21 de junho de 2021

Vivo direciona patrocínios para fomento da diversidade na arte

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Segunda temporada do Teatro ao Vivo em Casa é dedicada a espetáculos que promovem a reflexão sobre temas étnico-raciais e fortalecem artistas negros e suas obras

O espetáculo “Macacos”, com Clayton Nascimento, marca a estreia da segunda temporada do Teatro Vivo em Casa em 2021 (Divulgação Teatro Vivo)

A Vivo anuncia a segunda temporada do Teatro Vivo em Casa para 2021, com quatro espetáculos de temática integralmente voltada à diversidade e cultura negra. Entre os destaques está o inédito musical “Cartola’s Jazz”, interpretado por Guilherme Sant’Anna, com Arranjo e Piano de Jonatan Harold. Também integram a programação os monólogos “Anja, quando me fiz inteira”, com Angela Peres e “Preta Rainha”, com Aysha Nascimento. O espetáculo de estreia será o premiado “Macacos”, no próximo dia 19 de junho, com dramaturgia, direção e atuação de Clayton Nascimento. Os ingressos são gratuitos e limitados, com inscrições pela plataforma @vivo.cultura no Instagram. As apresentações acontecem sempre aos sábados, às 21h.

“A Vivo é uma marca diversa e inclusiva. Por isso, em toda a programação do Teatro Vivo em Casa e em nossas diferentes iniciativas pela arte, sempre buscamos dar voz aos talentos que representam a diversidade. O teatro é um meio importante para debater as questões de raça e dar representatividade à cultura e artistas negros, por isso, dedicamos uma temporada exclusiva ao tema”, revela Marina Daineze, diretora de Marca e Comunicação da Vivo.

Os critérios de escolha dos espetáculos passam pela amplitude dos temas e características dos próprios artistas. “Macacos”, espetáculo que já circulou pelo Brasil e ganhou mais de 15 prêmios, é inspirado em um momento real vivido pelo artista Clayton Nascimento.

Aysha Nascimento, atriz que interpreta “Preta Rainha” é membro do grupo de teatro Coletivo Negro, comprometido com as questões étnico-raciais e com pesquisa sobre a situação sócio econômica e produção estética do negro brasileiro. Seu espetáculo narra a mulher negra, mãe de família, que no carnaval é tratada como uma deusa, mas que no seu dia a dia é oprimida sob as mais diferentes formas.

Anja, quando me fiz inteira, é inspirado na obra da própria atriz Angela Perez, que percorre temas sociais, espirituais e afetivos na busca pela sua completude como mulher negra. Já o musical Cartola’s Jazz, que faz sua estreia com exclusividade no Teatro Vivo em Casa, narra a vida e obra daquele que é considerado por diversos músicos e críticos como o maior sambista da história da música brasileira e um importante representante da cultura negra.

Diversidade
A Vivo mantém internamente o programa Vivo Diversidade, lançado em 2018, pautado nos pilares de Gênero, LGBTI+, Pessoas com Deficiência e de Raça. A empresa possui um grupo de afinidade, o Vivo Afro, para debater o tema e propor iniciativas de combate à invisibilidade social. Em 2020, lançou o projeto “Fábulas da Conexão“, com quatro curtas-metragens que mostram histórias que unem a tecnologia com elementos inspirados no realismo fantástico e narrativas brasileiras. Em abril deste ano, trouxe ao debate o Colorismo, termo utilizado para anulação e diferenciação de pessoas, classificando-as pelo tom de pele. Com a chamada “Quantos tons cabem nesse debate?” a empresa promoveu debates com colaboradores com objetivo de informar, gerar reflexão e discussão sobre o tema. Em parceria com o Instituto Modo Parités, lançou um programa de desenvolvimento de carreira para colaboradores negros, visando promover autoconhecimento e desenvolver habilidades profissionais.

A empresa é fortemente engajada em iniciativas que envolvem a temática racial e possui metas para o aumento da representatividade de negros na companhia, incluindo cargos de liderança; 43% das vagas da última edição do Programa de Trainee Vivo foram preenchidas por candidatos negros – a companhia havia destinado no mínimo 30% das oportunidades para esse público. Em 2020, a Vivo ficou em 2º lugar no índice de Igualdade Racial nas Empresas – IIRE, uma iniciativa da Universidade Zumbi dos Palmares que pesquisou 23 empresas sobre ações afirmativas para redução da desigualdade racial. Em 2018, recebeu o prêmio Raça de Criatividade para a Diversidade, com o filme “Penteado”.

Confira a sinopse dos espetáculos do Teatro Vivo em Casa:

“Macacos”
19 de junho, às 21h
Dramaturgia, direção e atuação: Clayton Nascimento
Classificação: 16 anos
Duração: 60 minutos
Sinopse:
A narrativa do espetáculo se desenvolve a partir do relato de um homem negro em busca de respostas para o racismo presente em seu cotidiano. Trata-se de um fluxo de pensamentos, desabafos e elucidações que remetem à história do Brasil e de personalidades negras, como Elza Soares, Machado de Assis e Bessie Smith, além de estatísticas sobre o encarceramento e execução de jovens negros no país.

“Preta Rainha”
26 de junho, às 21h
Com Aysha Nascimento
Direção: Flávio Rodrigues
Texto: Jé Oliveira
Classificação: 14 anos
Duração: 25 minutos
Sinopse:
O espetáculo conta a estória da personagem Preta- Rainha, que é uma rainha de bateria de escola de samba. O solo traz uma reflexão sobre as políticas de embranquecimento, invisibilização e a objetificação do corpo da mulher negra.

“Anja, quando me fiz inteira”
03 de julho, às 21h
Dramaturgia e atuação: Angela Peres
Supervisão de direção: Marcos Reis
Classificação: 16 anos
Duração: 40 minutos
Sinopse:
O solo narra o renascimento de uma mulher que a partir de suas dores consegue alcançar a liberdade e a plenitude. A personagem, inspirada em figuras femininas, percorre um caminho em busca de si mesma, buscando o comando da própria existência, corpo, prazer, afetos, pensamentos e ações.

“Cartola’s Jazz”
10 de julho, às 21h
Com Guilherme Sant’Anna | Arranjo e Piano: Jonatan Harold
Direção: Elias Andreato
Classificação: Livre
Duração: 30 minutos
Sinopse:
Em um recital de voz e piano, Guilherme Sant’Anna interpreta o mestre Cartola em um roteiro composto com músicas e textos de poetas e pensadores negros, que sonharam transformar o mundo em um lugar mais justo e menos preconceituoso. Cartola cantou o amor como instrumento de luta, como um cavaleiro solitário e amoroso.

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