KPMG: Para mais de 34% dos CEOs do setor segurador, negócios não deverão voltar à normalidade até o ano que vem
Pouco mais de 34% dos líderes empresariais enxergam um retorno dos negócios à normalidade somente a partir do ano que vem, enquanto o mesmo quantitativo de entrevistados afirmou que as empresas e operações mudaram para sempre com a pandemia. Estas são as principais conclusões da pesquisa “CEO Outlook Pulse 2021”, conduzida pela KPMG com 50 executivos do ramo de seguros, em nove países.
O levantamento também aponta dados sobre a retomada do crescimento dos negócios, as visões dos líderes do setor sobre a distribuição da vacina, os principais riscos organizacionais e as prioridades de transformação dos negócios no futuro próximo. O estudo revelou ainda que a maioria (90%) dos CEOs deseja garantir a segurança da equipe, solicitando aos funcionários que notifiquem a empresa quando forem vacinados.
“Observamos que, para os líderes das seguradoras, três fatores serão essenciais para o retorno à normalidade: uma campanha bem-sucedida de vacinação em massa, uma queda significativa da infecção por covid-19 nos principais mercados e o estímulo governamental para que os negócios possam voltar a operar novamente”, resume a sócia-líder do segmento de seguros da KPMG, Érika Ramos.
A confiança dos CEOs do setor segurador no crescimento das empresas, indústrias e países no período de três anos é elevada, mas oposta às perspectivas para a economia global. Segundo a pesquisa, 62% dos líderes de seguradoras estão interessados em efetuar fusões e aquisições no próximo ano, com três principais direcionadores para investimentos no setor. O primeiro consiste em aumentar a participação de mercado; o segundo passa por integrar novas tecnologias para transformar a experiência do cliente e, por fim, desenvolver tecnologias disruptivas que tenham potencial de transformar o modelo operacional das seguradoras.
Já os riscos ambiental e climático continuam sendo preocupantes para as empresas, com 90% das seguradoras procurando manter os ganhos relacionados à sustentabilidade e à mudança climática obtidos durante a pandemia. Além disso, quase todas (98%) aumentou o foco no componente social das práticas ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança).
O estudo analisou ainda o impacto de longo prazo da pandemia sobre as seguradoras, que deverão focar, principalmente, em tecnologia e na experiência do cliente. A maioria (76%) das empresas do setor pretende utilizar-se da colaboração digital e das ferramentas de comunicação, com o engajamento do cliente feito predominantemente via plataformas digitais e com modelo operacional digitalizado.
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