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20 de abril de 2017

O discreto charme dos estatísticos

Claudio Cardoso
 
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Dados

Cientista de dados é a profissão mais sexy do século XXI. Não que eu concorde tão facilmente com esta afirmação, mas por via das dúvidas é sempre bom ouvir o que diz Thomas Davenport, autor do célebre “A Ecologia da Informação” de 1997, um papa quando o assunto é análise de dados e gestão do conhecimento. A frase é dele.

Os cientistas de dados usam seus conhecimentos e habilidades para analisar e correlacionar informações em bases, geralmente bastante numerosas, e delas extrair descobertas surpreendentes para alegria dos seus clientes, sejam eles um banco, um grupo de pesquisa científica, ou uma agencia de comunicação.

Dentre suas competências estão a análise de dados, a gestão das bases de dados – atividade que inclui a organização, classificação e qualificação das informações – o domínio de softwares especialistas (são muitos), o desenvolvimento de modelos estatísticos e de algoritmos capazes de interpretar correlações e também aprender, além de grande capacidade para comunicar suas descobertas.

Um campeão deste mundo foi Hans Rosling, médico sueco, falecido precocemente no início de 2017, aos 68 anos, criador da Gapminder Foundation, onde foi desenvolvido o software Trendalyzer. Dentre muitas contribuições, sua forma de demonstrar análises sofisticadas de modo lúdico e simples se tornaram fonte de inspiração para cientistas e amantes da informação em todo o mundo. Suas apresentações no TED explicam de forma sucinta e prática o que faz um cientista de dados, no seu melhor.

Para completar o cenário promissor, a empresa de consultorias McKinsey prevê o déficit de 1,5 milhão em postos de trabalho destes profissionais. Aliás, atividade que não é nova. Antes desempenhada pelos desvalorizados, e muitas vezes incompreendidos, estatísticos, eles ganham cada vez mais relevância na indústria da comunicação. Há quem diga que toda a comunicação um dia (e em muito breve) será baseada em dados dos perfis de leitores, consumidores e todas as demais categorias a quem são endereçadas suas ações.

Os números não mentem. A receita de anúncios do Google já ultrapassa a casa dos 20 bilhões de dólares americanos anuais, com aumento anual médio de 30% em cliques pagos, aqueles nos quais anunciantes pagam apenas se o usuário clicar no anúncio. O Facebook tem 1,86 bilhão de usuários, que a cada minuto postam 510 mil comentários, atualizam 293 mil perfis e publicam 136 mil fotos. Mais de 4,75 bilhões de conteúdos são compartilhados todos os dias. Talvez por isso 42% das empresas afirmam que esta mídia social é muito importante para seus negócios. Metade das compras realizadas por comércio eletrônico nos EUA é feita pela Amazon. Um faturamento tão grande que transformou Jeff Bezos, seu proprietário, no segundo homem mais rico do mundo, atrás apenas de Bill Gates.

E o que faz um cientista de dados nos departamentos de comunicação, ou agencias de relações públicas ou publicidade? Eles são a ponte que sempre faltou entre os dois mundos, pois concretiza o valor da tecnologia para o mundo da comunicação. E a razão para isso é muito simples. No mundo digital, onde bilhões de transações de todos os tipos são registradas todos os dias, este profissional realiza o mais antigo e valioso sonho de qualquer comunicador: compreender com o máximo de informações quem é o target, seja um segmento, uma comunidade ou um indivíduo.

Com os recursos hoje disponíveis, pode-se descobrir com boa precisão quais as preferências de uma pessoa, onde ela se encontra neste exato instante, onde almoçou, onde abastece o carro, onde vive, qual o seu estado civil, o que pensa sobre política, qual esporte pratica, quantos filhos tem, e uma infinidade de outras informações cruciais. Com direito a testar suas escolhas e ainda refinar a comunicação em tempo-real, enviando um anúncio ainda mais efetivo que aquele primeiro que não recebeu tanta atenção.

Há quem veja o fim da democracia em um mundo sem privacidade. Campanhas recentes utilizaram contribuições de cientistas de dados com resultados surpreendentes na conquista de votos. Análises de dados das mídias sociais facilitaram partidos a encontrar eleitores indecisos para otimizar recursos e obter o máximo de votos. Do mesmo modo, consumidores com mais alto potencial de se tornarem clientes são identificados com mais facilidade. O tema da privacidade e do uso das informações pessoais merece ampla e profunda discussão, tendo em perspectiva novas medidas legais que protejam cidadãos e também empresas e partidos, pela concorrência leal.

Contudo, mesmo diante de exemplos tão contundentes, sempre me pergunto onde estão os cientistas de dados nos departamentos de comunicação e nas agências de publicidade ou relações públicas. Ainda me surpreendo com a ausência deles na maioria das visitas aos colegas. Acontece que o salário dessa turma só vem aumentando. Talvez seja sábio contratá-los o quanto antes.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Claudio Cardoso

Claudio Cardoso tem um pós-doutorado em comunicação estratégica na USP. Há mais de quatro décadas atua no segmento de tecnologia de informação e comunicação, tendo dedicado os últimos anos a programas de inovação aberta, particularmente na formulação de suas teses de atração e investimentos em startups, e no desenho dos seus conceitos, processos, modelo de governança e estratégia de posicionamento. Integrou a equipe de criação e lançamento do inovabra habitat (Bradesco), do Alfa Collab (Banco Alfa), do OEC IN (OEC) e do IPT Open (Governo de São Paulo). Foi eleito Personalidade do Ano pela ABERJE e recebeu a medalha de Bridge Builder do Departamento de Estado dos EUA.

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