Aberje, Cortex e XP discutem ESG na Comunicação Corporativa
Encontro virtual contou com a presença de Hamilton dos Santos, Diretor-geral da Aberje; Amanda Sena, Gerente de Customer Success da Cortex; e Matheus Lombardi, Sócio e Head de Reputação na XP
O tema ESG (Environmental, Social and Governance) tem assumido o posto de principal relevância na comunicação corporativa. Devido a isso, foi organizado o encontro “ESG: como trabalhar esse tema na Comunicação Corporativa”, realizado no dia 6 de maio, pela Cortex, empresa associada à Aberje. O evento contou com a participação de Hamilton dos Santos, diretor-geral da Aberje; Matheus Lombardi, sócio e head de Reputação na XP Inc.; e mediação de Amanda Sena, gerente de Customer Success da Cortex.
Na ocasião, o diretor-geral da Aberje, Hamilton dos Santos, contou como a expressão tem sido trabalhada na associação e destacou que este é o tema do ano adotado pela entidade em 2021, dentro de um programa mais amplo: “A Comunicação e o Capital Ético”. Em sua visão, é preciso uma visão crítica sobre o assunto: “temos observado que o termo ESG tem sido usado de maneira exagerada. Há uma certa confusão entre Sustentabilidade e ESG. O ESG não é uma atualização, releitura ou substituição da Sustentabilidade; de acordo com o relatório da OCDE, é uma tentativa de sistematizar uma linguagem para as finanças sustentáveis”, salientou. “O ESG não é modismo, nem um produto, é um processo e já existem indicadores estruturados para mensurar esses critérios”, complementa.
Por ser uma das grandes preocupações dos associados, a Aberje criou o Comitê de Comunicação e Estratégia em ESG para discutir questões sobre o assunto; e em sua publicação mais recente da Revista CE – Comunicação Empresarial, há um dossiê que disseca cada uma das letras da sigla. “A revolução que o ESG traz, a partir das demandas do mercado financeiro, são tão grandes que ela já começa a transformar o nosso próprio setor. Por exemplo, nas coberturas jornalísticas de negócios nota-se que o repórter está muito bem preparado para essas questões”, argumentou.
Pesquisas da Aberje, de 2019 e de 2020, registram que os principais desafios da área de Comunicação são questões relacionadas à diversidade (43%); maior controle e pressão dos stakeholders (30%) e questões ligadas à sustentabilidade (57%), por exemplo. “Por um lado, os números mostram que há um certo modismo que pode banalizar o tema, mas por outro notamos os números nos amparando nas questões do ESG. Aqui na Aberje, temos procurado focar no G do ESG, conversando com os comunicadores sobre a importância da Governança dentro das organizações”, acentuou.
Para Matheus Lombardi, sócio e head de Reputação na XP Inc., o termo ESG deve fazer parte de todas as áreas das empresas. “É um movimento que vem pelas pessoas. As pessoas têm poder, todos protestam nas redes sociais de alguma forma. O mercado tem direcionado recursos e esforços nesse tema porque as pessoas estão exigindo isso”, destacou.
Lombardi ressaltou que no mercado financeiro norte-americano, por exemplo, 95% dos millennials que estão chegando nos cargos de liderança das grandes companhias e que têm um poder maior de compra estão interessados em investimentos sustentáveis. De forma geral, na população dos Estados Unidos, esse número chega a 85%. É assustador. É uma mudança muito rápida e que vai realmente transformar completamente alguns setores”, prevê.
Diante disso, a XP criou a diretoria ESG para democratizar o acesso a esses produtos como fundos de investimentos que investem em empresas que seguem alguns critérios, que ainda são muito difusos. “Nosso objetivo é sermos referência global no tema e o Brasil tem todo o potencial pra isso. Essa jornada aqui dentro não pode ser solitária, que é de educação e conscientização de nossos agentes promotores, que são autônomos espalhados por todo o país para levar o conhecimento sobre investimento para nossos clientes”, contou. “Acreditamos que a jornada ESG está só no começo, é um choque tectônico no mercado. As empresas que não forem ESG não sobreviverão”, completou.
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