Liderança Influenciadora: o que já era tendência fica ainda mais forte
Por muito tempo eu tive a convicção de que a minha imagem pessoal não poderia se sobrepor à da P3K. Há alguns anos, eu mudei o meu pensamento. Não que eu acredite que a minha imagem pessoal deve se sobrepor a da P3K. Jamais! O que acredito hoje é que estar mais presente e atuante nas redes sociais, nos eventos, nos comitês e grupos de discussão, compartilhando conhecimento, trocando boas práticas, aprendizados e experiências, também corrobora com a imagem e a diferenciação da agência de forma positiva e direta.
E parece que não sou só eu que cheguei a esta constatação. Trabalhar intencionalmente a imagem e a influência da liderança das organizações é uma tendência que já existia, mas tem crescido ainda mais com as redes sociais.
O que é uma Liderança influenciadora?
Atuar como influenciador interno é realizar uma atividade voluntária paralela ao trabalho para o qual o profissional foi contratado, envolvendo especialmente a sua presença digital, com construção e publicação de conteúdos autorais nas redes sociais sobre as suas vivências e experiências na empresa onde trabalha.
No caso das lideranças, atuar como influenciadora envolve promover conversas e trocas relevantes sobre temas nos quais possuem autoridade, compartilhar vivências e reflexões agregadoras, disseminar práticas e aprendizados, além de mensagens relevantes para as empresas que representam e as iniciativas que colocam em prática a narrativa dessas organizações.
A presença e participação online das lideranças humaniza as marcas, influencia ações e opiniões e atrai talentos. Isso porque a presença nas redes e seus testemunhos são considerados muito mais confiáveis do que as melhores e mais criativas campanhas de marketing que as organizações possam fazer.
Por que a Liderança deve ser influenciadora?
Conforme a pesquisa da Edelman Trust Barometer 2024, as pessoas confiam mais em pessoas do que em marcas. 64% das entrevistas confiam em líderes empresariais. Esta mesma pesquisa aponta que as pessoas empregadas esperam de seus CEOs um posicionamento público sobre mudanças que estão ocorrendo na sociedade e não somente sobre aquelas que estão ocorrendo em suas empresas.
Esperam ainda que falem sobre as habilidades para o trabalho do futuro, o uso ético da tecnologia e o impacto da automação nos empregos. Outros assuntos relevantes envolvem o impacto climático das organizações, a cadeira de suprimentos, a diversidade dos empregos e o envolvimento com o governo para desenvolver regulações. Ao falarem sobre esses temas, os líderes das marcas tendem a conquistar mais a confiança das pessoas.
Como trabalhar a liderança influenciadora de forma intencional?
Para disseminar as mensagens certas e fazer com que elas cheguem às pessoas certas, em um maior número, as redes sociais têm se mostrado cada vez mais eficazes. Neste sentido, algumas organizações têm um processo de ghost writter, em que profissionais de comunicação constroem conteúdos e postam pelas lideranças em seus perfis, conforme o seu tom de voz e com validação prévia. Outras desenvolvem diretrizes e os líderes constroem seus conteúdos e realizam as postagens. Fato é que isso é uma mera questão operacional.
O primeiro passo para desenvolver a liderança como influenciadora é elaborar uma estratégia bem definida, incluindo objetivos e resultados a serem alcançados, além de “sobre o que” e “quem se deseja influenciar”. Os detalhes operacionais, como grade de conteúdo, frequência, entre outros aspectos, são desdobrados numa sequência.
É muito importante que se mapeie riscos e assuntos que nunca devem ser considerados na abordagem da liderança, sob pena de geração de crise para a imagem da marca e/ou do próprio líder. Depois é mão na massa. Seja o líder responsável pela construção e postagem do conteúdo, seja a comunicação realizando este trabalho como ghost writter.
Caso seja o líder a realizar este trabalho, é muito importante que se desenvolva um processo de capacitação e mentoria, para que o trabalho seja constantemente aprimorado. Em ambos os casos, é primordial o monitoramento e a mensuração frequente.
Cases P3K
Na P3K, nós temos cases com impactos significativos na construção de presença de líderes e C-Levels nas redes sociais, perfis autênticos e de forte relevância. Entre os resultados colhidos deste trabalho estão:
- Número de seguidores nas redes sociais com crescimento acelerado, aumentando o engajamento nos conteúdos;
- Aumento de convites para palestras sobre gestão, liderança e mercado específico;
- Crescimento de convites para participação em programas ou entrevistas nas grandes mídias, ou especializadas.
- Maior respeito pela classe empresarial;
- Aumento da autoridade e respeito entre executivos, conselheiros e acionistas da empresa;
- Aumento do reconhecimentoda marca empresarial no mercado;
- Evolução do número de parceiros comerciais estratégicos fazendo contato com o executivo;
- Aumento da transparência, gerando mais confiança dos públicos da organização edo segmento;
- Impacto no engajamento dos colaboradores, considerando o perfil inspirador da liderança.
Tudo isso graças a uma estratégia bem elaborada e uma presença constante, com consistência e coerência.
Destaques
- Apresentação da pesquisa realizada pela Aberje e Cortex revela desafios e avanços na adoção de IA e dados
- Aberje Academia de Marcas: Latam compartilha case de diversidade e inclusão
- Capítulo Aberje Minas Gerais realiza debate sobre Comunicação e emergência climática
- Terceira edição da revista Interfaces da Comunicação, da ECA-USP, já está disponível
- Em artigo no Poder 360, diretor-executivo da Aberje fala sobre impacto das mudanças climáticas no esporte
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