Ericsson pesquisa usuários de smartphones e aponta plano para operadoras
A Ericsson, empresa associada da Aberje, acaba de lançar o estudo “Six calls to action | Towards a 5G”, que que discute seis medidas identificadas pelos consumidores como prioritárias para as operadoras adotarem para fornecer uma base de serviços para a adoção da tecnologia 5G. Traduzido para português como “Rumo a um futuro com consumidores 5G”, traz dados específicos do Brasil, após análise de dados com mais de 72 milhões de usuários de smartphones no país.
O relatório é o maior estudo sobre expectativas dos clientes em relação ao serviço 5G feito até o momento e representa as opiniões de 800 milhões de usuários de smartphones em todo o mundo. André Gualda, analista Senior do Ericsson Consumer & Industry Lab, diz: “Nosso estudo mais recente não analisa a opinião do cliente somente em relação ao 5G, mas revela as necessidades não atendidas dos clientes e que deveriam ser cumpridas pelas operadoras no caminho para o 5G. Desde oferecer uma experiência de compra sem esforço a focar no desempenho de rede real, os consumidores estão demandando alterações que gostariam de ver efetivas hoje”.
Seis iniciativas identificadas pelos consumidores a serem adotadas pelas operadoras rumo ao 5G:
Oferecer uma experiência de compra sem esforço
Os clientes percebem o mercado de telecomunicações como sendo muito complexo. Com seis em cada dez usuários de smartphones lutando contra a complexidade dos planos de dados móveis, há um considerável desalinhamento entre o que os usuários compram e o que usam. Com somente três em cada dez usuários de smartphones satisfeitos com a maneira como a operadora apresenta os planos on-line, a experiência de telecomunicação digital não é nem simples nem fácil. No Brasil, sete em cada dez usuários de smartphones estão sofrendo dificuldades com plano de dados. A maioria dos consumidores tem medo de receber cobranças excedentes e, assim, limitam seu uso de dados em seus dispositivos móveis.
Oferecer uma ideia ilimitada
Os consumidores não contam com planos de dados ilimitados, mas buscam uma ideia ilimitada. Tranquilidade em vez de uso real é o principal motivador para a compra de planos de dados ilimitados, e as operadoras devem explorar maneiras alternativas para oferecer essa sensação de liberdade. No Brasil, nove em cada 10 usuários de smartphones no Brasil não necessariamente estão procurando planos ilimitados, mas uma sensação de não ter limites.
Tratar gigabytes como moeda
O usuário médio de smartphones tem 31 gigabytes de dados móveis não utilizados restantes ao ano, o suficiente para fazer 65 horas de chamadas de vídeo, gastar 517 horas com transmissão de música ou assistir seis temporadas de uma série de TV como Game of Thrones, resultando em um equivalente a 1,5 terabytes ao longo de sua vida. Dois em cinco consumidores gostariam de usar esse excesso como moeda e esperam poder guardar, comercializar ou dar de presente dados não utilizados. Em média, 48% dos brasileiros acreditam que eles podem ser usados de maneiras diferentes, como o dinheiro, por exemplo, para guardar, comercializar ou dar de presente para outras pessoas.
Oferecer mais do que apenas depósitos de dados
Uma banda larga mais rápida e contratos wireless justos são considerados mais importantes do que os pacotes de dados que dominam atualmente o mercado. Conforme os conteúdos de vídeo em pacote e planos de dados inovadores desempenham um papel cada vez mais importante na escolha da operadora e do pacote de serviço, os consumidores querem que as operadoras inovem, evoluam e personalizem os planos de dados. Os três principais recursos que os usuários de smartphone no Brasil mais valorizam em planos de dados são velocidade de internet mais altas, transferência de dados não utilizadas para o próximo mês e que o uso de mídia social não conte nas tarifas de dados.
Oferecer mais com o 5G
Ao contrário da crença de que os consumidores não estão interessados no serviço 5G, globalmente, a ideia dos serviços 5G agrada a 76% dos usuários de smartphones; 44% estão dispostos a pagar pelo 5G. Os consumidores esperam que a maioria dos serviços 5G se torne popular dentro de três a quatro anos do lançamento, e mais de 50% esperam usar os serviços com aprimoramento 5G dentro de dois anos do lançamento.
Mais de um terço espera que o 5G ofereça recursos que vão além de velocidade, cobertura de rede e preços mais baixos, como melhorias na vida útil da bateria e a capacidade de conectar não apenas dispositivos, mas também a Internet das Coisas. Os consumidores também preveem o fim do pagamento por gigabytes consumidos e, em vez disso, esperam pagar uma taxa única para cada serviço 5G ou dispositivo conectado.
Ao contrário da crença de que os consumidores brasileiros não estão interessados nos serviços 5G, 86% dos usuários de smartphones no Brasil estão interessados em serviços 5G e, dentre eles, 51% estão dispostos a pagar por isso. 56% dos usuários de smartphones no Brasil disseram ainda que adotariam o 5G dentro de dois anos após seu lançamento e preveem que a maioria dos serviços 5G se torne popular dentro de três a quatro anos do lançamento.
Manter as redes reais
Ao ir em direção a um futuro 5G, os consumidores estão pedindo que as operadoras evitem slogans de marketing sem fundamento e, em vez disso, concentrem-se na experiência de rede real, aumentando a honestidade do marketing. O relatório mostra que apenas 4% confiam nos anúncios e nas estatísticas de desempenho de rede das operadoras. No Brasil, 55% dos usuários baseiam sua percepção da rede das operadoras por meio de sua experiência direta com ela.
As informações no relatório baseiam-se nas atividades de pesquisa global do ConsumerLab da Ericsson durante mais de 20 anos e em dados de uma pesquisa com 14 mil usuários de smartphones iPhone e Android com idades entre 15 e 65. As opiniões expressas na pesquisa representam 800 milhões de consumidores na Argentina, Brasil, China, Egito, Finlândia, França, Alemanha, Indonésia, Irlanda, Japão, México, Coreia do Sul, Reino Unido e EUA. No Brasil, são 72 milhões de usuários de smartphone.
Para obter mais informações, faça o download do relatório completo aqui.
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