07 de outubro de 2024

Aberje Academia de Marcas: Latam compartilha case de diversidade e inclusão

Comprometimento da equipe com ações afirmativas e metas inclusivas foram parte do sucesso da estratégia

No dia 30 de setembro, a Aberje realizou mais uma edição da “Academia de Marcas”, desta vez com o tema “Diversidade na Latam”. O evento reuniu profissionais de comunicação para discutir como a Latam Airlines tem incorporado a diversidade em sua estratégia corporativa desde 2021, promovendo ações focadas na equidade de gênero, inclusão de pessoas com deficiência (PCDs) e ampliação da diversidade étnica e social. O encontro contou com a presença de Daniele Simão, supervisora de tripulação de cabine; Henrique Mendes, coordenador de desenvolvimento organizacional; Mariana Fernandes, coordenadora de recrutamento e seleção (R&S); e Philippe Silva, despachante operacional terrestre, todos atuantes na Latam.

Douglas Cantu, representante da Aberje, deu início ao evento com as boas-vindas e uma breve introdução sobre a “Academia de Marcas”. “O mundo todo está olhando para a diversidade”, explicou, destacando a importância crescente do tema no cenário corporativo global. Ele reforçou o papel da comunicação e das ações afirmativas na construção de ambientes de trabalho mais inclusivos.

Oportunidade e diversidade

Henrique Mendes, coordenador de desenvolvimento organizacional, trouxe um panorama da jornada da Latam em sua trajetória de diversidade e inclusão. Ele começou relatando sua própria experiência dentro da empresa, desde sua atuação no aeroporto de Congonhas até sua transição para a área de projetos e, posteriormente, para o time de recursos humanos (RH). “Sempre me interessei pela área de RH e, por meio de um processo seletivo interno, consegui essa oportunidade”, contou Henrique, ressaltando que a empresa não possui uma área formal de diversidade, mas opera por meio de um comitê global focado no tema.

Durante a pandemia, a Latam precisou rever seus processos internos, e foi nesse contexto que o programa JETS (Justos, Empáticos, Transparentes e Simples) foi criado. “O ‘E’ de ’empáticos’ desencadeou a discussão sobre diversidade e inclusão na Latam”, explicou Mendes. “ As ações afirmativas são a chave para trabalhar a diversidade nas empresas”, continuou, lembrando que o Brasil, marcado pela desigualdade, precisa de esforços intencionais para corrigir disparidades de oportunidades. 

O coordenador explicou os três pilares da diversidade na Latam: comprometimento, representatividade e cultura inclusiva. Ele destacou que a empresa priorizou a construção de uma cultura inclusiva internamente antes de divulgar suas metas ao público externo.

“A diversidade rompe estereótipos e transforma sonhos”, afirmou Mendes, ao mencionar as metas da Latam relacionadas à inclusão de mulheres, PCDs, negros, LGBTQIA+ e outras minorias.

Mariana Fernandes, coordenadora de R&S, relatou o papel da alta liderança da Latam no apoio às iniciativas voltadas à contratação de PCDs. “Cada diretoria tinha metas específicas de contratação”, explicou. A empresa mapeou postos de trabalho para torná-los acessíveis a todos os funcionários e, para a área de manutenção, criou iniciativas específicas para a formação de técnicos especializados. 

“Em muitos casos, as pessoas não se veem naquela posição, e é por isso que precisamos dar visibilidade a essas oportunidades”, explicou Fernandes, ao falar sobre a importância das vagas afirmativas.

Superação de barreiras na aviação

“A aviação tem uma herança militarista, com padrões e preconceitos”, comentou Daniele Simão, supervisora de tripulação de cabine, ressaltando o desafio de ser a primeira mulher preta a ocupar o seu cargo. Ela compartilhou sua trajetória na Latam, onde começou na área operacional do aeroporto de Guarulhos. Em quatro anos, participou de 13 processos seletivos até conseguir uma vaga em áreas estratégicas. 

“Essas ações afirmativas são essenciais para promover a inclusão e o sentimento de pertencimento”, afirmou Simão sobre as ações afirmativas adotadas pela empresa, que incluíram revisões de critérios em processos seletivos, como a flexibilização da exigência do inglês, além de diálogos intergeracionais promovidos entre lideranças e colaboradores.

Philippe Silva, despachante operacional terrestre, relatou sua experiência de vida marcada por desafios. Oriundo da periferia de São Paulo, Philippe precisou conciliar trabalho e estudo desde jovem, passando por áreas como telemarketing e enfermagem antes de ingressar na Latam. Ele conheceu a empresa por meio de um amigo e, após participar de um processo seletivo interno, tornou-se despachante, responsável pelo balanceamento da carga nos aviões. Silva destacou o impacto das ações afirmativas em sua trajetória profissional, ressaltando que seu sucesso se deu em grande parte pela confiança que conquistou de seus colegas. “Busquei e conquistei a confiança dos meus colegas, dando a eles a oportunidade de me conhecerem”, afirmou.

Confira o evento na íntegra aqui.

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