02 de maio de 2017

Entrevista: tendências, segundo o advogado André Spínola

O advogado André Spínola é Gerente Nacional de Atendimento às Empresas de Comércio e de Serviços do Sebrae há 13 anos e já contribuiu com as agendas de políticas públicas e desenvolvimento territorial. Pós-graduado em Políticas Públicas para pequenos negócios e também em movimentos sociais e democracia participativa, tem MBA em gestão empresarial e mestrado em Desenvolvimento Territorial pela Universidade de Valência/ESP. E foi esta experiência, junto com sucesso em recente palestra na capital paulista, que o credenciou para esta entrevista sobre tendências.

 

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A unidade que Spínola gerencia atualmente é responsável por projetos e programas nacionais de economia digital, smart cities, destinos turísticos inteligentes, economia criativa, negócios de impacto social, comércio varejista, dentre outras. Vamos às respostas:

 

1) O que são tendências, em sua opinião?

São movimentos e comportamentos que começam a se configurar em horizontes variáveis de tempo, abrindo novos nichos ou mesmo grandes disrupções de mercado. Podem ser em mais ou menos tempo e em múltiplas situações. Pode ter a ver com tecnologias, comportamentos de consumidores, marketing, canais de distribuição, formas como serão entregues os produtos e serviços e os valores que vão ser percebidos à partir daí.

Mercados ou situações estabelecidas dão pouca margem para diferenciação na competição. As tendências ditam inovações e novas pegadas que podem reposicionar rapidamente os negócios mais ágeis e inovadores.

 

2) Qual a importância dos empreendimentos investirem na detecção de tendências hoje em dia?

São possibilidades de negócios importantes e muitas vezes vão traçar as regras de mercado num futuro próximo, podendo fazer com que empresas quebrem se ficarem paradas. O empreendedor tem que estar conectado com essas tendências e buscar enxergar as oportunidades que virão daí e inovar, para, no mínimo, se manter no mercado muitas vezes.

 

3) Por que trabalhar com tendências e qual a maior dificuldade neste tipo de serviço?

Identificar tendências traz oportunidades de negócios incríveis, faz com que as empresas se movam na selva da competição e gera inovações e novos modelos de negócios numa economia cada vez mais ágil e mutante. Acho que uma grande dificuldade é o acesso às informações corretas, fontes confiáveis num mar imenso de informações e, principalmente, a capacitação constante dos empreendedores para conseguir digerir tudo isso e operar as transformações necessárias.

 

4) Quais as tendências mais relevantes para o setor de serviços atualmente, em sua análise?

Hoje trabalhamos aqui no Sebrae com algumas tendências importantes para serviços. E algumas delas já se tornam realidade em ritmo acelerado. A economia de serviços é uma delas. A economia dos países desenvolvidos já é amplamente baseada em serviços. As cadeias globais de valor já tem sua maior parcela de eficiência por conta de serviços como design, comunicação, branding, engenharias e o digital.

Outra tendência que compõe nosso cenário é a importância da internet em todos os processos econômicos, desde a vida dos cidadãos, até as atividades industriais e de governo. Procuramos enxergar os nichos de negócios que surgem e se modificam de forma super acelerada e conectar as startups aí.

Estamos conectados com a economia do compartilhamento, que faz o uso dos bens substituir sua propriedade, as plataformas e negócios open source, novos perfis de empreendedores, cada vez mais conectados e empoderados, dentre outros.

 

5) Que indicações de fontes você teria para quem quiser melhorar o entendimento no tema das tendências?  

O Portal Sebrae (www.sebrae.com.br) traz vários materiais interessantes sobre tendências em vários segmentos da economia e também tem muito conteúdo sobre inovação e tecnologia. Vale a pena dar uma conferida.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Rodrigo Cogo

Rodrigo Cogo é o curador do Sinapse Conteúdos de Comunicação em Rede e responsável pela distribuição digital dos canais integrantes da plataforma. Formado em Relações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria, é especialista em Gestão Estratégica da Comunicação Organizacional e Mestre em Ciências da Comunicação, com estudos voltados para a Memória Empresarial e Storytelling, ambos pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (SP). Atuou na Aberje por 14 anos, passando pelas áreas de Conteúdo, Marketing e Desenvolvimento Associativo e tendo sido professor em cursos livres e in company e no MBA da entidade por 10 anos. É autor do livro "Storytelling: as narrativas da memória na estratégia da comunicação".

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