22 de junho de 2020

Master Series Communication: “Liderança, cultura e gestão de mudança nas redes sociais corporativas” (Parte 1)

Nova etapa do programa explorou como as organizações estão usando estratégias de comunicação e redes sociais corporativas para conectar pessoas e construir cultura

Por Aurora Ayres 

Abby Guthkelch e Paloma Redondo

Para debater o tema “Liderança, cultura e gestão de mudança nas redes sociais corporativas”, a Escola Aberje de Comunicação em parceria com o Workplace from Facebook realizou, no dia 17 de junho, o primeiro módulo online do programa Master Series Communication, que segue com mais três módulos ao longo do ano.

Mais uma vez, as especialistas Abby Guthkelch, líder de Soluções de Comunicações do Workplace e Paloma Redondo, da área de Comunicação Interna do Facebook, apresentaram as melhores práticas do Facebook e deram dicas da comunidade global de clientes do Workplace. Na ocasião, os participantes também puderam acompanhar a apresentação do Case Raia Drogasil com Lilian Kao, gerente de Comunicação da RD e, em seguida os participantes assistiram a aula de Vânia Bueno, comunicadora e mediadora do curso. 

Nesta nova etapa do projeto, a parceria entre a Aberje e o Facebook traz uma novidade durante a aula: a live breakouts – sessão de perguntas ao vivo com cada palestrante via videoconferência – e o break digital, que promove a interação entre os participantes e, ao mesmo tempo, dar uma pausa nos trabalhos. No primeiro módulo, os participantes puderam descontrair um pouco ao escolherem algumas dicas de ginástica, dadas por um personal trainer.

Cultura de engajamento

A cultura interna de uma organização é fundamental para promover um bom clima organizacional. É onde moram os valores e diretrizes de uma empresa. Quanto mais transparentes e compartilhadas são essas práticas, mais união e conexão haverá entre liderança e colaborador. Empresas conectadas são organizações que dão voz a todos. E isso ficou claro nas palavras da especialista Abby Guthkelch.

Ao abrir a Master Class, Abbyenfatizou que umacomunidade ou uma conexão é o que mantém uma organização unida e que, quanto mais conectadas as pessoas estiverem, melhor se torna o trabalho. “Desde o início do surto de coronavírus, notamos como é importante, mais do que nunca, que as organizações fortaleçam o senso de comunidade com seus funcionários. Para isso, precisam ter como base uma cultura de abertura e transparência. Não faz sentido dar voz a todos se depois restringir o acesso à informação”, alertou. “Organizações conectadas colocam seu pessoal em primeiro lugar. Nossa missão no Workplace é dar às pessoas o poder de criar comunidades e aproximar o mundo. Isso se torna ainda mais crítico agora que não podemos estar juntos no mesmo ambiente”.

Mais do que estabelecer essa cultura e permitir que todos tenham voz, a liderança deve reconhecer o papel ativo e engajado que precisa desempenhar em uma organização conectada. “Ela precisa ser integrada por completo e não apenas em termos de sistemas, tecnologias e processos. Trata-se de garantir que a colaboração e o trabalho em equipe sejam algo pensado e estruturado, além de assegurar que diferentes grupos, departamentos ou regiões geográficas da organização se reúnam e trabalhem juntos por um ou mais objetivos comuns”, argumentou Abby. 

Mudanças trazidas pela pandemia 

A pandemia do novo coronavírus vem quebrando alguns paradigmas desde que surgiu. Um deles refere-se ao trabalho remoto. Na observação de Abby, várias empresas têm reconhecido que o trabalho de forma remota não está normal. “É preciso abordar a tensão e o estresse que a pandemia introduziu na vida pessoal e profissional dando aos funcionários orientações para estabelecer limites entre trabalho e vida pessoal”, acentuou. “Isso representa bem o que estamos vendo, durante o coronavírus, em termos de falhas em políticas e processos, mas também em termos de uma mudança cultural positiva, que está surgindo nas organizações. Antes, elas afirmavam que flexibilidade e trabalho remoto não eram possíveis para um determinado cargo. É interessante observar quais dessas mudanças culturais conseguirão se manter no ambiente de trabalho pós-coronavírus”, completou.

No Facebook, as mudanças não esperaram o surto terminar. Paloma Redondo, da área de Comunicação Interna do Facebook comentou sobre o anúncio que Mark Zuckerberg fez aos seus colaboradores no dia 21 de maio; entre elas que a rede permitirá aos seus 40 mil funcionários trabalharem à distância, se assim desejarem. “É uma vitória importante para os colaboradores porque foi resultado de uma pesquisa interna enviada a eles, para saber se eles estavam gostando ou não de trabalhar em casa e que tipo de flexibilidade eles queriam no futuro”, comentou.

Através das palavras de David Cummings, cofundador do Pardot, “cultura corporativa é a única vantagem competitiva sustentável”, Paloma enfatizou que isso significa que ela é o DNA de uma organização, é como ela se posiciona no mundo e como se apresenta como empresa. “No Facebook, a cultura é algo que se pode tocar, que se pode sentir, desde o início do processo de recrutamento porque, para nós, é muito importante que as pessoas entendam a nossa cultura e estejam dispostas a fazer parte dela”, ressaltou. “A ideia é manter viva a nossa cultura de startup, embora já sejamos milhares de pessoas. Estamos ouvindo os funcionários, e somos capazes de adaptar não só nossas estratégias de comunicação, mas as de negócios, para garantir que nossa atuação faça sentido para todos”.

Autenticidade sim, perfeição não

“Não existe fórmula mágica para uma ótima cultura empresarial. O segredo é tratar sua equipe como você gostaria de ser tratado”. A citação de Richard Branson, fundador da Virgin Group vem de encontro ao que Paloma quis frisar em sua apresentação na Master Class. “Isso me lembra uma outra citação que ouvi de Sheryl Sandberg, COO do Facebook, de que ‘Os líderes devem buscar a autenticidade sobre a perfeição’, ou seja, a verdadeira liderança representa uma individualidade que é expressa de forma sincera e às vezes até imperfeita”, comentou. 

A afirmação é surpreendente mas não é tão fácil. “Sei que nem todos os líderes têm confiança para se mostrarem imperfeitos nas plataformas de vídeos ou digitais, mas é essa autenticidade que mostra o respeito que ele demonstra aos colaboradores, permitindo que façam perguntas e, às vezes, perguntas bem difíceis. Um grande líder motiva e inspira um grupo de pessoas a agir em prol de um objetivo comum. Um grande líder é capaz de agradecer o grau de esforço que cada um dedica ao trabalho todos os dias”, afirmou Paloma. “É importante promover uma cultura de inovação, garantindo que o foco central esteja no pessoal, no seu bem-estar e desenvolvimento”, completou Abby, finalizando com uma conhecida citação de Henry Ford: “A união é um começo, manter a união é um progresso, trabalhar com união é um sucesso”.

Leia a parte 2: Master Series Communication: Case Droga Raia, do tradicional ao digital em três meses

Em breve será publicada a parte 3 da Master Series Communication

Agenda

As inscrições dos próximos módulos estarão disponíveis em breve. Confira a programação completa no site: https://workplacecommsprogram.splashthat.com/

Módulo 2: 8 de julho. “Como identificar influenciadores internos, gerar colaboração e engajamento e fortalecer a marca empregadora”.

Módulo 3: 4 de agosto. “Novas narrativas para o posicionamento da marca empregadora em redes sociais corporativas.”

Módulo 4: 26 de agosto. “As novas tecnologias como aliadas da comunicação interna: como fazer um planejamento para mídias sociais corporativas.”

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