘figital’ que vai gerar uma nova economia virtual, sendo “Meta” o novo nome para o Facebook. A expectativa de Mark Zuckerberg é alcançar 1 bilhão de usuários nos próximos 10 anos e contar com investimentos de várias marcas renomadas. Esta é outra tendência para logo, segundo a executiva, assim como pagamentos com criptomoedas, que agora, após alguns anos, encontra seu lugar. Em El Salvador, por exemplo, isso já é rotina nos estabelecimentos comerciais.
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